PP DESVIOU 21
MILHÕES DO FUNDO PARTIDÁRIO
Há
dez dias, a ministra Cármen Lúcia tomou um susto. Acabara de participar de uma
das sessões de julgamento do mensalão, no STF. Ao chegar no seu gabinete na
presidência do TSE, deu de cara com um relatório espinhoso. Tratava de um
episódio envolvendo o PP, Partido Progressista, uma das legendas que estão na
berlinda do Supremo. O texto submetido à análise de Cármen Lúcia informava que
o Tribunal Superior Eleitoral aprovara sem ressalvas prestações de contas do PP
que estavam apinhadas de irregularidades. Auditoria feita posteriormente pela
Receita Federal revelara que as fraudes eram grosseiras. Resultaram em desvios
de R$ 20,1 milhões. Dinheiro público do fundo partidário. Assim como no
escândalo do mensalão, bezuntado com verbas desviadas de contratos firmados com
entes do Estado, o dinheiro do fundo partidário é público. Sai do bolso do
contribuinte e vai à caixa dos partidos para custear despesas correntes do
aluguel de escritórios ao salário dos funcionários. Neste ano de 2012, o fundo
vai custar ao Tesouro R$ 324 milhões. Os defensores do financiamento público
das campanhas eleitorais costumam dizer que só a proibição das doações privadas
terá o condão de tornar as eleições brasileiras imunes a fraudes. A julgar pela
cegueira do TSE e pelo modo como vem sendo gerido o dinheiro destinado a
financiar o funcionamento dos partidos, a tese é mais uma dessas balelas
pendentes de comprovação. (da agência de
notícias O ESTADO).
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