sábado, 3 de abril de 2021

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO, 03 E ABRIL DE 2021 (POSTADO AS 20:25 H)

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
REMINISCÊNCIA FATOR
DE SOBREVIVENCIA

Nobres:
Peço permissão para abordar vários ângulos que me empresta este comentário. É voltar aos velhos tempos de louvor que nos permite a reminiscência de nossas vidas. Um dos fatos era comemorar o aniversário natalício não era festejado com festa, que, aliás, nem cogitada era, pelo menos, lá em casa. No máximo, um bolo e ir à missa celebrada pelo Padre Leitão e ou bem mais tarde 59, pelo Padre Maurício Melo, dois expoentes do sacerdócio paroquial principiado no final da década de 40, mais especialmente nos anos 50/60.  Mas, nada disso causava qualquer tristeza, porque, digamos, invocando Camões, um poder mais alto se alevantava, justamente no alto falante, uma espécie de rádio ampliado, sem sintonia direcional, em programa da noite, da Voz o Sertão, que o pioneirismo de João Martins Leitão líder político do PSP de Ademar de Barros, um valioso médico que candidato à Presidente da República por diversas vezes não logrando êxito. Deixando a politica de lado, a Voz do Sertão sobrevive ecoando a comunicação radiofônica numa quadra do comercio de nossa cidade sobre o pioneirismo de José Martins Leitão, decano da radiofonia desta cidade. Mas este tema retrocede as duas fontes históricas cujo objetivo era homenagear de uma hora, onde se oferecia música os aniversariantes. O anúncio era simples e repetido, mais ou menos, assim: aniversaria hoje senhor fulano e ou senhora fulana, oferecem esta música. Ficávamos todos de ouvido aceso, alimentado o programa inteiro, a espera do anúncio. Havia vibração, como se fosse comemoração de um gol. A atenção, diga-se, não era para a música. Concentrava-se apenas no nome do aniversariante, de seus pais e irmãos, o que representava, por si só, todo o festejo que não era realizado, nem dele ninguém sentia falta. O nome na “irradiadora” era o melhor presente que o aniversariante ganhava. Nada além, ressalte-se. A importância era ouvir a dedicatória. Muito depois, 1962, surgiu a Rádio Educadora de Crateús. Lembro-me, nos idos de 1960, na eleição presidencial de Lott, e Jânio. O fato é narrado apenas como prova da importância que o rádio alto falante, naqueles idos, representava para a gente. Logo depois fui convidado pelo José Martins Leitão para ser auxiliar de locutor, antes dos musicais, o único programa, foi que me despertou a vocação não só pelo radialista amador, mas na mesma fonte o jornalismo, fui muito além ingressei no regionalismo, depois fui investido no âmbito do Estado, como editor do interior e correspondente dos mais afanados jornais o Ceará. Por esta razão ingressei nas universidades e finalmente, graduado, tenho formação acadêmica uma realização em plenitude no decanato formal que hoje ostento dentro da “voluntariedade” mesmo me desperta o dia a dia, nas redes sociais e agências de noticias. Mas, tragado subitamente em função do AVC hemorrágico que me resulta andar com ajuda de terceiros. No momento é a base de minha vida é a surpresa. Decepções a parte, mas, estou sobrevivendo. Tenho dito e sempre direi.
Antônio Scarcela Jorge.

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