sexta-feira, 22 de junho de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2018


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

METAMORFO-
SE DOS POLÍTICOS


Nobres:
Neste período crucial que o país atravessa, podemos definir o perfil político melhor para o povo. Firmemente, abarca uma bateria de princípios e valores de feição muito previsível. Os eleitores apontariam certamente, entre outros, conceitos como ética, respeito, responsabilidade, compromisso, decência, zelo e integridade. Tanto nas regiões mais distantes e ainda na influência de caciques políticos quanto nos centros de maior consciência política, a valoração ancorada na moralidade assume a liderança das preferências. As demandas nessa direção são diretamente proporcionais ao intenso noticiário dando conta da grande corrupção. Por isso, as eleições de outubro próximo deverão ser mais seletivas que as de 2002 e 2016, na crença de que o eleitorado comparecerá às urnas com um sentimento de que poucos políticos estão a merecer o seu voto. Umas das principais exigências que a população faz é que o político mantenha sintonia com as demandas sociais. Por isso que a proximidade com o povo é um conselho a ser respeitado. A desconfiança que se espraia em relação a tudo que se liga à política leva o eleitor a querer ouvir candidatos, sentir seu pulso, examinar de perto se a palavra dada será cumprida. O cidadão quer enxergar o valor da autoridade. Equilíbrio é outro valor que se ordena pela necessidade de se distinguir um sujeito harmônico, sereno, capaz de traduzir sentimento de justiça. Estes valores se integram e acabam conferindo ao político confiabilidade e respeitabilidade, valores que foram esgarçados pelo tufão de escândalos que assola a vida política. Resgatar a crença na política não é tarefa fácil. E só alguns conseguirão ser bem-sucedidos nessa missão. Os desafios da administração pública e as demandas crescentes das comunidades estão a exigir conhecimento e experiência dos políticos, ferramentas necessárias para o encontro de soluções rápidas, factíveis e justas. Quanto à experiência, ela não carece de ter sido realizada na vida pública, podendo o candidato trazer da iniciativa privada uma bagagem de empreendimentos e feitos. No Ceará, as figuras corruptas, manjadas e safadas predominam a ansiedade em concorrer estas eleições para se “eternizar no poder”. Os eleitores de principio desconfiam de aventureiros e ignorantes por considerá-los uma “aposta cega, um tiro no escuro, aliás, muito tiros no escuro que são acostumados a atirar, esta versão cabe os vendidos rendidos a escravidão da “compra do voto”. O preparo, o discurso bem ordenado, a fluidez de ideias compreensíveis pode ajudar a elevar a imagem. Por outro lado da ética, uma raridade em nosso Estado, mesmo que se encontre um alfinete no palheiro, este, iria se impor, um valor-conceito que expressa o esqueleto vertebral do político: o novo político aquilo que poderia esperar. Trata-se da identidade, que abrange a história, o pensamento, a coerência, os sentimentos e a maneira de ser. Se a identidade é forte e positiva, o candidato será sempre associado às lembranças boas de seus eleitores e admiradores. Um bom político tem que se perguntar: - É isso que eu quero construir e por isso que eu vou lutar. É isso que eu quero ser na política como representante do povo, vou mudar a imagem negativa do carreirista político. É assim que se espera uma metamorfose completa.
Antônio Scarcela Jorge.

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