terça-feira, 8 de outubro de 2013

OPINIÃO/IDEIAS/DN

IDEIAS
Estado ausente

O Estado, instituição política, deriva do consenso dos cidadãos para lhes garantir três atribuições essenciais a uma vida digna: segurança, educação e saúde. Pela doutrina, os indivíduos abdicaram de parte de sua liberdade e delegaram ao Estado a função de fazer e distribuir justiça, dentre as já nomeadas. Todos esses bens e valores sociais e morais constituem a razão de ser do Estado. O Estado brasileiro não consegue cumprir as suas funções primordiais, pois aqui a segurança é precária, a saúde está doente e a educação é paga, a justiça não exerce na plenitude a sua competência, tolhida pela torrente de recursos e pela sempre citada e jamais resolvida questão da falta de meios materiais e de pessoal. É uma justiça de mãos amarradas. Os impostos pagos pelos contribuintes são empregados em programas de eficácia duvidosa e com fins politiqueiros.

Outro tanto do produto arrecadado é direcionado para a manutenção da caríssima máquina estatal, burocratizada e burocratizante, ineficiente pela própria (des) organização. Vagarosa no agir em prol do cidadão, mas rápida no gatilho das concessões e das distribuições de prebendas, principalmente aos amigos do rei. Auxílio- alimentação para pessoas superalimentadas, auxílio-moradia para quem mora muito bem, obrigado, auxílio para correspondência e outros do gênero fazem a alegria dos sócios do poder e a crônica política e, às vezes, policial, do noticiário da imprensa.

Assim caminha o Estado brasileiro, agora tangido pelos gritos e apupos da manifesta insatisfação popular. É hora de olhar para a Constituição, agora completando 25 anos.

Eduardo Fontes.
Jornalista e administrador.


Fonte: Coluna – Opinião – DN.


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