COMEN-
TÁRIO
TÁRIO
Scarcela Jorge
CULTURA EQUIVOCA
DA
DA
Nobres:
É inegável o comportamento da
sociedade provem da cultura da esperteza entre sociedade e prontamente
acomodada pelos governos anteriores. Com o enfrentamento da pandemia do
coronavírus demonstrou as fragilidades históricas anotadas em gestões
administrativas em todos os âmbitos públicos. Pois o desperdício de recursos
públicos na compra de equipamentos superfaturados e o gasto de milhões de reais
em hospitais de campanha que sequer foram utilizados tal qual se viu no Estado
do Rio de Janeiro são exemplos de que algo necessita ser urgentemente corrigido
na forma com que é gerida a coisa pública. É preciso que a sociedade enfrente a
necessidade do urgente redimensionamento do Estado brasileiro de forma madura e
livre de preconceitos classistas ou sindicais, sempre reducionistas aos
aspectos voltados para o regramento do serviço público. No mundo pós-pandemia,
deveremos observar as lições aprendidas durante este período sofrido de
isolamento da sociedade. Elas devem ser aplicadas no dia-a-dia da gestão
pública, visando maior economia e produtividade. A ferramenta do trabalho experimentada
por milhões de trabalhadores com resultados positivos em termos de
produtividade e maior qualidade de vida, pode ser mais bem definida e utilizada
na seara pública que também é beneficiada pela economia por ela oferecida. Já a
meritocracia na aferição do desempenho dos servidores representa outra questão
a ser debatida e regulamentada. Tema que causa “arrepios” nas corporações
sindicais deve ser entendido não sob um viés punitivo ao servidor, mas, sim,
como ferramenta de motivação no desempenho de suas atribuições. Uma grande
frustração no serviço público, para os que se dedicam aos seus trabalhos, é a
falta de reconhecimento objetivo por seus esforços. Há uma espécie de letargia
emocional disseminada pelo nivelamento salarial, uma vez que trabalhando de
forma eficaz, ou não, os salários sempre são os mesmos e a perspectiva de
progresso e melhor remuneração decorre exclusivamente do decurso dos anos na
carreira em que o servidor está inserido. A sociedade anseia por um serviço
público eficaz, moral, econômico e no qual os servidores possuam vocação para o
labor na administração pública e não apenas estejam interessados nos salários
diferenciados e em garantias como a estabilidade – outro tema a ser mais bem
regrado e dimensionado. Nada mais triste do que escutar de um “concursado” a
assertiva de que já fez seu papel: estudou, foi aprovado no certame público e
agora resta apenas aguardar o decurso do tempo para a aposentadoria. Muitos são
os temas a serem enfrentados e há necessidade imperiosa de que o governo
federal remeta ao Congresso Nacional a sua proposta sobre a reforma
administrativa. Sendo o ajuste na máquina pública realizado, cessarão as
mazelas econômicas e comportamentais experimentadas pela coletividade há
décadas, causadoras de tantos prejuízos ao país. Requer a mudança de conceitos
e a esperteza de certos agentes políticos e também a tendência ladroeira de
segmentos do povo, para primeiro exigir de governos em toda escala de ação.
Antônio
Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário