COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
A
SOCIEDADE NÃO INTERESSA
Nobres:
É na realidade insofismável
diante da fragilidade do governo que fortaleceu a nação corrupta do lulismo
aproveitando a greve dos caminhoneiros os companheiros apostem no quanto pior
melhor. Por má-fé, sonho ou desconexão com a realidade, investe, por palavras
ou obras, no cenário do caos. Postos sem combustíveis, mercados sem produtos,
farmácias sem remédios, escolas sem estudantes, hospitais sem insumos,
população sem transporte formam quadro que contraria quase todos os desejos da
nação. O conjunto que se descortina com a greve dos caminheiros longe está de
corresponder aos anseios dos cidadãos. Nada menos de 28 milhões de brasileiros
se encontram numa destas categorias: ou amargam o desemprego, ou se submetem à subocuparão.
Num caso e noutro, estão privados das conquistas da civilização. A continuidade
do movimento paredista tem o dom de engordar as estatísticas dos desamparados.
É hora de dar vez ao bom senso. O governo forçosamente atendeu às
reivindicações dos grevistas. Foi decisão difícil, que exigirá sacrifício de
toda a sociedade que tem que pagar por os desacertos dos governos, seria
salutar que os lulistas pagassem toda conta, mais esses em sua maioria, são
isentos e se proclamam todos os direitos sociais em termos de projetos que são
direcionais e facilitados, como as Bolsas, entre outras. Aos contribuintes
caberá pagar a conta, já salgada com a extorsiva carga tributária. Em relação
aos grevistas, dominado pelo sistema, foram, esgotadas as possibilidades de
manobra, foi à alternativa. Ganhou a classe dos caminhoneiros, ganharam os
empresários do setor. Trata-se do preço do retorno à normalidade. A ninguém
interessa outra Venezuela, decorrente do empobrecimento gradativo, da
naturalização das perdas e do retrocesso progressivo das instituições. O
momento é grave. Pede a participação de todos os segmentos políticos,
econômicos e sociais. Não é hora de cobrar preços abusivos. Nem de estocar
alimentos. Nem de espalhar terrorismo pelas mídias sociais. Não é hora de o
Congresso manter-se teimosamente omissa, surda às urgências por que clama o
país. Boa parcela da crise de hoje se deve à indiferença de ontem. Outra
iniciativa, a desoneração da folha de pagamentos, parecia morta em razão do desinteresse
de levá-la adiante, foi ressuscitado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
mas com um jabuti que descaracteriza a proposta inicial. Agora, a reforma
tributária bate à porta. O momento é oportuno. Com a paralisação dos
caminheiros, ficou patente a disfunção da cobrança de impostos no país.
Espera-se que deputados e senadores caiam na real e se conscientizem, “abrindo
mão” do interesse e do egoísmo em que atende literalmente a corrupção.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário