terça-feira, 31 de maio de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

A RAZÃO DO MINISTÉRIO DA CULTURA.

Nobres:
Quando diagnosticamos falta de cultura, dizemos que é uma questão de educação. Quando clamamos por educação, o problema é a cultura dos professores e do povo. Sem dúvida, as duas coisas interligam-se e retroalimentam-se. Antes de serem chamados de direitistas pela anarquia corrupta do lulismo, graças a Deus, decadente, e prestes a prestar contas com a justiça. Tivemos, porém, nas últimas décadas, com seus governos democráticos, um pior esvaziamento da educação. Forças políticas insistem que a cultura deve ser imediata e popular. O presidente Lula se orgulhava da mãe, que não faz o “O” com copo. Foram-se dos currículos a geometria, a análise sintática, tudo o que requeresse pensamento. Porque nem o povo deve pensar, nem os professores estão estimulados e remunerados para pensar. São condenadas a gramática, as letras clássicas, a história da Europa e as artes que não sejam de subúrbio. Estamos mais refratários à “elite branca” do que comprometidos com o futuro da nação? Conseguimos balançar a hidra do PT. Seus vários pescoços, todavia, ressurgem furiosos porque Michel Temer não tem popularidade legítima (algum vice teve?) e porque nem o País quebrado anula a santidade de Dilma. Ou porque existem poucas mulheres nos novos gabinetes, outros “classificativos sem nenhum conceito. Eis aí a alienação cultural deste País fútil. Não importam os icebergs, os rombos, as iniqüidades, os números estratosféricos da ignomínia, nem a possível salvação da nação náufraga, mas, sim, o desenho dos gabinetes. Antes tivéssemos um “MEC” lúcido, integrando e fazendo as duas coisas. Estamos a testemunhar ministérios separados, provavelmente, não por causa de sua eficiência técnica, mas por eventual distribuição e malversação de verbas. Está isto em nossa cultura? A tese dos intelectuais lulistas é apressar em prol do roubo, se ainda existe.

Antônio Scarcela Jorge.

"SUPER MINISTÉRIO" DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

 TEMER TRANSFERE INCRA E SECRETARIAS DA REFORMA AGRÁRIA PARA A CASA CIVIL.

Políticas de reforma agrária ficarão subordinadas ao ministro Eliseu Padilha.
Decreto foi publicado na edição desta segunda do 'Diário Oficial da União'.


O presidente em exercício Michel Temer transferiu, por meio de um decreto, a administração das cinco pastas responsáveis pelas políticas de reforma agrária do governo federal, entre as quais a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, para a Casa Civil, comandada pelo ministro Eliseu Padilha.

O decreto publicado na edição desta segunda-feira (30) do "Diário Oficial da União" também determina que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) passará a ser subordinado à Casa Civil.

Até o momento, todas as secretarias ligadas à reforma agrária estavam vinculadas ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, comandado pelo ministro Osmar Terra (PMDB).

Na semana passada, o chefe da Casa Civil já havia adiantado que Temer pretendia transferir para dentro do Palácio do Planalto a administração da reforma agrária. Segundo Padilha, o presidente em exercício encomendou um estudo para ver de que forma a Secretaria de Desenvolvimento Agrário poderia ser deslocada para a Casa Civil.

Além de deslocar as secretarias para dentro do Palácio do Planalto, Michel Temer também determinou, no mesmo decreto, que as políticas de reforma agrária, promoção do desenvolvimento sustentável da agricultura familiar e delimitação das terras dos remanescentes das comunidades dos quilombos sejam administradas pela Casa Civil.

Veja a lista de secretarias ligadas à reforma agrária transferidas para a Casa Civil:

- Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário

- Secretaria de Reordenamento Agrário

- Secretaria da Agricultura Família

- Secretaria de Desenvolvimento Territorial

- Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária na Amazônia Legal
Fonte: G1 – DF.

MÉRITO A PARTE - "PARAÍSO DA ROUBALHEIRA" - BRASIL CORRUPTO - DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO, DELATOR SAIRÁ DA PRISÃO ANTES DA "CONDENAÇÃO"


YOUSSEF DEIXARÁ A PRISÃO EM NOVEMBRO, 4 MESES ANTES DO PREVISTO.


Delator número dois da Lava Jato e um dos principais informantes do escândalo de corrupção da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef conseguiu fazer um aditamento em sua colaboração com a operação e sairá antes da prisão.


Youssef deixará o cárcere em novembro deste ano e não mais em março de 2017, como previsto inicialmente. Ele antecipou, assim, em pouco mais de quatro meses a ida para casa devido a boa colaboração dele à operação. "Foi melhor delação para a Lava Jato. Sem ela, a operação não existiria", disse Antonio Figueiredo Basto, advogado de Youssef.

O doleiro foi preso em 2014, quando operava um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina em contratos superfaturados da Petrobras. Depois, descobriu-se que esses contratos também alimentavam partidos políticos, como PP, PMDB e PT.
Fonte: G1 – DF.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - 30 DE MAIO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

GOVERNO DE TRANSIÇÃO:

O BRASIL DA CULTURA “DA ANARQUIA POPULISTA, PARA ORDEM, PROGRESSO, NO ENTANTO, PARA ESTA GENTE TORNA-SE IMPOPULAR.”

Nobres:
No instante que o nosso Brasil que hoje experimenta uma geração que é partidária da liberdade, excessivos direitos, libertinagem e outras aberrações que infelizmente vivencia os nossos dias. O caso maior se envereda na política onde é crescente a astúcia de que as democracias, em geral, podem ser divididas em democracias saudáveis e aquelas desprovidas de vitalidade, ou enfermas. Em uma análise simples, pode-se trazer esse tema para contextos mais rotineiros, como o da educação familiar, sim, essa responsável por formar cidadãos que, uma vez adultos, irão trabalhar, votar, governar e formatar a sociedade. Numa analogia política, pode-se imaginar o impacto progressivo do comportamento daqueles que assim foram educados e hoje vivem numa democracia em que a melhor proposta ganha a eleição. Demonstraremos aqui como a melhor proposta aquela que agrada à maioria dos eleitores, sobretudo os mais pobres. Isso, aliás, seria muito saudável se praticado numa democracia de um país desenvolvido e sólido. Hoje, infelizmente, vivemos num País esfacelado economicamente, numa democracia enferma, muito embora as instituições funcionem normalmente. A enfermidade democrática vem do fato de que, numa situação de emergência estrutural econômica, não mais podemos despender gastos: o que resulta, em grande parte, cortar gastos sociais. É nesse momento que a prole brasileira terá de ser advertida, convencida e reeducada para compreender que muitas das ações do governo, no caso o provisório de Michel Temer, não serão populares. Elas significam impor limites dentro da democracia e da economia, exatamente para mantê-las saudáveis. Integram o pacote restringir fortemente gastos públicos e sociais. Em tais condições, é certo o descontentamento de muitos filhos da pátria, em especial daqueles “educados” e agraciados pelo PT, este assumiu muito bem o papel de “pai bacana”, que concede tudo para agradar a seus filhos, permitindo-se esbanjar dinheiro público oriundo até de corrupção. Brasileiros terão de entender que, acima da popularidade, estará o sacrifício de “consertar o Brasil”. Não foi à toa que o presidente provisório Michel Temer deixou claro que o importante no seu governo não é a popularidade, mesmo porque, segundo ele, não pretende, por ora, candidatar-se a nada. Segundo suas declarações, Temer pretende pôr em prática medidas austeras, nada populistas, com o intuito de salvar este País. Para finalizar, portanto, muitas crianças do modo petistas, para qualquer acontecimento é meio de desviarem irão se espernear. Na ordem natural e com o colimado aspecto que as fatos andam, ainda tem por salvar a democracia, a ordem e a economia do Brasil. Com o decisivo apoio da sociedade, o governo deve colocar a casa em ordem para que os filhos na nossa pátria não sofram com demandas piores, com castigos piores: o desemprego, a angústia e a desesperança, que ainda persiste o imperativo da anarquia e a irresponsabilidade dos adeptos do lulismo.
Antônio Scarcela Jorge.
  

IMPÉRIO DO NEGATIVISMO - "O CEARÁ TEM DISSO SIM"

 PRESÍDIO NO CEARÁ TEM FUGA APÓS REFORÇO DA FORÇA NACIONAL.

Força Nacional foi enviada ao Ceará após rebeliões e mortes em presídios.
Presos cavaram buraco durante a madrugada e pelo menos 10 fugiram.


<GOVERNADOR CAMILO INCOMPETÊNCIA A TODA PROVA.


Mesmo com a presença da Força Nacional reforçando a segurança nos presídios do Ceará, presidiários do Centro de Triagem de Caucaia, na Grande Fortaleza, realizaram uma fuga na madrugada deste domingo (29). Segundo agentes penitenciários, pelo menos 10 presos fugiram do local.

A unidade, conhecida como Carrapicho, recebeu reforço da Força Nacional de Segurança neste sábado (28), após uma série de rebeliões nos presídios do Ceará que resultaram na morte de pelo menos 18 pessoas.

Durante a fuga nesta madrugada, policiais militares presentes em guaritas do Centro de Triagem chegaram a disparar tiros de alerta, mas não impediram a ação dos presidiários. Ainda de acordo com agentes penitenciários, os presos cavaram um buraco nos fundos do presídio e fugiram por um matagal.

A Polícia Militar afirma que faz buscas pelos foragidos com apoio de um helicóptero. Até a manhã deste domingo, ninguém havia sido recapturado.

Esta foi a terceira fuga neste fim de semana de presídios, delegacias e centros socioedutativos da Grande Fortaleza. Na madrugada de sábado (28), 64 adolescentes fugiram do Centro Socioedutativo Passaré, em Fortaleza; cinco deles foram recapturados.

Em Maracanaú, na Grande Fortaleza, 11 presos fugiram do 20º Distrito Policial. Segundo a polícia civil, os presos quebraram os cadeados das celas e fugiram por um muro que fica na parte de trás da delegacia. Na ocasião, apenas um inspetor fazia a segurança do lugar.
Fonte: G1 – DF e CE.

NÃO É NOVIDADE HÁ MUITOS ANOS E A OPERAÇÃO LAVA JATO TAMBÉM CHEGOU


ANÁLISE IRREAL. ESCÂNDALO NO BNB, MP CONTESTA CRÉDITOS.



Em documentos obtidos com exclusividade pelo o Jornal O Povo.
O MP-CE aponta 'provas irrefutáveis' de manipulações que garantiam crédito para empresas em estágio.

Investigação do Ministério Público do Ceará (MP-CE) em curso aponta suposto esquema de fraudes de até R$ 683,4 milhões em empréstimos e financiamentos do Banco do Nordeste (BNB), gigante estatal com sede em Fortaleza. Segundo a ação, repasses irregulares teriam beneficiado até empresa citada na Operação Lava Jato e com ligação ao doleiro Alberto Youssef.

Em documentos obtidos com exclusividade pelo O POVO, o MP-CE aponta “provas irrefutáveis” de esquema que garantia empréstimos “astronômicos para empresas falidas”. Conforme a ação, recurso era autorizado após “análise irreal” de risco de diretorias do órgão, que omitiria dados e atestava como confiáveis empresas quebradas ou em estágio pré-falimentar.

< BNB - sede nacional em Fortaleza - CE.

De acordo com o promotor de Justiça Ricardo Rocha, que assina a denúncia, irregularidades ocorreram principalmente durante gestão de Fernando Passos e Luiz Henrique Mascarenhas Corrêa em diretorias do banco, entre os anos de 2008 e 2011. A denúncia inicial, apresentada em 2014, ainda aguarda julgamento.

As irregularidades denunciadas foram inclusive alvo de tomada de contas do Tribunal de Contas da União (TCU), que calculou prejuízo de até R$ 683,4 milhões. Relatório mostra ainda “mudança de normativos internos para facilitar a aprovação de operações duvidosas; emissão de pareceres técnicos com intuito de burlar normativos; e colocação de pessoas em gerências estratégicas para auxiliar na fraude”, entre outras.

Lava Jato

A denúncia atesta que foram aprovados créditos para váriass empresas com alto grau de endividamento, entre elas a Rede Energia S/A. Parte da sociedade anônima Energius Nordeste Energias Renováveis, a companhia tem relação com a CRA, “empresa registrada em nome de Carlos Alberto Pereira da Costa, laranja de Alberto Youssef no escândalo da Petrobras” e preso pela Polícia Federal no escândalo.

