COMENTÁRIO
Scarcela JorgeO SENHOR DOS COMPANHEIROS.
Nobres:
No país do “esconde – esconde” onde a farsa e a mentira são referenciais
para instar a corrupção que naturalmente navega o imperialismo populista. Neste
contexto se encontra o Partido dos Trabalhadores (PT) a reger seus estatutos
clareia quanto aos seus propósitos: “lutar por democracia, pluralidade,
solidariedade, transformações políticas, sociais, institucionais, econômicas,
jurídicas e culturais, destinadas a eliminar a exploração, a dominação, a
opressão, a desigualdade, a injustiça e a miséria, com o objetivo de construir
o socialismo democrático”. Mas, num exemplo clássico do proverbial “o papel
aceita tudo”, em seus 13 anos e meio no Planalto, Lula e Dilma rasgaram, uma a
uma, todas as suas propostas imaginariamente positivas. E, nestes tempos em que
se revela o escândalo da JBS com todos os seus horrores, percebe-se que o
último dos objetivos petistas – “construir o socialismo democrático”, por mais
contraditório que isso até tentou ser levado a cabo, mas por meio de um tipo
muito particular de capitalismo, aquele patrocinado pelo Estado. O conluio
entre governo e grandes empreiteiras ajudou regimes estrangeiros amigos do
petismo e, já se sabia disso desde que se escancarou o concubinato do PT com as
grandes empreiteiras, na qual vigorava uma regra simples: quanto mais “obras”,
mas propinas. Negócio vantajoso também para os demais partidos que participavam
diretamente da base aliada, tais como o PP e o PMDB. Mas é com o descaramento dos
irmãos Wesley e Joesley que o Brasil começa a prestar mais atenção em como o
farto dinheiro do BNDES cujos cofres são abastecidos com dinheiro público – foi
usado de forma espúria tanto dentro quanto fora do país. Internamente, o
governo usou o BNDES para sua política de “campeões nacionais”, entre os quais
estava a JBS, que acabou se tornando o maior grupo frigorífico do comprados
pelo gigante ou obrigados a encerrar suas atividades por não suportar a
concorrência predatória do gigante amigo do PT. Tudo ao contrário das promessas
de “eliminar a exploração, a opressão, a desigualdade” inscritas no estatuto do
partido. As distorções graves e ferozmente anticompetitivas com que o
lulopetismo privilegiou a JBS derrubaram porteiras, invadiram sítios e fazendas
e afetaram também os pecuaristas, grandes e pequenos criadores de gado, vítimas
do que pode ser definido como praticamente um monopólio gerando distorção de
mercado em que só existe um grande comprador, com o poder de definir o preço
que quer pagar. E ao pecuarista não resta alternativa a não ser aceitar. Nada
disso combina com a pregação de “pluralidade, solidariedade, transformações
políticas, sociais, institucionais e econômicas” prometidas no estatuto
petista. A atuação imposta ao BNDES durante o período Lula/Dilma contraria
também os princípios fundadores da instituição um banco que deveria estar
voltado ao desenvolvimento nacional. Pois, no campo externo, o conluio entre
governo e grandes empreiteiras serviu mesmo foi para ajudar regimes
estrangeiros: uns mais, outros menos autoritários, mas todos amigos do petismo.
Enquanto o Brasil empobrecia, a economia se desorganizava e o desemprego
crescia. Venezuela, Angola, Equador, República Dominicana e Cuba são alguns
destes países, coincidentemente, todos eles também às voltas com a corrupção
multinacional que o Brasil exportou. Capitalismo de compadrio dentro do país e
uso ideológico além das fronteiras nacionais é tudo que não cabe a um banco de
fomento, uma verdade evidente que independe das preferências político-partidárias
de cada um. Maria Silvia Bastos Marques começou a devolver o BNDES a seu rumo
certo, e Paulo Rabello de Castro deve continuar o trabalho, para que distorções
graves como as ocorridas sob o lulopetismo não voltem mais a ocorrer. Só não viram
os ministros do TSE, os partidários do corporativismo do governo, que não
agregaram as razões explicitam o fundamento objetivado ao pedido de impugnação
da Chapa Dilma e Temer realizado nas eleições presidenciais de 2014 e por eles
inocentado.
Antônio Scarcela Jorge.
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