sábado, 2 de junho de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO, 2 DE JUNHO DE 2018


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

A SOCIEDADE NÃO INTERESSA

Nobres:
É na realidade insofismável diante da fragilidade do governo que fortaleceu a nação corrupta do lulismo aproveitando a greve dos caminhoneiros os companheiros apostem no quanto pior melhor. Por má-fé, sonho ou desconexão com a realidade, investe, por palavras ou obras, no cenário do caos. Postos sem combustíveis, mercados sem produtos, farmácias sem remédios, escolas sem estudantes, hospitais sem insumos, população sem transporte formam quadro que contraria quase todos os desejos da nação. O conjunto que se descortina com a greve dos caminheiros longe está de corresponder aos anseios dos cidadãos. Nada menos de 28 milhões de brasileiros se encontram numa destas categorias: ou amargam o desemprego, ou se submetem à subocuparão. Num caso e noutro, estão privados das conquistas da civilização. A continuidade do movimento paredista tem o dom de engordar as estatísticas dos desamparados. É hora de dar vez ao bom senso. O governo forçosamente atendeu às reivindicações dos grevistas. Foi decisão difícil, que exigirá sacrifício de toda a sociedade que tem que pagar por os desacertos dos governos, seria salutar que os lulistas pagassem toda conta, mais esses em sua maioria, são isentos e se proclamam todos os direitos sociais em termos de projetos que são direcionais e facilitados, como as Bolsas, entre outras. Aos contribuintes caberá pagar a conta, já salgada com a extorsiva carga tributária. Em relação aos grevistas, dominado pelo sistema, foram, esgotadas as possibilidades de manobra, foi à alternativa. Ganhou a classe dos caminhoneiros, ganharam os empresários do setor. Trata-se do preço do retorno à normalidade. A ninguém interessa outra Venezuela, decorrente do empobrecimento gradativo, da naturalização das perdas e do retrocesso progressivo das instituições. O momento é grave. Pede a participação de todos os segmentos políticos, econômicos e sociais. Não é hora de cobrar preços abusivos. Nem de estocar alimentos. Nem de espalhar terrorismo pelas mídias sociais. Não é hora de o Congresso manter-se teimosamente omissa, surda às urgências por que clama o país. Boa parcela da crise de hoje se deve à indiferença de ontem. Outra iniciativa, a desoneração da folha de pagamentos, parecia morta em razão do desinteresse de levá-la adiante, foi ressuscitado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mas com um jabuti que descaracteriza a proposta inicial. Agora, a reforma tributária bate à porta. O momento é oportuno. Com a paralisação dos caminheiros, ficou patente a disfunção da cobrança de impostos no país. Espera-se que deputados e senadores caiam na real e se conscientizem, “abrindo mão” do interesse e do egoísmo em que atende literalmente a corrupção.
Antônio Scarcela Jorge.

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