COMENTÁRIO
Scarcela JorgeO POLÍTICO CORRUPTO PROCLAMA O IMPOSSÍVEL.
Nobres:
A estas horas o Brasil não só se sente envergonhado pela sanha de
marginais políticos, principalmente, pelo triste episodio do cenário farsante
vivido pela maioria dos ministros do TSE ao julgar o processo da corrupção
deslavada nas eleições presidenciais de 2014 e que a chapa Dilma/Temer foi
inocentada onde tudo brasileiro é senhor dos roubos praticados em interação com
partidos políticos em sua maioria de esquerda à frente o PT e sublegendas
informais. (PSOL, PP e PCdoB). Atitudes em forma de julgamento foram
proclamados pelos quatro ministros a frente comandado por Gilmar Mendes, que
nesta sessão demonstrou categoricamente quem é ele e que caiu na desgraça peã
maioria do povo. Não nos surpreende que o país comandado pela este gente
(perdão pela palavra gente dirigida a esses) e ainda mais, uma corrente aliada
aos partidários da vergonha nacional que ataca a sociedade “em vários pólos” estando
para ser instalada no Congresso Nacional uma Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI, que inclui senadores e deputados) para, teoricamente,
investigar as atividades da JBS, que experimentou crescimento meteórico na era
petista até se tornar a maior processadora de proteína animal do mundo.
“Teoricamente”, porque os objetivos dos parlamentares da base aliada, com apoio
do presidente Michel Temer, são um pouco diferentes. Uma CPMI da JBS bem feita
seria extremamente útil para o país, pois a história da empresa resume um pouco
do que foi a farra realizada nos anos de governo petista. Os parlamentares
poderiam, por exemplo, ajudar a jogar luz sobre a política de “campeões
nacionais” incentivada desde os mandatos de Lula: empresas brasileiras destinadas
a se tornar players globais
em suas áreas de atuação, escolhidas sabe-se lá com que critérios e fartamente
irrigadas com dinheiro do BNDES sobre o qual eram cobrados juros muito
camaradas em comparação com o que o governo paga quando se endivida. A própria
atuação política do BNDES, não apenas com os “campeões nacionais”, mas com a
ajuda a governos amigos do petismo, ainda é uma caixa-preta que, quando aberta,
tem tudo para assumir dimensões semelhantes às dos maiores escândalos atuais. A
atuação política do BNDES ainda é uma caixa-preta que precisa ser aberta. Mas,
em vez de escancarar os meandros do capitalismo de compadres característico das
eras Lula e Dilma, os parlamentares pretendem usar a CPMI para constranger a
Operação Lava Jato, que tira o sono de muitos políticos. O primeiro alvo seria
o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin: os deputados e
senadores querem que ele vá ao Congresso (o que ele não é obrigado a fazer)
explicar que relações o magistrado teria com Ricardo Saud, um dos delatores da
JBS. Para os parlamentares, se a Lava Jato não está poupando nem mesmo o
presidente da República, o que não fará com um deputado ou senador? Ora, o
mesmo pode ser dito de sua estratégia na CPMI: se busca logo de imediato
constranger um ministro do Supremo Tribunal Federal, o que não estarão pensando
em fazer com agentes da Polícia Federal ou procuradores do Ministério Público?
Transformar uma CPMI em meio de constranger aqueles que investigam e julgam os próprios
parlamentares seria uma demonstração inequívoca mais uma de que os interesses
pessoais estão acima dos interesses do país. Que isso seja feito, ainda por
cima, com aval do Planalto é simplesmente inaceitável mesmo sabendo que Temer
não mais consegue enganar ninguém.
Antônio Scarcela Jorge.
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