quinta-feira, 20 de julho de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 20 DE JULHO DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
VEM DO BERÇO.

Nobres:
O recurso à violência como uma forma torta de expressão política não é exclusividade da esquerda é questão de educação advinda desde nascimento à formação familiar é conseqüência do desajuste do anarquismo de origem e não importa a posição social e econômica dessas pessoas que se urge para os fins. O largo desta questão se ‘programa’ um fenômeno que no Brasil tem se concentrado majoritariamente nesse lado do espectro político. Diferentemente de vários países europeus, por exemplo, onde simpatizantes do discurso xenófobo da extrema direita também apelam regularmente à violência, no Brasil o mais comum é ver esse tipo de ação nos simpatizantes de uma versão extremista de socialismo. A violência e a manipulação da verdade também eram o pano de fundo que levou as senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) a tomarem a mesa diretora do Senado na última terça-feira (11). Elas queriam impedir a votação da reforma trabalhista. Apesar de não entramos no mérito desta questão, seria nada por nada o importante nessa imundice é ‘bagunçar’. Sem votos em plenário para que não houvesse o que elas diziam se tratar do “desmonte” dos direitos dos trabalhadores, elas preferiram impedir o curso da votação seguindo a promessa feita por Gleisi de partir para a radicalização. Outra característica do extremismo é a vontade de calar os outros. Foi o que levou delegados do PT a atacarem a colunista Miriam Leitão em um vôo, chamando-a de terrorista. Como se ela fosse uma inimiga do partido e não alguém com o direito constitucional de se expressar. Por fim, é comum a essas manifestações o discurso anticapitalista e de perseguição pelas “elites”, que sempre fez parte da vida da esquerda brasileira. O que chama a atenção é o fato de ele ainda ser o combustível para manifestações que extrapolam os limites, trinta anos depois da volta da democracia. A postura das senadoras que tomaram conta da mesa diretora do Senado merece especial análise por ter atacado diretamente o funcionamento de um dos poderes do Estado. Se fizéssemos uma gradação das manifestações violentas das últimas semanas, esta estaria no grau máximo: em vez de preservarem a instituição que representam, as senadoras usaram um estratagema típico do totalitarismo e fecharam o Senado por algumas horas. As senadoras ultrapassaram seus limites institucionais e posaram como heroínas, demonstrando seu desprezo pelo estado democrático de direito. Seu ato precisa ser punido exemplarmente pela Comissão de Ética do Senado. Uma parte da explicação para a violência nas manifestações de parte da esquerda está na crença de que o próprio sistema democrático é uma conspiração que coloca o “capital” no controle para espoliar o “trabalho”. Decorre disso a crítica sem sentido a qualquer demonstração a dificuldade em aceitarem o poder das instituições para punir os desmandos de quem os representa. Não é por acaso que ainda prosperam as idéias de que houve golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e de que o ex-presidente e o maior corrupto da história deste país, Lula é perseguido pelo juiz Sergio Moro. Para complementar a explicação, é preciso levar em conta que a agenda dessa ala agressiva da esquerda não é flexível, como se espera no debate democrático. Ela é uma visão fixa da realidade, segundo a qual vale o “tudo ou nada” na busca de uma igualdade idealizada. Isso leva ao raciocínio de que, sem apoio popular, é preciso mesmo partir para a ação. O convencimento é, enfim, substituído pela violência. Não é vontade da maioria dos brasileiros viver em um país fechado ao empreendedorismo, à iniciativa privada, e que pune a geração de riqueza da maioria em nome da manutenção de privilégios ou de um projeto de poder. Sabemos que a sociedade está convicta em separar os radicais e anarquistas as mesmas ou renovadas figuras do corrupto Lula & companheiros, camaradas que por ação de facções criminosas, há mais de um século tumultuam a América latina, mas, o Brasil terá de continuar acreditando nas instituições democráticas, no valor das liberdades em suas várias manifestações e no combate à corrupção. Qualquer desvio abrirá a porta para o que há de pior na política: o totalitarismo e a censura onde os anarquistas a exemplo dessa senadora discorrem o contrário, em que apregoam “os santíssimos Lula, Chaves e os Castros; - como não poderia deixar de ser-”
Antônio Scarcela Jorge.

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