domingo, 6 de maio de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2018


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge 

A PROCURA DA IGUALDADE

Nobres:
Diante de normas plurais com as decisões controvertidas de certo modo e que dariam norte a Corte Suprema, mas, umas delas se consolidam; em que restringiu a abrangência do foro privilegiado. Segundo entendimento do colegiado, congressista só será processado pela mais elevada corte do país por crimes relacionados ao mandato durante o exercício do cargo. Crimes de outra natureza seguirão para a 1ª instância. Trata-se, sem dúvida, de sentença histórica, que vem ao encontro das expectativas da sociedade. O brasileiro dá demonstrações de crescente intolerância com a impunidade dos representantes ungidos pelas urnas ou por empregos no alto escalão. Os números gritantes sobre a impunidade de ricos e poderosos beneficiados pelo guarda-chuva do tratamento nada republicano. O levantamento mostra que falta ao STF a eficácia no trato de ações penais. Entre elas, sobressaem as relacionadas à corrupção. As cifras falam por si: nada mais que 5% dos processos são julgados em tempo hábil. O resultado é de todos conhecido: prescrição e consequente impunidade. Entretanto suscita dúvidas que a aplicação da regra inovadora. Entre elas, a definição do tipo de ato que tem efetivamente ligação com a atividade parlamentar. É importante que as questões sejam esclarecidas para que essa seja uma etapa vencida e se parta para as próximas. Assim como o foro especial é inaceitável para deputados e senadores, também o é para as mais de 50 mil autoridades que se beneficiam do privilégio de não serem alcançados pela lei à qual se submete a maioria da população. Com a exposição das vísceras putrefatas e malcheirosas do mensalão e outras ações praticadas pelo governo corrupto lulista e na verdade os outros anteriormente, ficou clara a necessidade de as instituições se modernizarem, se tornarem mais abertas e sujeitas às regras republicanas. As benesses imperiais pertencem ao passado e devem fazer parte da história que não dialoga com o contemporâneo. O Brasil tem de fazer a leitura correta do tempo. No século 21, com a população conectada com os acontecimentos, nada mais extemporâneo do que ser mais igual perante a lei. O destino não pode ser outro senão este o fim do foro privilegiado, temos que urgir em sua plenitude, no decorrer dos acontecimentos. E, com ele, dos demais privilégios que dividem os brasileiros em cidadãos de primeira classe e de segunda classe precisa que o distintivo da Lei seja consolidado.
Antônio Scarcela Jorge.


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