sexta-feira, 31 de julho de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA 31 DE JULHO DE 2020

COMEN-
TÁRIO­
Scarcela Jorge
CULTURA EQUIVOCA
DA

Nobres:
É inegável o comportamento da sociedade provem da cultura da esperteza entre sociedade e prontamente acomodada pelos governos anteriores. Com o enfrentamento da pandemia do coronavírus demonstrou as fragilidades históricas anotadas em gestões administrativas em todos os âmbitos públicos. Pois o desperdício de recursos públicos na compra de equipamentos superfaturados e o gasto de milhões de reais em hospitais de campanha que sequer foram utilizados tal qual se viu no Estado do Rio de Janeiro são exemplos de que algo necessita ser urgentemente corrigido na forma com que é gerida a coisa pública. É preciso que a sociedade enfrente a necessidade do urgente redimensionamento do Estado brasileiro de forma madura e livre de preconceitos classistas ou sindicais, sempre reducionistas aos aspectos voltados para o regramento do serviço público. No mundo pós-pandemia, deveremos observar as lições aprendidas durante este período sofrido de isolamento da sociedade. Elas devem ser aplicadas no dia-a-dia da gestão pública, visando maior economia e produtividade. A ferramenta do trabalho experimentada por milhões de trabalhadores com resultados positivos em termos de produtividade e maior qualidade de vida, pode ser mais bem definida e utilizada na seara pública que também é beneficiada pela economia por ela oferecida. Já a meritocracia na aferição do desempenho dos servidores representa outra questão a ser debatida e regulamentada. Tema que causa “arrepios” nas corporações sindicais deve ser entendido não sob um viés punitivo ao servidor, mas, sim, como ferramenta de motivação no desempenho de suas atribuições. Uma grande frustração no serviço público, para os que se dedicam aos seus trabalhos, é a falta de reconhecimento objetivo por seus esforços. Há uma espécie de letargia emocional disseminada pelo nivelamento salarial, uma vez que trabalhando de forma eficaz, ou não, os salários sempre são os mesmos e a perspectiva de progresso e melhor remuneração decorre exclusivamente do decurso dos anos na carreira em que o servidor está inserido. A sociedade anseia por um serviço público eficaz, moral, econômico e no qual os servidores possuam vocação para o labor na administração pública e não apenas estejam interessados nos salários diferenciados e em garantias como a estabilidade – outro tema a ser mais bem regrado e dimensionado. Nada mais triste do que escutar de um “concursado” a assertiva de que já fez seu papel: estudou, foi aprovado no certame público e agora resta apenas aguardar o decurso do tempo para a aposentadoria. Muitos são os temas a serem enfrentados e há necessidade imperiosa de que o governo federal remeta ao Congresso Nacional a sua proposta sobre a reforma administrativa. Sendo o ajuste na máquina pública realizado, cessarão as mazelas econômicas e comportamentais experimentadas pela coletividade há décadas, causadoras de tantos prejuízos ao país. Requer a mudança de conceitos e a esperteza de certos agentes políticos e também a tendência ladroeira de segmentos do povo, para primeiro exigir de governos em toda escala de ação.
Antônio Scarcela Jorge.

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