quinta-feira, 31 de outubro de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA 31 DE OUTUBRO DE 2019


COMENTÁRIO
­Scarcela Jorge
POLÍTICA EXTERIOR

Nobres:
Falar do Brasil em termos de economia não é o bastante, com o mundo globalizado é notório considerar a integração de todo continente para análise direcional alimentada por crises, principalmente a econômica, política, moral vivenciada a cada cotidiano que se segue. Comentamos de princípio Brasil e a Argentina que destina o padrão rival em todos os sentidos.  A sabedoria popular diz que vizinho não é escolha. É destino. A afirmação vale para pessoas e nações. Com a extensão territorial de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o fado traçou as fronteiras do Brasil com praticamente todos os países que o contornam. Só Chile e Equador ficaram de fora. É natural que as relações nem sempre sejam harmoniosas. Não só neste subcontinente, mas também nos demais. Brasil e Argentina também viveram períodos difíceis. Vale lembrar um caso. Durante o governo militar, a negociação para construir Itaipu, cheia de idas e vindas, parecia missão impossível. Chamada, a diplomacia arredondou as arestas e hoje os dois lados usufruem a energia da hidrelétrica. Bons momentos também figuram nos anais de Brasília e Buenos Aires. Em 2019, o MERCOSUL depois de 20 anos de avanços e recuos, firmou acordo com a União Europeia. As perspectivas são alentadoras. Além de baratear produtos, deve forçar eficiência e produtividade. A indústria brasileira, defasada em decorrência da longa estagnação econômica, prepara-se para a nova fase. A do país vizinho alimenta a mesma expectativa. Afundada em profunda crise econômica a pior desde 2001, a Argentina foi às urnas. Elegeu, na cabeça da chapa, o peronista Alberto Fernández. Como vice, a ex-presidente Cristina Kirchner. Fernández define-se um liberal de esquerda, progressista. A grave crise em que se debate aquele país com queda de 2,5% do PIB, inflação próxima de 40%, desemprego de 10,6%, a pobreza acima de 35%, taxa de juros além de 80% deixa recado ao presidente que assume em dezembro próximo: pragmatismo é preciso não deixando se envolver prioritariamente em questões ideológicas.
Antônio Scarcela Jorge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário