COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
2018, NO CERNE REENTRANTE REPETITIVO.
Nobres:
Antecipamos a discorrer em alusão ao próximo ano e
renova-se a retórica característica ao se aproximar o dito ano novo. No entanto
os anos não morrem, apenas passam, deixando marcas, lembranças, e história.
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano
foi um indivíduo genial industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no
limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar
os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro
número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente e muitos
poderão não concordar, achando que tudo continuará da mesma forma, que a
mudança de datas não significa absolutamente nada na vida de cada um. Com ou
sem Ano Novo a vida continua, as contas não desaparecem, o trabalho continua,
enfim pensam que não importa nada a passagem de um ano para outro. Parece
incrível, mas a Terra gira em torno de seu próprio eixo a uma velocidade de
1.700 km por hora e ao redor do Sol a 107.000 km por hora. E tem mais, que
parece também inacreditável, o Sol e todo o sistema solar gira em relação ao
centro da nossa Galáxia a uma velocidade de 1.000.000 (um milhão) de km/hora.
Então a pergunta que não cala é: como o tempo poderia ser apenas e simplesmente
uma continuidade repetitiva? Isso, sem considerarmos que o Universo está em
constante expansão, sabe-se lá para onde, para que, e a que velocidade? São
lembrados como auspiciosos ou marcados por crises variáveis. José, ao
interpretar o sonho do faraó, foi o primeiro a estabelecer os ciclos,
referindo-se aos sete anos de vacas magras como anos de frustrações e os sete
anos de vacas gordas como tempos de fartura. Muito mais tarde, já no século 20,
historiadores franceses e alemães estabelecerem a existência de ciclos de longa
e de curta duração, favoráveis ao desenvolvimento ou catastróficos. Dentro dos
ciclos de longa duração interpõem-se ciclos de curta duração, ora um pouco mais
favoráveis, ora piores. Em abrangência ao nosso país, a crise se deu em níveis
mais severos. Inflação, desemprego, corte de programas sociais, corrupção. Dizem
que as coisas nunca estão tão ruins que não possam piorar, no entanto, há algo
que não podemos perder jamais: a esperança. Portanto elevemos os nossos olhos,
almejemos coisas melhores, façamos com que os nossos pensamentos positivos
façam com que o mundo todo conspire para termos um ano que traga à sociedade
mais justiça, mais fraternidade, mais amor e eqüidade.
Antônio
Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário