sábado, 22 de julho de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO 22 DE JULHO DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
DESAFIOS DA DEMOCRACIA BRASILEIRA.

Nobres:
Há um intenso mal-estar nas diferentes democracias pelo mundo. Isso advém de um profundo descompasso, sendo eufemístico, na relação entre representados e representantes, gerando assim uma grave crise de representatividade. Perceber essa questão como algo individual a cada país é ter a atenção desviada do essencial o que está em crise pelo globo é a própria democracia, pelo menos como a praticamos atualmente. Superar esse mal-estar é perfeitamente possível. Para ir nessa direção, por mais inusitado que possa soar, é preciso aprender com o teatro. A democracia é uma idéia no mínimo radical, e ainda bem que ela assim é. Pensar que cada indivíduo tem o direito de opinar sobre os seus destinos políticos, independentemente de sua religião, cor, gênero, posses, posição social e assim por diante é um grande alento considerando a gestão da política em termos históricos. Porém, ao longo do tempo, a democracia parlamentar, que é como em geral a democracia é exercida pelo mundo, foi deixando alargar a distância entre representantes e representados. Contudo, é preciso que os cidadãos deixem de ser tratados como meros espectadores do processo democrático e que a interação vá para além do vaiar e aplaudir. O caminho é democratizar a democracia abrindo-se mais espaços para que os cidadãos, enquanto indivíduos, possam diretamente decidir questões ligadas às suas vidas. No passado, a dificuldade para ter várias pessoas em um único local debatendo era enorme. Contudo, hoje há tecnologia disponível para que milhões reúnam-se, discutam e votem sobre temas dos seus interesses. É preciso caminhar para uma democracia de maior intensidade. Mais abertura à participação cidadã certamente resultaria em uma alocação e execução de recursos mais condizente com as necessidades e anseios da população. Aqui no Brasil o exercício da democracia, um misto de governo presidencialista parlamentarista é sumular diante de outros países no exercício do parlamento em que o Executivo depende das ações exclusivas do Congresso Nacional, entretanto, o Chefe de Estado e de Governo é de plena atribuição do Presidente da República, onde vive em constante crise de instabilidade junto aos mais escusos interesses de parlamentarismo. Aí que teremos encontrar uma saída e instar o contrário de outros regimes políticos, crises na democracia superam-se somente com mais democracia ao oposto do que muitos asseguram.
Antônio Scarcela Jorge.

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