COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
COMBATER A CONTRADI
ÇÃO
ÇÃO
Nobres:
Observando o panorama político brasileiro em causa que nos chamou
atenção sobre a combalida e durável crise econômica que norteia o país, foi em
conferência proferida pelo ex-ministro da Fazenda Maison da Nóbrega, qual
exerceu a Pasta nos anos 80, distingue a baixa produtividade como nossa
principal vilã consequência do esgotamento da estratégia de substituição de
importações, efeitos fiscais da Constituição de 1988 e da devastadora gestão
petista. Segundo ele, a reforma da Previdência ajuda a evitar o colapso, mas
não garante uma retomada firme do crescimento, que depende de outras reformas,
entre as quais a tributária. Certamente, a saída para a atual crise, pelo menos
naquilo que depender do governo, exigirá a combinação de muitas reformas
estruturantes, a exemplo da previdenciária e da tributária, que se destacam, mas
não são as únicas necessárias. Segundo o ex-ministro a sociedade e governo
deram pouca atenção ou interesse no debate sobre a economia brasileira: os
investimentos públicos, ou pior, a falta deles. Os problemas na questão dos
investimentos do governo ocorrem simultaneamente em duas frentes: enxugamento
nas despesas, absolutamente necessário, e o já crônico déficit na capacidade de
investimentos com recursos do Tesouro. O contrassenso reside justamente aí. Com
uma participação expressiva no PIB, o governo acaba sendo coautor na solução e
no agravamento da própria crise, na medida em que inibe seus gastos e, ao mesmo
tempo, tem a necessidade de investir em projetos de desenvolvimento. Quanto
mais cortes no orçamento para o necessário ajuste das contas públicas, mais
sofre a economia no curto prazo.
Antônio
Scarcela Jorge.
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