segunda-feira, 12 de junho de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

O SENHOR DOS COMPANHEIROS.

Nobres:
No país do “esconde – esconde” onde a farsa e a mentira são referenciais para instar a corrupção que naturalmente navega o imperialismo populista. Neste contexto se encontra o Partido dos Trabalhadores (PT) a reger seus estatutos clareia quanto aos seus propósitos: “lutar por democracia, pluralidade, solidariedade, transformações políticas, sociais, institucionais, econômicas, jurídicas e culturais, destinadas a eliminar a exploração, a dominação, a opressão, a desigualdade, a injustiça e a miséria, com o objetivo de construir o socialismo democrático”. Mas, num exemplo clássico do proverbial “o papel aceita tudo”, em seus 13 anos e meio no Planalto, Lula e Dilma rasgaram, uma a uma, todas as suas propostas imaginariamente positivas. E, nestes tempos em que se revela o escândalo da JBS com todos os seus horrores, percebe-se que o último dos objetivos petistas – “construir o socialismo democrático”, por mais contraditório que isso até tentou ser levado a cabo, mas por meio de um tipo muito particular de capitalismo, aquele patrocinado pelo Estado. O conluio entre governo e grandes empreiteiras ajudou regimes estrangeiros amigos do petismo e, já se sabia disso desde que se escancarou o concubinato do PT com as grandes empreiteiras, na qual vigorava uma regra simples: quanto mais “obras”, mas propinas. Negócio vantajoso também para os demais partidos que participavam diretamente da base aliada, tais como o PP e o PMDB. Mas é com o descaramento dos irmãos Wesley e Joesley que o Brasil começa a prestar mais atenção em como o farto dinheiro do BNDES cujos cofres são abastecidos com dinheiro público – foi usado de forma espúria tanto dentro quanto fora do país. Internamente, o governo usou o BNDES para sua política de “campeões nacionais”, entre os quais estava a JBS, que acabou se tornando o maior grupo frigorífico do comprados pelo gigante ou obrigados a encerrar suas atividades por não suportar a concorrência predatória do gigante amigo do PT. Tudo ao contrário das promessas de “eliminar a exploração, a opressão, a desigualdade” inscritas no estatuto do partido. As distorções graves e ferozmente anticompetitivas com que o lulopetismo privilegiou a JBS derrubaram porteiras, invadiram sítios e fazendas e afetaram também os pecuaristas, grandes e pequenos criadores de gado, vítimas do que pode ser definido como praticamente um monopólio gerando distorção de mercado em que só existe um grande comprador, com o poder de definir o preço que quer pagar. E ao pecuarista não resta alternativa a não ser aceitar. Nada disso combina com a pregação de “pluralidade, solidariedade, transformações políticas, sociais, institucionais e econômicas” prometidas no estatuto petista. A atuação imposta ao BNDES durante o período Lula/Dilma contraria também os princípios fundadores da instituição um banco que deveria estar voltado ao desenvolvimento nacional. Pois, no campo externo, o conluio entre governo e grandes empreiteiras serviu mesmo foi para ajudar regimes estrangeiros: uns mais, outros menos autoritários, mas todos amigos do petismo. Enquanto o Brasil empobrecia, a economia se desorganizava e o desemprego crescia. Venezuela, Angola, Equador, República Dominicana e Cuba são alguns destes países, coincidentemente, todos eles também às voltas com a corrupção multinacional que o Brasil exportou. Capitalismo de compadrio dentro do país e uso ideológico além das fronteiras nacionais é tudo que não cabe a um banco de fomento, uma verdade evidente que independe das preferências político-partidárias de cada um. Maria Silvia Bastos Marques começou a devolver o BNDES a seu rumo certo, e Paulo Rabello de Castro deve continuar o trabalho, para que distorções graves como as ocorridas sob o lulopetismo não voltem mais a ocorrer. Só não viram os ministros do TSE, os partidários do corporativismo do governo, que não agregaram as razões explicitam o fundamento objetivado ao pedido de impugnação da Chapa Dilma e Temer realizado nas eleições presidenciais de 2014 e por eles inocentado.
Antônio Scarcela Jorge.

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