COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
O BRASIL ESTÁ SE ENCONTRAN
DO
DO
Nobres:
Pode
espernear, a mídia corrupta da rede globo e agregados, podem usar da mentira
como elo de sustentação desesperada, que a cada dia a dia vem caindo de projeção,
conforme dados estatísticos “encomendados por eles” sabem por quê? Outrora se
estabelecia a esperteza e mencionavam de que a Lei era aplicativo de interesse
em termos de ética, que nada. Diziam as velhas raposas, há bem pouco tempo.
Abafar escândalos era uma arte. Havia
especialistas em vários setores da engrenagem. Hábeis conselheiros, para manter
o status quo de envolvidos, se, algum dia, por acaso, fossem apanhados em
flagrante delito. A sensação era a de que, no Brasil, os poderosos navegavam
acima da lei. Ultrapassados os cem primeiros anos da República, estamos no
século XXI em plena democracia. Às portas, um novo modelo de fazer política.
Pluralidade de pensamentos. Respeito ao contraditório e às urnas. Ética.
Moralidade. Equilíbrio e responsabilidade no trato da coisa pública. Maravilha,
maravilha! – é utopia! Deu tudo errado. Prevaleceu a hereditariedade da prática
existente, agravada. Para espanto geral. Mas eis que, em Curitiba, no estado do
Paraná, surge a Operação Lava-Jato, que atinge pela raiz, em cheio, como nunca
antes tinha ocorrido, a sistemática da corrupção, vulgarmente considerada um
indomável poder. Competentes e corajosos juízes, procuradores e policiais
federais cumprem suas funções com seriedade e vigor, só isso, como os brasileiros
acreditavam ser possível. Tinham razão. Resultado: o fim da impunidade.
Mais de cem condenados, e presos, entre políticos de vários partidos, agentes
públicos e empresários dos mais graúdos. Bilhões de reais foram recuperados aos
cofres públicos. E ainda tem muito trabalho pela frente. As operações
continuam. Com méritos, a operação Lava-Jato teve seu esforço reconhecido,
inclusive internacionalmente. Conquistou um grande apoio e o respeito da maior
parte dos brasileiros, extensivos aos responsáveis por levar esta árdua tarefa
à frente (ratificada por estâncias superiores), o juiz Sérgio Moro e o
procurador Deltan Dallagnol, fato que aconteceria com qualquer outro
profissional da categoria que estivesse em seus respectivos lugares, e que, com
certeza, também sofreria os mesmos ataques que sofrem dos sediciosos apenados e
asseclas. Há resistência, contra os efeitos decorrentes das ações da Lava-Jato,
até de impensáveis lugares. A última delas partiu do, até então, desconhecido
site de notícias The Intercept Brasil, dirigido por um jornalista dos EUA,
Gleen Greenwald, sediado no Rio de Janeiro. Hackers invadiram telefones (um
crime grave) do juiz e do procurador, principais da Lava-Jato, sequestraram
informações e forneceram ao dito site (por que não a uma das organizações de
imprensa de peso nacional, de grande circulação e audiência, como seria o
normal?), embora digam que elas vieram de uma fonte anônima. De modo que
diálogos, rigorosamente focados, de edição duvidosa, vinham sendo vazados como
sendo autênticos, porém sem reconhecimento de uma autoridade específica do
Judiciário. E do que foi divulgado, até o momento, nada compromete o futuro da
Operação. O episódio agitou o noticiário e criou embaraços, como a ida do atual
ministro Sérgio Moro ao Senado e à Câmara Federal, para esclarecimentos, num
ambiente em parte hostil e de baixo decoro. Onde foi sabatinado por deputados
em sua maioria indiciados aos processos. Inversão de “valores” segundo palavras
de Maquiavel: - Na verdade os homens ofendem ou por medo ou por ódio, a
constatação é evidente. Outros focos existenciais, dentre, a recém-aprovada Lei
de Abuso de Autoridade, na Câmara Federal, está sendo vista como tendenciosa,
uma nova resistência. Tende a sofrer vetos, parcial ou total. Aí só há o mérito,
conhecer o caráter e o comprometimento das ações delituosas de alguns
parlamentares tornando-se um vício vulgar.
Antônio
Scarcela Jorge.
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