Na Lava Jato, a CRA foi acusada de transferir R$ 540 mil para outra empresa que, por sua vez, depositou R$ 400 mil na conta da esposa de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT preso na operação. O dinheiro foi usado para comprar a casa da família, em São Paulo.
Vaccari nega irregularidades, afirmando que o dinheiro foi um empréstimo de um “amigo pessoal”.

O primeiro contato do BNB com a Rede Energia foi em 2008, quando Fernando Passos aprovou, ainda segundo o MP-CE, empréstimo de R$ 87 milhões, “mesmo sem qualquer experiência creditícia anterior com o BNB e com expressivo endividamento”. Cinco meses depois, o limite foi reajustado para até R$ 420 milhões. Em seguida, a empresa ajuizou pedido de recuperação judicial (falência), o que permitiu a renegociação do prazo de quitação do débito.

“As condições de aprovação do crédito foram diferenciadas e em desacordo com os normativos interno, pois os encargos eram pós-fixados e a garantia foi a fiança da empresa controladora”, diz a ação. Outra empresa, a Vale Grande, teve proposta de concessão de limite risco cliente (LCR) de R$ 28 milhões aprovada em dezembro de 2008. Poucos meses depois, ela registrava patrimônio líquido negativo de R$ 45,3 milhões e prejuízo de R$ 98,4 milhões.

Os muitos questionamentos do caso.

1- Lava Jato Denúncia do promotor do MP-CE aponta relação entre a Rede Energia S/A e as investigações da Operação Lava Jato. A ação é baseada em denúncia anônima de um servidor do Banco do Nordeste.

2- MPF As supostas irregularidades também são alvo de questionamentos do Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE), através de representação do procurador da República Oscar Costa Filho.

3- TCU Manifestação da diretoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União também comprovaria irregularidades nos financiamentos, com prejuízos para o banco.
Fonte: Portal O POVO.

domingo, 29 de maio de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 29 DE MAIO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

IDEOLOGIA DISTORCIDA.

Nobres:
Ainda buscamos entender em sua maioria, desde os notórios políticos sempre comprometidos com a corrupção e até prefeitos do interior participaram e deliciaram das benesses da Petrobras, em atos públicos e com cartazes em que o povo visualizou. Fato concreto que a “turma, contrafaz, ser seguras”. Em entrevistas, mesmo que, nem sendo perguntado, dizem unanimemente ser defensores do golpe criado pela mentira em que Dilma tanto apregoa, torna-se mais uma contradição, se ela mesma afastada, “adora” as regalias que está experimentando em quase tudo e, para ser coerente, além das mentiras deveria se impuser na ética. Mais a infame ideologia tem como regra, tentar enganar o povo, que na verdade, não é bobo. Outra questão quem no está ao lado dela, por resguardar interesses e ainda de benefício da corrupção e da roubalheira desenfreia que imperou no país do reinado lulista, seria uma das razões em querer ludibriar o povo, embutindo nos programas sociais cujos investimentos caberia em boa parte para os banqueiros, empreiteiros, partidos políticos aliados, onerando o erário que desencadeou várias crises sem precedente no país. Entre as suas objeções,   Lula jura que acabou com a pobreza. Dilma jura que erradicou a miséria. E os devotos da seita repetem que, nos últimos 13 anos, 45 milhões de excluídos foram incluídos na classe média. Faltou combinar com os responsáveis pelo Cadastro Único para Programas Sociais, à disposição dos interessados no site oficial do Ministério de Desenvolvimento Social (e Agrário depois da recomposição do primeiro escalão do governo Michel Temer). A vigarice inventada pelo padrinho e expandida pela afilhada é implodida pelo cadastro que “reúne informações socioeconômicas das famílias brasileiras de baixa renda aquelas com renda mensal de até meio salário mínimo”. “famílias de baixa renda é um piedoso eufemismo para pobres ou, até, para miseráveis, conforme se pode ver quando se separam os cadastrados por faixa de rendimento”. Atualizados em janeiro de 2015, os números confirmam aos berros que Lula e Dilma mentem mais do que piscam. São quase 39 milhões os que ganham de R$0 até R$77. Estão perto de 15 milhões os que juntam mensalmente entre R$77,01 e R$154. Passam de 19,5 milhões os situados na faixa que vai de R$154,01 até meio salário mínimo. Tudo somado, os pobres e miseráveis oficialmente desaparecidos eram, há pouco mais de um ano, exatamente 73.371.179. A imensidão de excluídos que sumiu do Brasil Maravilha ficou maior no Brasil real. Os números do próprio governo provam que a dupla de mágicos malandros apenas escondeu o que nunca deixou de existir. Haja cinismo, farsa e até credibilidade pelos segmentos dos mais valiosos e os insensatos. É uma pena vê a cultura deste povo em proteger corruptos.
Antônio Scarcela Jorge.

PRESERVAR A ESSÊNCIA DEMOCRÁTICA


APÓS DIVULGAÇÃO DE GRAVAÇÕES, ALIADOS E ATÉ ADVERSÁRIOS DEFENDEM RENAN.


Manutenção de estabilidade política é argumento para mantê-lo no cargo.


O senador Humberto Costa (PT-PE) fala em estabilidade política como justificativa para que a Casa não pressione pela queda do peemedebista, num momento em que Executivo e Câmara já estão com seus presidentes afastados, Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, e o país funciona com certa precariedade institucional.

Segundo ele, não há, nas gravações divulgadas até o momento, nada que possa ser considerada obstrução da Justiça.

São opiniões políticas que estão colocadas e que poderiam gerar insatisfação em a ou b. Renan tem um papel importante, é um fator de estabilização neste momento em que tem a Comissão do Impeachment funcionando, avaliou o senador.

Outro opositor, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), considerou que as conversas mantidas entre Renan e Machado podem não ser éticas, nem adequadas. Para ele não existe, no entanto, um motivo concreto que o inviabilize no comando do Senado.

Ainda não há elementos para situação dele seja de ter que sair da presidência da Casa. Não vejo nas gravações qualquer menção de que agiu claramente para obstruir a Justiça, diferentemente dos casos do senador Romero Jucá e do ex-presidente José Sarney.

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), aliado e amigo de Renan, diz que além de não existirem motivos concretos para o afastamento, o peemedebista defende nas conversas com Machado dois pontos que pregou publicamente: 

- Renan era contra a recondução do Janot, fez campanha contra ele e contra a indicação de Edson Fachin para ministro do Supremo. Quando Fachin me procurou para pedir voto, perguntou se a posição do Renan o catapultava para fora da vaga, lembrou Eunício.

O senador lembrou ainda que Renan defenda há tempos regulamentação da delação premiada, de forma que o delator não seja dono de uma verdade absoluta.

Nessa posição Renan não está sozinho. Muitos como eu defendem um debate sobre a validade de delações, porque delatores podem criar uma fantasia e ninguém pode contraditá-los. Vira uma verdade.

Para Eunício, o presidente do Senado focará na pauta de votações do governo Michel Temer com sua habitual tranqüilidade.

O senador José Agripino Maia (DEM-RN), citado em uma parte da conversa entre Machado e Renan, disse não ter entendido até agora o motivo.

São menções por encomenda, para colocar a oposição dentro e temperar as conversas. Falaram em me colocar numa roda. Que roda? Que marcariam uma reunião. Que reunião? — questionou Agripino.

Sobre a permanência de Renan no comando do Senado, o democrata disse que “por enquanto” não há elementos contundentes para que isso ocorra.
Fonte: Agência O Globo.

CONTRADIÇÕES, ARREPENDIMENTO NO NINHO DA CORRUPÇÃO


SARNEY RELATA EM GRAVAÇÃO QUE LULA SE ARREPENDEU DA ELEIÇÃO DE DILMA.


'Ele me disse que o único arrependimento que ele tem', afirmou Sarney.


O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) afirma em uma conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  se arrependeu da escolha da presidente afastada Dilma Rousseff para sucedê-lo.

A conversa foi gravada por Machado na casa do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). O ex-presidente da Transpetro, que gravou várias conversas com políticos do PMDB, teve acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No diálogo com Sarney, inédito, Machado e o ex-presidente falavam sobre a Dilma Rousseff e sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O nome de Lula não é citado diretamente, mas, para os investigadores, fica claro que a conversa é sobre ele.

< SÉRGIO MACHADO - Agora, tudo por omissão da dona Dilma.
  
JOSÉ SARNEY - Ele chorando. O que eu ia contar era isso. Ele me disse que o único arrependimento que ele tem é ter eleito a Dilma. Único erro que ele cometeu. Foi o mais grave de todos.

Em gravação citada pelo jornal "Folha de S.Paulo" entre Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) o assunto também é Lula. Mas a conversa é sobre o suposto envolvimento do ex-presidente no esquema do mensalão do PT.

Segundo o jornal, Renan Calheiros afirma que Lula havia saído, ou seja, não processado no mensalão porque os pagamentos ao marqueteiro Duda Mendonça no exterior não foram investigados a fundo quando vieram a público.

< RENAN CALHEIROS - Por que que o Lula saiu não foi acusado no processo do mensalão? Porque o Duda Mendonça, marqueteiro fez a delação na época nem tinha a lei. O Duda fez a delação e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo.

Duda Mendonça foi o marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2002. Ele acabou absolvido no julgamento do mensalão.

Neste trecho, também publicado pela "Folha", Renan e Machado se referem ao triplex e ao sítio que os investigadores afirmam que são de propriedade do ex-presidente. Lula nega ser o dono.

Os dois  citam uma quantia em dinheiro que Lula teria, sem mencionar a origem. Reportagem da revista "Veja" mostrou que a empresa de palestras de Lula teria faturamento semelhante à quantia citada por Machado.

MACHADO - botou na real. Aí [inaudível] umas besteiras, como a Marisa diz, besteira. Ele tem 30 milhões em caixa. Como é que não comprou um apartamento, uma p*** [inaudível]. P***, umas m***, um sítio m***, um apartamento m***.

Além de fazer as gravações, Sérgio Machado já deu vários depoimentos aos investigadores da Operação Lava Jato, que estão agora analisando todas essas informações trazidas pelo ex-presidente da Transpetro.

A delação premiada dele foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, a partir de agora, começa uma nova etapa da apuração. O ex-presidente José sarney e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá podem ser chamados a dar explicações.

Versões dos citados.

A assessoria de imprensa do Instituto Lula enviou nota na tarde deste sábado (28) na qual classifica como "nojenta" a divulgação das conversas gravadas e diz que não há provas que comprometam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"É simplesmente nojenta a divulgação de conversas armadas com a clara intenção de comprometer o ex-presidente Lula em ilícitos dos quais ele não participou. O vazamento ilegal dessas gravações é mais uma evidência de que, depois de investigar por mais de 2 anos, o Ministério Público Federal não encontrou sequer um fiapo de prova contra Lula. Porque Lula sempre agiu dentro da lei", diz o texto da nota.

A presidente afastada Dilma Rousseff disse que que não vai comentar as declarações de José Sarney e de Sérgio Machado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, também não vai comentar.

O advogado de José Sarney, Antônio Carlos de Almeida Castro, disse que o ex-presidente não vai responder sobre fragmentos do que está sendo vazado. E que pediu cópia da delação de Sérgio Machado ao STF para poder responder de forma contextualizada.

Antonio Carlos de Almeida Castro também é advogado de Duda Mendonça. Sobre o cliente, disse que a afirmação de que Lula não foi processado no mensalão por causa da delação do publicitário não tem sentido. Almeida Castro disse que duda não protegeu ninguém, foi processado criminalmente no mensalão e absolvido pelo plenário do Supremo.

A defesa do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado disse que ele não pode se manifestar porque a delação ainda está sob sigilo.
Fonte: Agência O Globo.

sábado, 28 de maio de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SÁBADO, 28 DE MAIO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

O PAÍS DO ENIGMA.


Nobres:

Diante da enorme crise despudorada em que vive generadamente a classe infecta de políticos cuja notoriedade se fez padrão, deposita junto aos nossos diletos leitores uma forma de indagar e ao mesmo tempo apresentando os fatos que objetivam este comentário. De princípio nos faço esquadrinhar: - A partir de 2013, milhões de brasileiros pediram nas ruas uma política mais limpa. Sem réus da Lava-Jato agindo livremente no governo. Muitos com Lula. Hoje presos. Ou sendo processados. Outros muitos com Dilma, no caminho da prisão. PERGUNTA. “E como é que o governo Temer, sabendo desse anseio público por limpeza, teve a coragem (ou a insensatez) de nomear tantos investigados (7, em 23) para seu ministério?” - FATO. O cineasta Kleber Mendonça Filho exerce função de confiança (sem concurso público) na Fundação Joaquim Nabuco. Bem remunerada. Em Cannes, se sentiu à vontade para atender pedido de alguns membros do governo Dilma (que o contratou). E fez um estrondoso protesto com o “golpe”. PERGUNTA. “O cineasta, que não renunciou a seu emprego, se sente à vontade para exercer um cargo de confiança no governo Temer?” FATO. O diretor de teatro Aderbal Freire Jr., casado com Marieta Severo, segundo a Folha de São Paulo ganha por mês 91 mil reais na TV Brasil. Vai perder a boquinha, com certeza. E escreveu, na mesma Folha, violentíssimo artigo contra o “golpe”. PERGUNTA. “O bom jornalismo não exigiria do diretor, nesse artigo, informar ao leitor (não fez isso) que tinha contrato com o governo Dilma em tão alto montante?” - FATO. O ministro Romero Jucá já saiu. Nada contra. PERGUNTA. “Pensando bem, deveria ter sido nomeado para o cargo?”. - FATO. Com exceção da França, nenhum país importante do mundo tem um ministério só para cuidar da Cultura. PERGUNTA. “Não ter um ministério específico para a Cultura seria prova de que o governo, qualquer governo, não quer prestigiar a Cultura?”- FATO. A Petrobras foi destroçada por decisões gerenciais lamentáveis e uma corrupção mastodôntica. Agora, vai ser presidida por um técnico reconhecidamente competente e correto. Pedro Parente. E os sindicatos petroleiros, que antes mantinham um silêncio cúmplice com tantos desmandos, são contra. PERGUNTA. “Onde estavam os sindicatos no tempo em que a Petrobras foi assaltada? Só agora decidem protestar? E logo contra um homem de bem?” - FATO. Maradona publica foto junto à camisa da Seleção Brasileira com o número 18 nas costas. 2018 imaginam-se. Apoiando Lula e Dilma. PERGUNTA. “Depois disso, Lula e Dilma têm salvação?” E vamos parar por aqui. “É hora de partir, oh abandonado”. O vaticínio já valeu para Dilma, claro. Problema para o novo governo é que, se nada começar a melhorar, pode mais tarde valer também para Temer. Poderá ser mais um acontecimento.
Antônio Scarcela Jorge.

POSSÍVEL MUDANÇA NAS ESTATAIS


GOVERNO TEMER QUER MUDAR CONSELHOS DAS ESTATAIS.


Os conselhos têm em sua composição muitos representantes do governo Dilma Rousseff.

O governo do presidente em exercício Michel Temer prepara uma grande reformulação nos conselhos de administração dos bancos públicos e das empresas estatais. Os conselhos - instâncias em que são tomadas as decisões estratégicas das empresas - têm em sua composição muitos representantes do governo da presidente afastada Dilma Rousseff. Em entrevista ao ‘Estado’, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, revelou que o objetivo é evitar “o conflito de interesses”.

Na visão do ministro, as pessoas que ocupam esses postos, indicadas pelo governo anterior, certamente contestarão as novas propostas administrativas, da mesma forma como fizeram durante a votação da revisão da meta fiscal, no Congresso, na madrugada de quarta-feira, quando ficou claro o clima de confronto e enfrentamento em relação às posições defendidas por Temer.

Padilha evitou usar o termo “devasso” para classificar a atuação do novo governo nas empresas estatais, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e em outros bancos públicos. “Essa palavra soa mal. Penso que tem de se fazer uma análise, uma auditoria”, disse, acrescentando que “a orientação do presidente Michel é que não haja caça às bruxas”. E emendou: “Nós não estamos procurando pessoas; estamos procurando solução do ponto de vista da gestão”.

Padilha não citou casos específicos nem nomes de conselheiros. Mas, uma busca em dados de empresas controladas pelo governo mostra ao menos sete integrantes do primeiro escalão da gestão Dilma: o ex-ministro Jaques Wagner (Casa Civil) e o assessor especial da Presidência Giles Azevedo, no conselho da hidrelétrica de Itaipu; os ex-ministros Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União) e Waldir Simão (Planejamento), ambos nos conselhos da Brasilprev e da Brasilcap, duas coligadas do Banco do Brasil; os ex-ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Edinho Silva, na BB Mafre, empresa de seguros do BB, e Miguel Rossetto (Trabalho), no BNDES. O ex-governador do Rio Grande do Sul Alceu Collares, Maurício Requião, filho do ex-governador do Paraná Roberto Requião, e Roberto Amaral, que ocupou o ministério de Ciência e Tecnologia no governo Lula, também integram o conselho de Itaipu.

Pela Lei das Sociedades Anônimas (S/A), há três formas de retirar conselheiros de administração em empresas de capital aberto: fim do mandato (usualmente de dois anos, com possibilidade de prorrogação), renúncia ou destituição em assembleia geral de acionistas.

Ao defender as mudanças nos Conselhos para se adequarem às novas orientações, o ministro Padilha explicou que irá buscar um alinhamento dos conselheiros. Para ele, a gestão do governo deve ser feita “com pessoas que queiram que a proposta seja adotada e não com quem a conteste diametralmente”. Em seguida, defende rapidez nessas mudanças.

“Em tendo havido uma mudança no governo e uma mudança de orientação do governo, é obvio que estas substituições deveriam ter acontecido ontem”, afirmou. “Como não deu para acontecer ontem, de hoje em diante é obvio que têm de acontecer, porque senão teremos um conflito de interesses dentro do órgão, o que é inadmissível”.

Ao ressaltar a necessidade de substituição dos conselheiros, Eliseu Padilha lembrou o enfrentamento que ficou claro entre o governo anterior e o novo, em todas as esferas. “Haja vista o debate que se estabeleceu ontem na Câmara dos Deputados. Se as pessoas que hoje estão nestes conselhos representam aquela posição que foi expressa no debate de ontem, dentro do Parlamento, é obvio que essas substituições já deveriam até ter sido feitas”, observou o ministro.

