terça-feira, 13 de junho de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA 13 DE JUNHO DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

CENA GROTESCA.

Nobres:
Cenas ridículas e seus personagens conhecidos traduzem o sentimento da política em nossos dias, não como uma bagunça espontânea feita por gente despreparada para os cargos que ocupa. A marfínea política em que vivemos é produzida e sustentada pelos objetivos de poder. O julgamento da chapa Dilma/Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral é um exemplo perfeito dessa idéia. No afã de salvar a pele de um presidente investigado por corrupção e negar o óbvio que a campanha de 2014 foi uma das mais sujas da história do país, valeu tudo. Um espetáculo que superou, no grotesco da encenação, aquele domingo, em abril de 2016, no qual se aprovou na Câmara dos Deputados o impeachment de Dilma. São momentos caricaturais do longo processo de 8.000 páginas: o ministro Admar Gonzaga disse que não costuma verificar seu saldo bancário deve ser o único brasileiro a gozar tal privilégio. O ministro Napoleão Nunes Maia Filho (outra vergonha do Ceará para quem tem ‘o ético’, um fato raro neste estado que em maioria absoluta impera a secular cultura da mendicância) invocou "a ira do profeta" e fez um sinal de degola o alvo seria a atuação da imprensa e do Ministério Público. Faltou o ministro Gilmar Mendes. Bem, Gilmar Mendes age como a caricatura de si mesmo. Diante da concorrência ridícula dos políticos e do ministro Gilmar, a cena ridícula dos implicados em ações escusas tornou mais uma regra neste país do que “quem tem nada não”.
Antônio Scarcela Jorge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário