COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
METAMORFO-
SE DOS POLÍTICOS
SE DOS POLÍTICOS
Nobres:
Neste período crucial que o país
atravessa, podemos definir o perfil político melhor para o povo. Firmemente,
abarca uma bateria de princípios e valores de feição muito previsível. Os
eleitores apontariam certamente, entre outros, conceitos como ética, respeito,
responsabilidade, compromisso, decência, zelo e integridade. Tanto nas regiões
mais distantes e ainda na influência de caciques políticos quanto nos centros
de maior consciência política, a valoração ancorada na moralidade assume a
liderança das preferências. As demandas nessa direção são diretamente
proporcionais ao intenso noticiário dando conta da grande corrupção. Por isso,
as eleições de outubro próximo deverão ser mais seletivas que as de 2002 e
2016, na crença de que o eleitorado comparecerá às urnas com um sentimento de
que poucos políticos estão a merecer o seu voto. Umas das principais exigências
que a população faz é que o político mantenha sintonia com as demandas sociais.
Por isso que a proximidade com o povo é um conselho a ser respeitado. A
desconfiança que se espraia em relação a tudo que se liga à política leva o
eleitor a querer ouvir candidatos, sentir seu pulso, examinar de perto se a
palavra dada será cumprida. O cidadão quer enxergar o valor da autoridade.
Equilíbrio é outro valor que se ordena pela necessidade de se distinguir um
sujeito harmônico, sereno, capaz de traduzir sentimento de justiça. Estes
valores se integram e acabam conferindo ao político confiabilidade e
respeitabilidade, valores que foram esgarçados pelo tufão de escândalos que
assola a vida política. Resgatar a crença na política não é tarefa fácil. E só
alguns conseguirão ser bem-sucedidos nessa missão. Os desafios da administração
pública e as demandas crescentes das comunidades estão a exigir conhecimento e
experiência dos políticos, ferramentas necessárias para o encontro de soluções
rápidas, factíveis e justas. Quanto à experiência, ela não carece de ter sido
realizada na vida pública, podendo o candidato trazer da iniciativa privada uma
bagagem de empreendimentos e feitos. No Ceará, as figuras corruptas, manjadas e
safadas predominam a ansiedade em concorrer estas eleições para se “eternizar
no poder”. Os eleitores de principio desconfiam de aventureiros e ignorantes
por considerá-los uma “aposta cega, um tiro no escuro, aliás, muito tiros no
escuro que são acostumados a atirar, esta versão cabe os vendidos rendidos a
escravidão da “compra do voto”. O preparo, o discurso bem ordenado, a fluidez
de ideias compreensíveis pode ajudar a elevar a imagem. Por outro lado da
ética, uma raridade em nosso Estado, mesmo que se encontre um alfinete no
palheiro, este, iria se impor, um valor-conceito que expressa o esqueleto
vertebral do político: o novo político aquilo que poderia esperar. Trata-se da
identidade, que abrange a história, o pensamento, a coerência, os sentimentos e
a maneira de ser. Se a identidade é forte e positiva, o candidato será sempre
associado às lembranças boas de seus eleitores e admiradores. Um bom político
tem que se perguntar: - É isso que eu quero construir e por isso que eu vou
lutar. É isso que eu quero ser na política como representante do povo, vou
mudar a imagem negativa do carreirista político. É assim que se espera uma
metamorfose completa.
Antônio Scarcela Jorge.
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