COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
INSENSIBILIDADE
ÀS QUESTÕES DO POVO
Nobres:
Talvez os governantes se
convençam da urgente necessidade de mudança dos modelos arcaicos, que não
respondem às urgências da contemporaneidade. Talvez agora com os transtornos
que imporá e a perspectiva de que essa será uma entre muitas reações à necessária
reorganização da economia. Parece que esses que estão aí, a gente vivencia o
presente como forma de realidade evidente e se estão aí, se forem políticos
éticos o que estimam o contrário partiriam para essa premissa e não aprenderam
a cartilha imutável em todos os aspectos da vida. Todos passaram para os bancos
escolares e não se atentaram que os manuais de pedagogia ensinam objetivamente que
há dois caminhos que conduzem à aprendizagem. Um é o amor. O outro, a dor. Eles
apresentam razão simples para o fenômeno. Só forças poderosas são capazes de
mudar comportamentos. O processo é lento e, não raro, doloroso. São dois passos
para frente e um para trás. Atingir o objetivo exige foco, determinação, persistência,
organização e ética. Vem à lembrança o ensinamento dos bancos escolares em
razão da greve dos caminhoneiros, que põe em risco a normalidade da vida
nacional. Embora não tenha chegado ao fim, a paralisação ensina lições antigas,
muitas vezes repetidas e teimosamente ignoradas. A opção do Brasil pelo
transporte rodoviário em detrimento do ferroviário tornou o país refém do
combustível fóssil. O escoamento de mais de 61,1% da produção é feito pelas
rodovias. Caminhões transportam combustível, alimentos, remédios, peças de
reposição, insumos industriais. Parados, impedem aviões de decolar, portos de
embarcar e desembarcar cargas, ônibus de levar e trazer passageiros,
supermercados de repor mercadorias, pessoas de exercer o direito de ir e vir.
A mobilidade urbana depende, sobretudo de veículos particulares especialmente entre as pequenas e médias cidades e nos maiores centros populacionais do país, metrôs e trens, salvo raras exceções, cobrem trechos curtos, insuficientes para atender o usuário da saída à chegada, sem necessidade de recorrer à integração. Algumas capitais do país em sua maioria dispõem de transporte público de péssima qualidade caro, impontual e desconfortável. A precariedade obriga o uso do carro e, com ele, congestionamentos, acidentes e falta de estacionamento. Passou da hora de investir na diversidade da matriz de transporte. Com as dimensões continentais do Brasil, que deve se tornar o maior produtor agrícola do mundo, impõe-se apostar em trilhos capazes de ligar o território de norte a sul, de leste a oeste e de conduzir cargas e passageiros com rapidez e segurança. Tirar o carro da garagem será alternativa, não obrigação. Por outro lado, em outubro, os brasileiros vão às urnas eleger o presidente da República, governadores, senadores e deputados. São personagens importantes na guinada inadiável de eliminar os gargalos que impedem o país de avançar. Os eleitores têm de cobrar dos candidatos que deixem claros os caminhos que pretendem seguir. Alguns segmentos de comunicação sem compromissos com a propaganda desenfreada e parcial, os éticos certamente deverão desempenhar papel fundamental no processo, cobrar respostas, questionar delírios e esclarecer o público. A hora é agora. Eis a lição que a greve dos caminhoneiros repete para repetentes. Proteger infratores é irracional e não leva a nada o povo deseja a sua saída.
A mobilidade urbana depende, sobretudo de veículos particulares especialmente entre as pequenas e médias cidades e nos maiores centros populacionais do país, metrôs e trens, salvo raras exceções, cobrem trechos curtos, insuficientes para atender o usuário da saída à chegada, sem necessidade de recorrer à integração. Algumas capitais do país em sua maioria dispõem de transporte público de péssima qualidade caro, impontual e desconfortável. A precariedade obriga o uso do carro e, com ele, congestionamentos, acidentes e falta de estacionamento. Passou da hora de investir na diversidade da matriz de transporte. Com as dimensões continentais do Brasil, que deve se tornar o maior produtor agrícola do mundo, impõe-se apostar em trilhos capazes de ligar o território de norte a sul, de leste a oeste e de conduzir cargas e passageiros com rapidez e segurança. Tirar o carro da garagem será alternativa, não obrigação. Por outro lado, em outubro, os brasileiros vão às urnas eleger o presidente da República, governadores, senadores e deputados. São personagens importantes na guinada inadiável de eliminar os gargalos que impedem o país de avançar. Os eleitores têm de cobrar dos candidatos que deixem claros os caminhos que pretendem seguir. Alguns segmentos de comunicação sem compromissos com a propaganda desenfreada e parcial, os éticos certamente deverão desempenhar papel fundamental no processo, cobrar respostas, questionar delírios e esclarecer o público. A hora é agora. Eis a lição que a greve dos caminhoneiros repete para repetentes. Proteger infratores é irracional e não leva a nada o povo deseja a sua saída.
Antônio Scarcela Jorge
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