COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
COMPARTILHAR OS ENCARGOS
Nobres:
Não se pode
negar que a qualidade dos serviços públicos, com impacto direto na vida de cada
pessoa, não depende, exclusivamente, dos órgãos de governo. Ações colaborativas
e controle social fazem muita diferença. Uma delas e o exercício soberano do
voto, se bem “aplicado” é um encargo de cidadania! E a violência, conchavos,
corrupção escancarada contribuíram que as inércias dos últimos governos fizeram
as forças de segurança, por sua vez, não tiveram a capacidade para dominar
todos os territórios e evitar as agressões ao patrimônio e às pessoas, por
maior que sejam os contingentes da PM e da Polícia Civil nos Estados e no DF. O
cidadão é quem conhece os reais problemas que afetam o local em que vive. Se a
comunidade se organiza e estabelece novas relações com órgãos de governo, a
construção das soluções será mais fácil, com resultados positivos. Mas parceria
não vale só para a segurança pública. Deve se estender à educação, à saúde, ao
saneamento básico e a outros setores indispensáveis à melhoria da qualidade de
vida. O controle social e a decisão coletiva de levar o Estado a programar
ações necessárias à superação dos problemas dependem muito mais dos cidadãos do
que da burocracia estatal. Hoje, tais iniciativas contam com marco legal,
assegurando a participação de representantes da sociedade nos conselhos
gestores de políticas públicas. É assim na educação, na saúde, na execução de
obras, etc. Porém, a maioria dos cidadãos não se dá conta da sua importância no
processo natural de transformação do país. Neste sentido não se pode atribui a
responsabilidade somente ao Estado ou reclamar da inépcia dos governantes e de
políticos. Esquece que o poder de pressão coletivo é o caminho para que as
ações do setor público sejam convergentes com as demandas da sociedade. Só assim
iremos abater elementos corruptos encastelados nos governos dentro do processo
democrático que o país requer.
Antônio Scarcela
Jorge.
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