quinta-feira, 27 de julho de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
O POVO ESTÁ SACRIFICADO.

Nobres:
A má gestão do atual governo gerado pela falta de postura moral protegida por seus agentes corruptos em todas as áreas de atuação que causa uma imoralidade explícita para sociedade ética deste país e pressionada por um gigantesco rombo nas contas públicas aumentou dois tributos, o PIS e a COFINS, sobre a gasolina, o álcool e o óleo diesel, que são duas contribuições e, como tais, não são partilhadas com estados e municípios. Não precisamos entender de assuntos econômicos para instar o nosso bolso que é prejudicado. O rombo nas contas vem do fato de que as receitas tributárias caíram em razão da recessão econômica dos últimos anos, enquanto os gastos continuaram subindo sistematicamente ano a ano. Da receita bruta total, o governo deduz as transferências diretas (Bolsa Família, aposentadorias pagas pelo Tesouro Nacional, subsídios etc.), resultando na receita líquida destinada a pagar a folha de pessoal, os investimentos e o custeio da máquina administrativa e dos serviços públicos. Depois de contabilizados todos esses gastos sobram um saldo primário, que pode ser superávit ou déficit. Desde o controle da inflação, com o Plano Real, em 1994, o governo tinha no superávit fiscal primário uma das pernas do tripé da política econômica (superávit fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante). O superávit primário é necessário para cobrir a despesa seguinte, que são os juros da dívida pública. Depois de deduzidos esses juros, o que resta é o resultado nominal final, geralmente um déficit. Se as contas pioram a tal ponto que o governo passa a ter déficit primário, a saída é tomar empréstimos suficientes para cobrir o déficit mais os juros da dívida, e é exatamente isso que vem acontecendo com as contas públicas no Brasil. Além de elevar perigosamente a dívida pública, tal situação ameaça o equilíbrio financeiro do governo e prejudica o crescimento econômico. O exagerado tamanho do governo mostra que o capitalismo aqui só existe de maneira parcial. A previsão de arrecadação com o aumento do PIS/COFINS sobre os combustíveis é de R$ 10,4 bilhões, assunto sobre o qual o governo vem fazendo um discurso estranho, eivado de eufemismos econômicos e longe de revelar a verdadeira face do aumento de tributos. É sabido que a transferência de dinheiro do setor privado (pessoas e empresas) para o Tesouro Nacional diminui o consumo das pessoas e reduz os investimentos das empresas; logo, o efeito sobre a demanda agregada e o produto nacional é negativo. O efeito de aumentar os preços dos combustíveis em razão do aumento dos tributos é rápido e direto, em decorrência do que vem a elevação de preços de toda a cadeia produtiva, a começar pela tarifa de transporte coletivo. O governo vem fazendo afirmações eufemísticas, como “esse dinheiro será aplicado no crescimento econômico” ou “os recursos arrecadados vão melhorar a economia do país”. Algo de positivo haveria se os R$ 10,4 bilhões servissem para reduzir sensivelmente o déficit primário, o que não ocorrerá, pois o déficit deste ano está estimado em R$ 139 bilhões, rombo que tem conexão direta com o tamanho do déficit da Previdência Social dos trabalhadores privados (INSS) e o déficit da previdência dos servidores públicos, do que decorre que a reforma previdenciária tornou-se necessidade imperativa, ainda que não tenha efeitos significativos em prazo curto caso seja aprovada.
Antônio Scarcela Jorge.

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