sábado, 19 de outubro de 2013

UNIFORMIZAÇÃO DE COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS

 AÉCIO VETA PALANQUES DUPLOS.

Tucano não quer o cruzamento do PSDB com o PSB nos palcos da disputa dos governos estaduais.

O senador tucano e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), vetou governadores e candidatos tucanos de fazerem campanha para o governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, em eventuais palanques duplos nos Estados. A determinação foi dada durante encontro da bancada federal em Brasília.

A definição pode interferir diretamente nas alianças entre PSDB e PSB em vários Estados, em especial Minas Gerais e São Paulo, os dois maiores colégios eleitorais do país, em que os partidos costuravam alianças. Mesmo sabendo do risco, Aécio afirmou durante a conversa com os parlamentares que não quer “confundir a cabeça do eleitor”, colocando em um mesmo palanque dois candidatos à Presidência.

“Na hora do jogo eleitoral, tudo o que você não pode passar ao eleitor é ambiguidade. As alianças regionais podem ser as lógicas locais, mas não podem confundir o quadro nacional”, explica o presidente do PSDB de Minas e deputado federal, Marcus Pestana.

O tucano discutiu com correligionários uma estratégia de discurso que apresente o PSDB como a real alternativa ao PT nas eleições de 2014, tentando neutralizar o espaço ocupado pela aliança entre Eduardo Campos e a ex-ministra Marina Silva nas últimas semanas.

A ideia de Aécio é evitar que tucanos subam no mesmo palanque que Campos. Ou seja, em um Estado em que o candidato ao governo for do PSDB e o vice do PSB. Campos não poderá aparecer ao lado do candidato tucano. Já quando o cabeça de chapa for socialista, Aécio fará agendas em separado do nome do PSB – fato que deverá ocorrer em Pernambuco.

Em Minas, de acordo com lideranças do PSDB no Estado, o veto ao palanque duplo não impede uma aliança com o PSB. “É bem possível convergir para essa aliança, mas como isso vai acontecer, ainda é dúvida”, afirma o deputado federal Paulo Abi-Ackel.

Nos bastidores, os tucanos acreditam que a falta de um nome forte do lado socialista fará com que o PSB aceite apoiar Aécio. Enquanto isso, Campos conduzirá uma campanha no Estado contando apenas com o apoio de seu partido.

Estratégia. Aécio disse que para o PSDB aparecer como alternativa ao PT é preciso apresentar propostas de um novo modelo de política econômica que gere mais crescimento. Além disso, segundo ele, os tucanos teriam de citar mais as suas experiências administrativas.
Segundo relatos dos parlamentares, Aécio observou que o cenário eleitoral caminha para uma disputa em dois turnos.

 (Com agências)
Alternativa

Minas. Caso o PSB apoie a reeleição tucana para o governo de Minas, os socialistas poderiam compor a chapa majoritária, indicando o nome ao Senado, assim Eduardo Campos teria um apoio.

Sem consenso

“Tudo o que você não pode passar ao eleitor é ambiguidade. As alianças regionais não podem confundir o quadro nacional.”
Marcus Pestana
Presidente do PSDB-MG

“(Em Minas) é bem possível convergir para essa aliança (com o PSB), mas como isso vai acontecer, ainda é dúvida.”
Paulo Abi-Ackel
Dep. federal (PSDB-MG)

“O candidato não quer que o seu partido tenha palanque duplo. Mas é inevitável que nas alianças estaduais haja cruzamento.”

Fonte: Agência Brasil.




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