COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
AFINIDADE EXAGERADA
Nobres:
No fantástico cotidiano do País
onde tudo é tragicômico onde o cidadão é o sinônimo dos desleixes promovidos
pela manjadíssimas figuras dos políticos corruptos que atuam acentuadamente
entre os poderes constituídos da República brasileira, deveria ser exceção pela
instituição formal, - O JUDICIÁRIO -. Por
objetivo, os juízes de um tribunal, que é o guardião da Constituição
democrática e republicana de um país, precisam ter condutas e decisões
cuidadosas e cautelosas. Os juízes e o colegiado devem, por terem o poder de
decisões finais e irrecorríveis, conduzir-se pelo recato, pelo autocontrole,
pelo comedimento, tanto nas suas relações pessoais quanto no exercício de suas
funções. Mas não é isto o que se vê. Dominados pela vaidade e pela frivolidade
perigosa de suas incontinências verbais, são agentes da desmoralização do
próprio STF. Os juízes devem saber que não são deuses e que não estão acima do
debate e do escrutínio da opinião pública. Deveriam saber que não podem
negociar decisões judiciais com Temer, com senadores ou com quem quer que seja. Os juízes, Gilmar Mendes à frente, são juízes
apenas pelo poder formal que lhes é conferido, mas não são juízes nas suas
condutas e nos seus conteúdos. Na prática, como juízes, são porta-vozes de
interesses políticos, e como militantes políticos, julgam extrapolando o amparo
da Constituição. Também neste contexto, temos que atentar pelo esgotamento do Executivo e do Legislativo em estado moral quase
terminativo onde a corrupção é regra “institucional” e consequentemente requer
ação da sociedade para abrolhar uma nova perspectiva de transformação para o
país, naturalmente excluindo os políticos que estão aí e que no momento jogam o
peso da crise nos ombros do próprio cidadão. Os eleitores podem reconstituir o
processo de mobilização popular pelas urnas.
Antônio Scarcela Jorge.
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