COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
A CONTROVÉRSIA DO PAÍS
Nobres:
Considerando o
extravagante conceito dos políticos no atual cenário do país há um hiato em quem
ocupa um cargo público (Político) deverá ser dotada de honra civil e de honra
pública, além da capacidade de exercê-las, isto é, desempenhar as funções
inerentes a cargo, trabalho, ofício. Situação que deve ocorrer em observância a
outros princípios da regra ou norma moral. A honra civil baseia-se na
pressuposição do respeito incondicional ao direito de cada um. Ela é o
condicionante de todo e qualquer contato disciplinador entre os homens. Desejaria
esclarecer a existência de variados subgrupos da honra, mas antes apreciaria
compará-la a um de sua unívoca glória. Mas é preciso ter em mente que a
verdadeira glória deve ser conquistada sem que a honra seja ferida. Voltando às
várias expressões da honra, ela apresenta e corresponde a diferentes modelos
como já mencionei: primeiro a civil e seguem-se a honra do cargo ocupado e até
a honra sexual, englobando as subordens devidas pelos servidores estatais,
médicos, advogados, em suma todos aqueles que foram qualificados para exercer
determinado tipo de trabalho intelectual ou profissional. Quando um ser humano
se candidata a um cargo político, tem de ter/ver/saber que deverá manter a sua
honra de forma diferente da honra de um simples cidadão, pois deve também ter a
competência para exercê-lo com proficiência muito além da honra civil. O que a honra de um cidadão comum pertence exclusivamente à esfera particular,
enquanto que a de um político ultrapassa esse nível, pois passa a compreender o
povo em geral: interesse público. Um político não pode aceitar acusações quanto
a não cumprir com probidade os deveres do cargo que ocupa. Quanto mais
influente for a função que ele exerça numa organização pública, tanto mais deve
ser possuidor de capacidade intelectual e as qualidades morais que façam dele
uma pessoa apta a ocupar tal função e ainda ser capaz e principalmente honesto.
Parece-me que no Brasil de hoje há uma falta generalizada desse atributo que
desconfiávamos não existir, porém a desonra jamais foi escancarada como na
situação que estamos vivendo. Os ocupantes de cargos públicos deveriam saber
que a honra e sua prática não depende da idade e muito menos da origem do
ocupante do cargo. Se jovem e ocupante de cargo público, não podemos tolerar
desonestidade pelo que ele promete ser ou o argumento de que ainda não foi
testado, é inexperiente. Quem é inexperiente não pode exercer funções de mando.
Caso for experiente, se tem noção, tem prática, tem conhecimento das coisas e têm
cabelos brancos, isso não o isenta da honra. É bom lembrar que rugas também são
sinais de velhice e não despertam sinais de respeito: nunca se fala de rugas
veneráveis, mas sim de cabelos brancos veneráveis. Nunca esquecer que aqueles
que ocupam cargos públicos (seja por nomeação, concurso, eleição, pouco
importa), além da capacidade para exercer a função devem ser pessoas honradas
em primeiro lugar, além de dotados de competência. A honestidade de quem ocupa
um cargo público, por menor ou maior que seja ele, garante nossa segurança como
país, estado, nação, município e Sociedade, mormente no trato da: “Res
publica”, uma expressão latina que significa literalmente “coisa do povo”,
“interesse público”. É a origem da palavra república. E o
político/administrador público, após deixar o cargo, deve permanecer respeitado
por seus sucessores. Não é isso que estamos assistindo! Atormentados com o futuro
e com a felicidade do nosso povo, muito embora não deixe de ser esperançoso.
Antônio Scarcela Jorge.
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