domingo, 2 de julho de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO 2 DE JULHO DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
ESCOLA SEM FACÇÃO É UMA FACETA DO LULISMO
POPULISTA.

Nobres
São notórios bem antes de uma ideologia história que se transformou em ações corruptas envolvendo elementos ativos da sociedade, obviamente bem direcionada aos setores de educação. Em que situação chegou à educação brasileira por agenciar o processo desqualificado por professores que aprenderam a metodologia “Paulo Freire” que não existe neutralidade e que sua missão é converter os alunos em réplicas ideológicas de si mesmo. Por este meio transformaram a esquerda brasileira conseguiu em menos de 40 anos um feito notável, sem paralelo, talvez, no Ocidente democrático: impôs a sua “ciência”, os seus valores e a sua agenda política e ideológica a todo o sistema educacional, subordinando-o ao seu projeto de poder. Nessa atmosfera de sectarismo mais ou menos disfarçado, alunos e professores que não seguem a cartilha esquerdista são estigmatizados, marginalizados e perseguidos; vocações científicas são abafadas; pais assistem perplexos à usurpação pelo governo, pelas escolas e pelos professores – da sua autoridade religiosa e moral sobre os próprios filhos; colégios de elite se transformam em incubadoras de black blocs. O pluralismo sucumbe. O dogmatismo prospera. A qualidade desaba. Uma vez conquistada, a hegemonia é mantida graças ao mecanismo de retroalimentação do sistema, já que parte dos estudantes que saem das universidades retorna ao ensino fundamental e médio para exercer a docência e fazer a cabeça dos alunos. Segundo pesquisa do Instituto Sensus, 80% dos professores da educação básica reconhecem que o seu discurso em sala de aula é politicamente engajado. O petismo, como se sabe, é o principal receptador desses furtos ideológicos. Já o era antes de chegar formalmente ao poder, e continuará a sê-lo por muito tempo ainda, se nada for feito. O impeachment – que atende nas salas de aula pelo nome de “golpe” – serviu apenas para inflamar o zelo da militância.  Como debelar esse câncer que destrói a educação e ameaça a democracia? Antes de tudo, é preciso compreender a natureza gramsciano do fenômeno, a começar pela inexistência de um comando centralizado, de caráter político-administrativo, cujas diretrizes seriam executadas por obedientes professores. Se existisse, bastaria substituí-lo, e o problema estaria resolvido. Mas não é assim que funciona. O agente do processo é o burocrata – em especial, aquele professor que aprendeu com Paulo Freire que não existe neutralidade e que sua missão é transformar os alunos em réplicas ideológicas de si mesmo. Além disso, há o fato de a quase totalidade do trabalho de cooptação ser realizado entre quatro paredes e a portas fechadas, o que inviabiliza, na prática, o controle externo da atividade. E, para piorar, as vítimas desses abusos ou não se reconhecem como tais ou se calam para não sofrer perseguições. Diante dessa realidade, o Movimento Escola sem Partido elaborou e vem promovendo um anteprojeto de lei que prevê a afixação de um cartaz com deveres do professor que poderiam ser resumidos em não se aproveitar da relação desigual entre docente e aluno para impor, promover ou favorecer as próprias ideologias, nem prejudicar quem delas discorde – em todas as salas de aula do ensino fundamental e médio. O objetivo é dar ao aluno os meios de que ele necessita para se defender dos abusos, já que dentro da sala de aula ninguém mais poderá fazer isso por ele. Contra a proposta, porém, levanta-se uma ruidosa e bem articulada parcela do professorado, geralmente ligada a sindicatos controlados pelo PT. Ela reivindica nada menos que o direito de continuar a fazer a cabeça dos alunos e a usá-los como massa de manobra a serviço dos seus próprios interesses. Mas eles não conseguirão impedir que ele avance. Em breve, a nova mentalidade se espalhará na educação básica; de lá, será levada na mochila dos estudantes para dentro das universidades, retornando ao ensino fundamental e médio, agora pelas mãos dos professores. As faculdades serão pressionadas a criar uma disciplina obrigatória de Ética do Magistério. Em menos de dez anos uma estaca terá sido cravada no coração do vampiro gramsciano que subjuga a educação brasileira. É o PT que implica em dizer e em lutar e navegar pela sua sobrevivência neste aspecto que exercita a quantidade para influenciar as massas sobrepostas e não pela qualidade fator natural desta gente.
Antônio Scarcela Jorge.

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