Questionado sobre o risco de Judicialização, já que a função de conselheiro tem mandato definido, Eliseu Padilha respondeu: “Não vou discutir direito adquirido de ninguém. Vou tomar as providências que entendo defender os interesses do Estado brasileiro. Se isso derivar em alguma demanda judicial, estamos preparados para enfrentá-la.”

Recentemente foi aberto um questionamento jurídico em mudanças determinadas pelo governo na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Em meio a uma intervenção do Planalto, o presidente Ricardo Melo, eleito para o período de quatro anos pelo conselho da empresa, foi demitido. Melo, que havia sido empossado dois dias antes da saída de Dilma, está recorrendo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro disse que não está definido ainda por qual conselho devem ser iniciadas as mudanças. Disse apenas que algumas já foram feitas e que outras virão. Procurada, a assessoria da presidente afastada Dilma Rousseff não comentou as declarações de Padilha.
Fonte: Agência Brasil.

NAS ACUSAÇÕES LULA ERA QUEM INDICAVA E MANDAVA NOS DIRETORES, ENTRETANTO É CONSIDERADO O SANTO LADRÃO DO BRASIL

 LULA INTERFERIU NA INDICAÇÃO DE COSTA PARA DIRETORIA DA PETROBRAS, DIZ CORRÊA.


Afirmação faz parte de anexos da pré-delação do ex-deputado com o MPF.
Costa teria sido nomeado por indicação do PP, segundo Pedro Corrêa.


Anexos da pré-delação do ex-deputado e ex-presidente do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa, firmada com o Ministério Público Federal (MPF), indicam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha conhecimento sobre o esquema de corrupção desvendado na Petrobras e que interferiu diretamente na nomeação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento por indicação do PP.

A delação de Pedro Corrêa ainda não foi homologada pela Justiça.

Em um dos anexos, o ex-deputado relata uma reunião entre Lula e o ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra para tratar da nomeação de Costa no setor.

Paulo Roberto Costa é considerado pela força-tarefa da Lava Jato como peça-chave para as investigações. O esquema de corrupção na Petrobras envolveu contratos que somam R$ 89 bilhões. Costa foi um dos primeiros a fechar o acordo de delação premiada.

O trecho começa com Lula cobrando Dutra sobre a demora para a nomeação de Costa para assumir o setor. "Oh, Dutra, nós não nos comprometemos com o PP, que indicou o Dr. Paulo Roberto, já há algum tempo, para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Porque até agora ele não foi nomeado?".

Dutra, segundo Corrêa, respondeu que a mudança era um assunto complicado dentro da estatal. "Porque esta mudança de diretor é um assunto complicado dentro da Petrobras. Estão havendo resistências além de a competência não ser só minha para nomeá-lo".

< "São Lula" o mártir ao contrário, isto sim, martirizou o povo honesto e ético  - considerado um santo por muitos brasileiros, que adoram o roubo, a mentira e a corrupção ! seria o primeiro santo vivo na história mundial - vixe !!!

Em nota, o Instituto Lula afirmou que "há mais de dois anos o ex-presidente Lula tem suas contas, impostos, viagens e conversas devassadas e não se encontrou nenhum fato que o associe aos desvios da Petrobras, porque Lula sempre agiu dentro da lei".


"O ex-presidente não participou, não foi conivente e muito menos organizou qualquer tipo de ação ilegal, e a os investigadores da Lava Jato sabem disso. Não se pode tomar como verdade a palavra de réus confessos, que negociam acusações sem provas em troca de sair da cadeia", diz a nota. O Instituto Lula ainda afirmou que "os advogados do ex-presidente Lula vão requerer acesso ao suposto depoimento do réu Pedro Correia, para tomar as medidas cabíveis".

Confira o trecho completo da conversa citada pelo ex-deputado.
Segundo reportagem da revista "Veja", publicada nesta sexta-feira (27), nesta pré-delação, o ex-deputado Pedro Corrêa contou que, em determinado momento, parlamentares do PP se rebelaram contra o crescimento da participação do PMDB nos contratos firmados na Diretoria de Abastecimento da Petrobras e procuraram o ex-presidente Lula.

Aos procuradores, os deputados chamaram este crescimento de "invasão". Segundo a "Veja", ainda conforme o relato de Corrêa, Lula teria dito que eles "estavam com as burras cheias de dinheiro" e que a diretoria era "muito grande" e tinha de "atender os outros aliados, pois o orçamento" era "muito grande" e a diretoria era "capaz de atender todo mundo". De acordo com a revista, Corrêa acrescentou aos procuradores que Lula teria garantido que "a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho".

Com a ordem de Lula para que os partidos se entendessem, Corrêa disse ter se reunido com membros do PMDB para tratar da partilha. Um dos primeiros procurados "para buscar o melhor entendimento na arrecadação" teria sido o senador Renan Calheiros, acompanhado do deputado Aníbal Gomes. Ele fez a mesma coisa com o deputado Eduardo Cunha e o senador Romero Jucá - todos do PMDB. De acordo com a revista, acertados os termos com o PMDB, os negócios começaram a fluir a partir de 2006.

A "Veja" afirma que Pedro Corrêa também relatou que o PMDB cobrou para manter o apoio à permanência de Paulo Roberto Costa e de Nestor Cerveró - que na época também era diretor da Petrobras. Foi cobrada uma propina de US$ 18 milhões, que deveria ser paga a tempo de financiar a campanha eleitoral daquele ano - 2006. O partido recebeu US$ 6 milhões.

De acordo com a revista, Corrêa disse que o atual ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, ficava com parte de tudo o que era arrecadado pelo esquema do PMDB. Eduardo Cunha também teria recebido parte dos US$ 6 milhões.

Corrêa ainda afirmou que o ex-ministro e atual senador Edison Lobão tinha participação nos contratos com as grandes empreiteiras. Ainda de acordo com a revista, Corrêa também acrescentou que o Laboratório EMS pagava propina para os ex-ministros José Dirceu e Alexandre Padilha. Além disse, afirmou que vantagens também eram cobradas das empresas que se habilitavam a participar do programa "Minha Casa Minha Vida" e que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria negociado pagamentos para seu partido em uma obra de Furnas.

