COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
O POPULISMO ESTÁ EM
ASCENSÃO
Nobres:
Neste momento
não se pode negar que o populismo está em ascensão, principalmente no Brasil,
diante das pesquisas que implementa por estes institutos de opinião pública. Apesar
de ter sofrido algumas derrotas em 2017 aqui e no continente sul-americano.
Diante desta razão e, por desejar expressar os “reais” interesses do povo, seus
líderes atacam as elites insensíveis, a mídia, como sendo pintados como ameaça
e causa para o abandono e exclusão experimentado pelas massas. Simplificam
pretensas soluções para problemas complexos. Prega a divisão das sociedades, - o
‘nós (puros e bons) - contra o ‘eles’ (os malvados e culpados pelos males do
povo). Dizem representar a verdadeira vontade do povo. Atacam as instituições
públicas e as organizações da sociedade civil. O populismo pode-se apresentar
sob diversas variantes: étnico, homofóbico, misógino, ético, nacionalista,
classista, identitário, judicial e militarista. No mais das vezes, as distintas
versões combinam mais de uma dessas facetas. Os populistas tendem a afirmar que
só eles representam o povo (puro e unificado) que é traído por elites corruptas
e moralmente inferiores. Na raiz do crescimento do populismo regressivo está o
sentimento de exclusão, hoje tão forte tanto em países do centro como da
periferia. O difícil é enfrentar as causas do populismo. Governos que valorizam
as instituições, a sociedade civil, a democracia e o multilateralismo têm
diante de si o enorme desafio de programar outro tipo de desenvolvimento. Para
isso, vão ser instados a desenhar políticas públicas inovadoras capazes de
endereçar os males do tempo. Que incentivem a inclusão dos desfavorecidos. Verdadeiros
democratas, de matizes liberais ou socialistas, vão precisarem levar a sério a
hipótese de cooperação se quiserem manter os compromissos democráticos
proclamados. Isso vai ser necessário para superar o populismo.
Antônio Scarcela Jorge.
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