COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
UM PREJUÍZO PARA O CIDADÃO
Nobres:
É interessante o eleitor irracional de sobremodo, bajula, santifica os
políticos de sua preferência e se acavala no conceito de não observar as coisas
incautas pela inter-relação que seja natural a estas horas. Para que essa forma
de excrecência deveria ser usada como fonte para a maioria dos políticos
brasileiros, afinal, o que eles menos fazem é ajudar a população. Preocupam-se
com eles em primeiro lugar, em vez de se preocuparem com quem os elegeu. Em
tese é o que teria o que acontecer, mas na prática em sua esmagadora maioria há
muito eles formalizaram o compromisso do voto comprado, diga de passagem, negocia
até o voto de solidariedade, moção de pesar e até os de congratulações, títulos
honoríficos, sendo esses apresentados urgindo apenas os seus interesses. Temos
por exemplo: No plano nacional, há algumas semanas, na calada da noite, os
deputados federais aprovaram o novo fundo eleitoral, que tem muito a ajudar os
partidos políticos e muito a prejudicar o pagador de impostos. Em tempos de
recuperação da economia e cortes de gastos para diminuir o déficit público, os
políticos querem tirar do bolso dos contribuintes mais dinheiro para financiar
campanhas políticas. O novo fundo eleitoral conforme pretendiam os deputados
permitiria que os partidos usassem o dinheiro para construir ou reformar sedes;
pagar débitos, juros e multas de campanha; advogados; passagens aéreas; compra
ou locação de bens; além de 19.040 inserções na mídia, fora a propaganda
eleitoral. O presidente Bolsonaro deveria ter tido a coragem de vetar todos os
dispositivos que facilitem a vida de políticos, partidos e candidatos
interessados apenas em se apossar do dinheiro do contribuinte. Apesar de não
ter vetado todo o texto, muitos pontos importantes foram. Com isso, o texto
voltou para o Congresso analisar os vetos. Quando lhes convêm, os políticos são
rápidos na aprovação de medidas, já que, para valer para a próxima eleição, no
ano que vem, o projeto tem que ser aprovado um ano antes. Enquanto isso, a
população espera ansiosa pela aprovação de reformas tão importantes como a da
Previdência, a tributária, a administrativa e o pacote anticrime. O
financiamento a partidos políticos deve ser feito exclusivamente por seus
filiados ou por doações voluntárias. Tirar dinheiro da população por meio de
impostos, ainda mais em um país onde já temos alta carga tributária e um número
grande de desempregados, para financiar qualquer partido político, é um abuso
com a população. Muitos candidatos eleitos demonstraram, na última campanha,
que é possível concorrer com poucos recursos, usando a tecnologia. Isso deveria
servir de exemplo aos demais políticos. Cabe à população ficar de olho na
sessão do Congresso para saber se o seu deputado ou senador está pensando em
você, eleitor e pagador de impostos, ou apenas nele. É óbvio que sim.
Antônio
Scarcela Jorge.
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