segunda-feira, 11 de junho de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2018

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
AFINIDADE EXAGERADA

Nobres:
No fantástico cotidiano do País onde tudo é tragicômico onde o cidadão é o sinônimo dos desleixes promovidos pela manjadíssimas figuras dos políticos corruptos que atuam acentuadamente entre os poderes constituídos da República brasileira, deveria ser exceção pela instituição formal, - O JUDICIÁRIO -.  Por objetivo, os juízes de um tribunal, que é o guardião da Constituição democrática e republicana de um país, precisam ter condutas e decisões cuidadosas e cautelosas. Os juízes e o colegiado devem, por terem o poder de decisões finais e irrecorríveis, conduzir-se pelo recato, pelo autocontrole, pelo comedimento, tanto nas suas relações pessoais quanto no exercício de suas funções. Mas não é isto o que se vê. Dominados pela vaidade e pela frivolidade perigosa de suas incontinências verbais, são agentes da desmoralização do próprio STF. Os juízes devem saber que não são deuses e que não estão acima do debate e do escrutínio da opinião pública. Deveriam saber que não podem negociar decisões judiciais com Temer, com senadores ou com quem quer que seja. Os juízes, Gilmar Mendes à frente, são juízes apenas pelo poder formal que lhes é conferido, mas não são juízes nas suas condutas e nos seus conteúdos. Na prática, como juízes, são porta-vozes de interesses políticos, e como militantes políticos, julgam extrapolando o amparo da Constituição. Também neste contexto, temos que atentar pelo esgotamento do Executivo e do Legislativo em estado moral quase terminativo onde a corrupção é regra “institucional” e consequentemente requer ação da sociedade para abrolhar uma nova perspectiva de transformação para o país, naturalmente excluindo os políticos que estão aí e que no momento jogam o peso da crise nos ombros do próprio cidadão. Os eleitores podem reconstituir o processo de mobilização popular pelas urnas.
Antônio Scarcela Jorge.

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