COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
Nobres:
As nossas lembranças advém o ano de 1964, ao 5º ano que tinha um só programa, o exame de admissão ao ginásio que o saudoso Professor José de Albuquerque, motivado por reformas na estrutura do prédio, foi cedido uma garagem do Senhor Raimundo Jorge do Nascimento para que não interrompesse as aulas sendo repartida em duas turmas. A ficou no “segundo pavilhão” assim podemos chamar de setor improvisado. Pavilhão, do lado direito de quem chegava ao ginásio. A B, no segundo pavilhão, última sala. A minha em sala anterior a da segunda B, nossa vizinha, portanto. Todas com trinta e dois alunos, divididos de acordo com a primeira letra do nome. Eu, da B, como o primeiro aluno a responder presente na chamada. “Privilégio” da letra A. Na minha, de inusitado nada ocorreu. Nada que saísse da rotina normal de uma sala de aula, na qual alunos, oriundos, ali se agrupavam, mercê da letra inicial do nome, e, aos poucos, como abóbora na carroça, iam se posicionando adequadamente. No meu curriculum escolar, o 5º ano primário, marcou um fato que se repetiu por todo o curso ginasial: o grande predomínio na turma do elemento masculino. Viva o homem! Não é puro machismo meu! Naquela época era assim mesmo. Sentado ao lado de meus colegas contemporâneo; Carlos Azevedo Pontes, (hoje Engenheiro Civil no Amazônia) e que nos visita constantemente quando está por aqui; Francisco Têmio Mourão, José Airton Martins (in memoriam) ardoroso brizolista e há muito tempo depois recebeu das mãos de Leonel Brizola, então Governador do Estado do Rio de Janeiro, o honroso título de cidadão carioca quando era Superintendente da Caixa Econômica Federal, cargo que ostentou em três unidades da Federação; Ceará; Rio de Janeiro e São Paulo (Campinas). E do Antonio Atanásio Rodrigues; hoje médico ortopedistas de renome estadual. Naquele ensejo, o professor José de Albuquerque “ensinava todas as matérias daquela instituição educacional” na matemática, designou dia para uma arguição. Todo aluno deveria dizer a fórmula indicada por ele e não sei que ponto era especificamente. Em matemática sempre fui um zero à esquerda. O aluno se dirigia à frente de sua mesa para arguição. Assim se verificou desde o primeiro arguido. Todo mundo acertando. A nota dez campeando, devida e imediatamente anotada na caderneta. Estudantes danados de bons deve ter pensado o professor. Um exemplo a ser seguido. Então, chegou à vez do estraga prazer, isto é, “do toicinho” apelido do aluno. O nome deixe para lá. Já morreu. Deixai-o descansar. A fórmula foi ditada. O aluno procurou a resposta. Não achou. Pediu o professor para se afastar a fim de ver a parede. A lente olhou para trás. Estavam lá escancaradas todas as fórmulas. De logo, riscou a nota dez de todos. Substituiu por um zero bem grande. A turma não devorou o toicinho porque os olhos não carregavam dentes. Fatos pitorescos existiam naquela época de pouca ingenuidade, mas hoje prevalece todo tipo de gente em toda a espécie. Velhos tempos e outros dias.
Antônio Scarcela Jorge.
Scarcela Jorge
NOS TEMPOS DO CURSO PRIMÁRIO
Nobres:
As nossas lembranças advém o ano de 1964, ao 5º ano que tinha um só programa, o exame de admissão ao ginásio que o saudoso Professor José de Albuquerque, motivado por reformas na estrutura do prédio, foi cedido uma garagem do Senhor Raimundo Jorge do Nascimento para que não interrompesse as aulas sendo repartida em duas turmas. A ficou no “segundo pavilhão” assim podemos chamar de setor improvisado. Pavilhão, do lado direito de quem chegava ao ginásio. A B, no segundo pavilhão, última sala. A minha em sala anterior a da segunda B, nossa vizinha, portanto. Todas com trinta e dois alunos, divididos de acordo com a primeira letra do nome. Eu, da B, como o primeiro aluno a responder presente na chamada. “Privilégio” da letra A. Na minha, de inusitado nada ocorreu. Nada que saísse da rotina normal de uma sala de aula, na qual alunos, oriundos, ali se agrupavam, mercê da letra inicial do nome, e, aos poucos, como abóbora na carroça, iam se posicionando adequadamente. No meu curriculum escolar, o 5º ano primário, marcou um fato que se repetiu por todo o curso ginasial: o grande predomínio na turma do elemento masculino. Viva o homem! Não é puro machismo meu! Naquela época era assim mesmo. Sentado ao lado de meus colegas contemporâneo; Carlos Azevedo Pontes, (hoje Engenheiro Civil no Amazônia) e que nos visita constantemente quando está por aqui; Francisco Têmio Mourão, José Airton Martins (in memoriam) ardoroso brizolista e há muito tempo depois recebeu das mãos de Leonel Brizola, então Governador do Estado do Rio de Janeiro, o honroso título de cidadão carioca quando era Superintendente da Caixa Econômica Federal, cargo que ostentou em três unidades da Federação; Ceará; Rio de Janeiro e São Paulo (Campinas). E do Antonio Atanásio Rodrigues; hoje médico ortopedistas de renome estadual. Naquele ensejo, o professor José de Albuquerque “ensinava todas as matérias daquela instituição educacional” na matemática, designou dia para uma arguição. Todo aluno deveria dizer a fórmula indicada por ele e não sei que ponto era especificamente. Em matemática sempre fui um zero à esquerda. O aluno se dirigia à frente de sua mesa para arguição. Assim se verificou desde o primeiro arguido. Todo mundo acertando. A nota dez campeando, devida e imediatamente anotada na caderneta. Estudantes danados de bons deve ter pensado o professor. Um exemplo a ser seguido. Então, chegou à vez do estraga prazer, isto é, “do toicinho” apelido do aluno. O nome deixe para lá. Já morreu. Deixai-o descansar. A fórmula foi ditada. O aluno procurou a resposta. Não achou. Pediu o professor para se afastar a fim de ver a parede. A lente olhou para trás. Estavam lá escancaradas todas as fórmulas. De logo, riscou a nota dez de todos. Substituiu por um zero bem grande. A turma não devorou o toicinho porque os olhos não carregavam dentes. Fatos pitorescos existiam naquela época de pouca ingenuidade, mas hoje prevalece todo tipo de gente em toda a espécie. Velhos tempos e outros dias.
Antônio Scarcela Jorge.
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