COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
GOVERNO
EQUIVOCADO
Nobres:
Partindo do aval que a Câmara dos Deputados livrou o presidente Michel
Temer em ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após denúncia de
corrupção passiva formulada pelo o então procurador-geral da República Rodrigo Janot a partir de conversas gravadas pelo dono da JBS. Daí em diante começou
a desordens: com o fortalecimento corporativista do governo, onde os ministros
do Executivo, falam por si, desencadearam outros poderes do estado brasileiro -
ministros de tribunais superiores - tomam decisões esdrúxulas deixando estarrecida
a sociedade. Sobre a denúncia em alusão gerou
pelo simples arquivamento e impediu o esclarecimento dos fatos e os brasileiros
estão até hoje sem saber exatamente como se passaram. A decisão tampouco
autoriza o chefe máximo da nação a atuar com uma agenda sem o mínimo de
transparência e que o impeça de prestar contas de seus atos. Em boa parte, a
crise política enfrentada hoje pelo país se deve ao fato de os políticos pouco
se preocuparem em prestar satisfações sobre seus atos. Quando o Congresso abre
mão de suas atribuições de fiscalizar atos do Executivo, a própria democracia
fica ameaçada. E é exatamente isso o que ocorre quando passa a legislar em
causa própria, a atuar em favor do interesse de corporações ou a agir com o
intuito de barrar investigações que possam atingir seus integrantes ou o
governo. Esse é o tipo da atitude que só pode merecer reprovação. Governantes,
legisladores e os aplicadores da lei, não podem agir como bem entendem, pois
devem satisfações à sociedade sobre seus atos.
Antônio Scarcela Jorge.
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