Dilma Rousseff

Em outro anexo do documento de pré-delação, o ex-deputado cita que a presidente afastada Dilma Rousseff se comprometeu a ajudar na nomeação de Paulo Roberto Costa para o cargo de diretor de Abastecimento da Petrobras.

A promessa teria sido feita em 2003, quando Dilma era ministra de Minas e Energia, em meio a uma reunião na casa de João Claudio Genu marcada para discutir reforma no setor elétrico. Dilma foi à reunião, segundo Pedro Corrêa, para conversar com um grupo de deputados do PP para verificar como o partido teria a indicação da relatoria da reforma.

Conforme o relato de Corrêa, o ex-deputado José Janene, morto em 2010, era presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara e o PP tinha interesse em assumir a relatoria.

"O PP aproveitaria a oportunidade da relatoria para levantar valores de propina em troca de proposições específicas na Reforma para atender aos interesses dos empresários do setor para o pagamento de propina", diz trecho do anexo.

No anexo seguinte, a narrativa do ex-deputado traz fatos de 2010. A presidente afastada estava em uma reunião para prestigiar Paulo Roberto Costa na casa do deputado Pizzolati.

Corrêa afirma que Dilma Rousseff, que à época era candidata à Presidência da República, se comprometeu a manter Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento e a manter o Ministério das Cidades com o PP. Ainda de acordo com o ex-deputado, nesta mesma reunião, Dilma aproveitou para pedir apoio financeiro para a campanha.

Delcídio do Amaral

A indicação de Delcídio do Amaral para a Diretoria de Gás e Energia da Petrobras no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) partiu, de acordo com o ex-deputado Pedro Corrêa, de Geddel Vieira Lima – atual ministro da Secretaria de Governo. Corrêa teria presenciado uma conversa em viva-voz entre Gedel e o ex-presidente FHC.

Trecho da conversa disponível na pré-delação

FHC: GEDDEL, eu preciso de um novo nome, um nome mais técnico para a Diretoria de Gás e Energia.


Geddel: Presidente, o Delcídio foi Diretor da ELETROSUL, da ELETROBRÁS, Secretário Executivo de Minas e Energia e Ministro de Minas e Energia. Ninguém é mais técnico do que o Delcídio para esta função.


FHC: Mas eu gostaria de mais um nome.


Geddel: Então o senhor escolha um REISCHUL (genro de FHC e Presidente da BR Distribuidora) da vida, que nós não temos outro nome. Só temos o de Delcídio.


FHC: (após alguns segundos): Está bem, até logo Gedel.



Corrêa afirmou que após Delcídio assumir o cargo, o ex-deputado José Janene ficou encarregado de receber a parte do PP da propina, que era repassada por deputados que haviam saído do PP e ido para PMDB.

“Delcídio cobrava a propina junto às empresas que tinham negócios na Diretoria, repassava uma parte ao PMDB que, através dos quatro deputados que tinham ido PP para o PMDB, repassava um pedaço menor ao deputado Janene. O valor entrava no caixa dois do PP para pagar as despesas e repassar aos parlamentares”, diz trecho do anexo.

No anexo, o ex-deputado contou que houve resistência em relação ao nome de Delcídio. De acordo com Corrêa, o ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra recebia R$ 1 milhão de propina por mês do ex-diretor Rogério Manso.

Ainda de acordo com Corrêa, Delcídio do Amaral indicou Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobras no primeiro governo Lula. O ex-deputado afirma ainda que houve um entendimento entre o ex-ministro José Dirceu e o PMDB de “que a Diretoria Internacional seria do partido”.


Coube ao deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), segundo Corrêa, as tratativas de negociação da propina junto a Cerveró. Ficou estabelecida, disse Corrêa, propina de U$S 700 mil por mês para o PMDB.

Segundo Corrêa, ele soube destes fatos pelo ex-deputado José Janene. Tudo teria sido confirmado por Paulo Roberto Costa.

O ex-deputado afirma também ter conhecimento de que o esquema de corrupção na Petrobras desde os governos militares. Ele menciona o ex-diretor da estatal Shigeaki Ueki – considerado um dos brasileiros mais ricos do mundo.

Eduardo Cunha.

Corrêa ainda afirmou que, com a saída de Nestor Cerveró do cargo, o nome de Jorge Zelada foi indicado com o aval do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

O ex-deputado afirmou que Nestor Cerveró não estava cumprindo com o pagamento mensal de US$ 700 mil e por isso o PMDB deixou de apoiá-lo. O novo nome indicado pelo partido foi o de João Augusto Henriques, que não pode assumir o cargo em virtude de condenação no Tribunal de Contas da União (TCU).

Pedro Corrêa disse que foi procurado para interferir junto ao TCU para resolver a questão de Henriques, porém, o julgamento já havia ocorrido. Quem assumiu o cargo, então, foi Jorge Zelada, igualmente com a indicação do PMDB.

“Em função deste fato, João Henriques não pode ser nomeado e indicou para o seu lugar a pessoa de Jorge Zellada, com o aval do PMDB e de Eduardo Cunha, que manteve negócios com o PMDB, PT e com o Senador Delcídio Amaral”, diz trecho.

Sem dar maiores detalhes, a "Veja" afirmou que outros políticos também foram citados na delação de Corrêa: o ex-ministro Aldo Rebelo; o ex-ministro Alfredo Nascimento; o ex-ministro Aloizio Mercadante; o ministro do TCU Augusto Nardes; o deputado José Guimarães; o deputado Paulo Maluf; a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney e o senador Valdir Raupp.

Outro lado

Em nota, o Partido Progressista afirmou que não admite a prática de atos ilícitos e reafirma confiar no trabalho da Justiça.

Através de sua assessoria de imprensa, o senador Renan Calheiros afirmou que não se reuniu com Pedro Corrêa e nunca o faria por se tratar de pessoa que  não é de suas relações, nem políticas ou pessoais. O senador afirmou que todas as doações de campanha recebidas foram legais e aprovadas pela Justiça e que ele não foi candidato em 2006. “Chega de delação de bandidos citando relações inexistentes ou fictícias para sair da cadeia e expor terceiros. A delação que não for confirmada deve agravar a pena dos autores e não livrá-los da cadeia”, disse o senador.

