COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
O IDEAL POR FANTASIA
Nobres:
Neste período de
confinamento involuntário imposto pelos governos estaduais como alternativas
valhamos dos estudos como fonte de aprimoramento e sequencial dos fatos. Neste contexto repassamos o conceito do ideal
progressista bem diversificado de ideologias políticas onde alguns se confundem
por esses atalhos. Neste contexto a “coisa” é que no Brasil país que para
profissionais o diabo não foge da cruz, andam abraçados, na direita e na
esquerda, projetos progressistas, cada qual em busca de sua homogeneidade oca,
destituída de significados com a realidade e até de democracia. Projetos que,
em conveniência, apostam no esvaziamento dos fatos e na supremacia das versões,
sempre apontando seus credos de futuro à mercê da realidade. Os progressistas
vivem uma ilusão hierárquica. Sempre se imaginam e que podem ver o futuro. Para
falarmos em liberdade e de futuro no século XXI, não necessariamente que ter
crença no progresso, mas sim, ter práticas de tolerância. Definir-se como progressista
um pouco diferente do esquerdismo ideológico esse segmento vive no estado de
ansiedade e tem uma atitude “messiânica” e ela poderá estar encapsulada na
direita ou na esquerda. A depender das circunstâncias de busca pelo poder, ou
até mesmo já no poder, farão sempre com que a verdade seja objeto de um valor a
ser creditado a um futuro inevitável, mesmo que os passos no presente apontem
para o contrário. Para isso, o progressismo buscará tornar o pensamento médio
sempre uma regra geral de posicionamento. O progressismo prefere a
homogeneidade à heterogeneidade e, por tal razão, nem sempre vê com bons olhos
a liberdade individual, o pensamento destoante ao médio, o valor da
individualidade como contraponto à uma ilusão totalitária; o futuro inevitável
ao qual o progressista está aderido. No plano da intenção, o tempo demonstrou
que o progressismo distorceu a sua origem e razão. O século XX foi o auge disso
tudo. A mitologia da igualdade progressista foi capaz de colocar numa única
cesta os projetos de futuro nazista, fascista e comunista, sem prejuízo de mais
adiante, por terem apostado em políticas intituladas “neoliberais”, que
colapsaram diversas economias com base no modelo idealizado do “fim da
história”, no qual somente a “livre concorrência” e a desregulamentação de tudo
seria capaz de levar a humanidade ao “futuro inexorável do progresso” no fundo
é ilusão sempre constatado pela ação idealista.
Antônio Scarcela Jorge.
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