ELISEU PADILHA RECEBE ALTA DE HOSPITAL EM PORTO ALEGRE, DIZ BOLETIM.
Ministro deve retornar ao trabalho na próxima segunda-feira (13).
Alta após cirurgia foi antecipada, já que era prevista para quinta (9).
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, deixou o Hospital
Moinhos de Vento, em Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira (8), após ter
sido internado para um procedimento cirúrgico na próstata no dia 27 de
fevereiro. Ele deve retornar ao Planalto na segunda-feira (13).
A alta foi antecipada. O boletim anterior, divulgado na noite de
terça-feira (7), informava que Padilha deixaria o hospital na quinta (9) por
conta de sua "excelente recuperação".
O paciente Eliseu Padilha recebeu alta nesta quarta-feira (8). A
previsão era para amanhã, quinta, mas foi antecipada pela equipe médica por
apresentar excelente recuperação.
No dia 27 de fevereiro, ele realizou procedimento urológico cirúrgico no
Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre (RS).
Porto Alegre, 8 de março de 2017
Urologista Dr. Claudio Telöken – Cremers 8513
Clínico intensivista Dr. Nilton Brandão – Cremers 5444
E equipe médica.
Padilha foi submetido ao procedimento e transferido para o quarto no dia
1º. A primeira previsão de alta estava prevista para a segunda-feira (6), o que
não aconteceu, apesar dos boletins médicos apontarem uma boa recuperação no
decorrer do final de semana.
O ministro apresentou, então, um novo atestado médico ao Palácio do
Planalto, com previsão de retorno ao trabalho no dia 13 de março, afirmou a
assessoria da pasta.
Padilha está de licença médica desde segunda-feira (20), quando foi
hospitalizado em Brasília.
Ele passou dois dias internado por conta de uma obstrução urinária
provocada por uma hiperplasia prostática benigna, que gera aumento excessivo da
próstata.
Eliseu Padilha tem 71 anos e é um dos principais conselheiros do
presidente da República, Michel Temer.
À frente da Casa Civil, ele integra o chamado núcleo duro do governo e
atua diretamente na articulação política do Palácio do Planalto.
Yunes cita Padilha.
O afastamento de Padilha ocorre no momento em que o advogado José Yunes,
amigo e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, disse em depoimento ao
Ministério Público Federal que recebeu um envelope em 2014 a pedido do
ministro.
Lava Jato.
Em depoimento à Operação Lava Jato, o ex-diretor de Relações
Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho disse que o escritório de Yunes
foi usado para repasse de dinheiro ao PMDB via Eliseu Padilha.
Os pagamentos ao PMDB haviam sido acertados em uma reunião no Palácio do
Jaburu do qual participaram Marcelo Odebrecht, Temer e Padilha, que ficou
responsável por receber e alocar R$ 4 milhões.
Na entrevista Yunes avaliou ter servido de "mula" para
Padilha. O advogado confirmou que recebeu o envelope de Funaro em seu
escritório, mas disse não ter imaginado que houvesse dinheiro dentro dele.
"Seria uma descortesia e até falta de ética" violar a
correspondência, argumentou.
O ex-assessor de Temer disse que não conhecia Lúcio Funaro e que nunca o
havia visto no PMDB. Yunes relata, entretanto, que o doleiro comentou que estava
fazendo a campanha Cunha, do PMDB, para a presidência da Câmara dos Deputados,
e para mais de 100 parlamentares.
"Ele estava falando sobre política. Eu não o conhecia. Eu confesso
a você que depois que ele saiu eu fui no Google e fiquei estarrecido com a
figura. Eu não tinha histórico dele. Até porque ele era do mercado financeiro e
eu, do imobiliário", disse Yunes.
A assessoria de Padilha disse que o ministro não vai se pronunciar sobre
a fala do ex-assessor. O Palácio do Planalto também informou que não vai se
manifestar.
O advogado de Funaro, Bruno Espiñeira, negou o episódio relatado por
Yunes e afirmou que pretende processar o ex-assessor de Temer por calúnia.
O advogado ainda protocolou na Procuradoria-Geral da União um pedido de
acareação entre Funaro, Padilha e Yunes com o objetivo de “esclarecer a verdade
dos fatos é manifestamente distorcidos” no depoimento de Yunes.
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