Já o advogado de Romero Jucá, Roseana Sarney e Edison Lobão afirma que Pedro Corrêa faz uma "não delação". "Conta uma história de 40 anos, sem fatos e sem datas. Uma irresponsabilidade estas acusações terem qualquer validade. Recria diálogos de 10 anos atrás, inventa. É a desmoralização da delação", disse Antonio Carlos de Almeida Castro.

O ministro Henrique Eduardo Alves classifica a citação como absurda, mentirosa, irresponsável e cretina. Alves afirma que nunca tratou desses assuntos com Corrêa ou com quem quer que seja, em qualquer tempo ou lugar.

Através de sua assessoria, o presidente em exercício do PMDB, Romero Jucá, disse que desconhece qualquer reunião que tenha sido feita para tratar sobre esse assunto. Ele afirma que as doações ao partido sempre foram feitas conforme as leis vigentes.

O PSDB enviou nota em que diz que o partido e seu presidente, Aécio Neves, repudiam veementemente a repetição das mesmas antigas e falsas acusações que vem sendo feitas há anos por seus advsersários políticos sempre na base de ouvir dizer de terceiros. Afirma ainda que o assunto já foi arquivado pela procuradoria-geral da república por inexistência de qualquer prova ou indicio que possa minimamente comprová-lo.

O ministro da secretaria de governo Geddel Vieira Lima negou ter feito a indicação de Delcídio do Amaral para a diretoria da Petrobras.

O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse por nota que é absurda a tentativa de associar seu nome a qualquer irregularidade e ressaltou que o delator Corrêa não apresentou qualquer fato que sustente a suspeita.

O deputado federal Paulo Maluf afirmou que Pedro Corrêa não tem credibilidade nenhuma. “Você precisa de gente com mais credibilidade para dar informação. O Pedro Corrêa seria melhor se fizesse delação sobre o que a filha dele, Aline Corrêa, fez na prefeitura de Americana, Limeira e Campinas, que os três prefeitos foram cassados pela Justiça”, afirmou Maluf por telefone. Sobre a acusação de que em 2004 teria recebido R$ 20 milhões para atrapalhar as eleições para a Prefeitura de São Paulo, afirmou: "Em 2004, eu era candidato a prefeito. Por que que eu iria atrapalhar a eleição de alguém? Eu queria ser eleito eu. Eu não estava no governo, eu era candidato e queria ser eleito".

Já Eduardo Cunha disse que desconhece a delação e que nunca teve qualquer relacionamento com Pedro Corrêa. Ele disse também que não teve relação com a permanência de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró nos cargos da Petrobras.

A defesa de Delcídio do Amaral disse que desconhece o teor da delação de Pedro Corrêa e que não há nenhuma prova de que Delcídio era corrupto. O ex-senador se coloca à disposição para fazer a acareação caso o Ministério Público ache necessário.

O laboratório Pfizer disse que por nota que desconhece o teor das denúncias ou de qualquer envolvimento em atividades ilícitas e que rechaça toda atividade dessa natureza.

A advogada de Nestor Cerveró, Alessi Brandão, disse que as negociações de seu cliente para permanecer na Diretoria Internacional da Petrobras foram relatadas em sua delação premiada, que está sob sigilo. Ela não confirmou nem negou que a reunião de Cerveró com caciques do PMDB em 2006 tenha ocorrido, assim como o pedido de peemedebistas para que ele e Paulo Roberto Costa arrecadassem propinas no valor de US$ 18 milhões.

O senador Valdir Raupp afirma desconhecer a delação e nega envolvimento no esquema.

O ex-ministro Jaques Wagner rebateu a delação e disse que todas as doações recebidas por sua campanha foram declaradas à Justiça e aprovadas.

A assessoria de imprensa do ex-ministro Aloizio Mercadante afirmou que Mercadante nunca teve nenhuma relação com o ex-deputado Pedro Corrêa e nunca participou de reuniões com e ex-deputado, especialmente depois de Pedro Corrêa ter sido envolvido na denúncia da Ação Penal 470.

O ex-ministro Alfredo Nascimento afirmou que "não há nada novo nessa delação". "É uma denúncia antiga, da época em que fui ministro dos Transpores. Tudo já foi investigado à exaustão pela Polícia Federal e Ministério Público. Nada foi comprovado e fui inocentado. Mas para ganhar vantagens jurídicas, os delatores insistem em requentar essa denúncia. Já provei minha inocência e provarei todas as vezes que forem necessárias. Vou processar o senhor Pedro Corrêa por essa citação injusta e inverídica ao meu nome", afirmou o ministro.

O Banco do Brasil declarou que refuta acusações e ilações sem provas.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a assessoria do ex-ministro Aldo Rebelo.

A reportagem entrou em contato com o escritório de advocacia que representa Jorge Luz e aguarda resposta.

O deputado federal José Guimarães (PT-CE) não atendeu às ligações da reportagem. A assessoria de imprensa dele informou que o parlamentar está em viagem ao exterior. (???)

Corrupção

A Operação Lava Jato investigava transações de milhões de reais. O salto para os bilhões veio com a prova da ligação entre Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Os dois foram descobertos por causa de um carro registrado no endereço de Alberto Youssef, em nome de Paulo Roberto Costa. A placa era o ano de nascimento do ex-diretor da Petrobras.

O carro custou R$ 250 mil e, segundo a investigação, foi o pagamento de uma propina pendente. O endereço na nota é de um apartamento de Youssef, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, um dos metros quadrados mais caros do país.

Condenação de Pedro Corrêa.

Em outubro do ano passado, Pedro Corrêa foi condenado pela Justiça Federal do Paraná pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro a 20 anos, 7 meses e dez dias de prisão. Em dezembro, o juiz Sérgio Moro corrigiu a sentença e reduziu em quatro meses a pena, que agora é de 20 anos, três meses e dez dias de reclusão.

A alteração foi feita após o Ministério Público Federal (MPF) alertar o juiz de que ele havia errado o cálculo da pena relativa aos crimes de lavagem de dinheiro cometidos por Pedro Corrêa.
Fonte: G1 – PR.