COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
INDUZE
O ELEMENTAR
Nobres:
Existem contrapontos estabelecidos nas metas de comportamento, estilo,
convivência, família e educar. Costuma-se dizer que os jovens são o futuro da
nação, mas eles não têm consciência do atual estado em se encontram. O marco
civilizatório desse importante segmento é largamente comprometido e não há
celeridade desse comportamento onde começa pelo lar e vai até o mundo exterior
sem responsabilidade ao “alisar” os bancos da escola. O educar é incontestavelmente
polo de conscientização dessa geração. Precisam ser ousados e confiantes, eles
enfrentam os desafios dos novos tempos porque são contemporâneas das mudanças
que se sucedem nas diferentes áreas de comportamento para adquirir a plenitude
da consciência e enveredar por caminhos que a escola determina. Neste contexto
se pode agregar a este segmento da geração, são aqueles que nem mais estudam.
Neste contexto genericamente na forma que o IBGE, uma estatística, (a bíblia
realística) em prover dados insofismáveis e daí por que causam profunda preocupação
em que nos apresenta uma síntese dos indicadores sociais que 23% dos
brasileiros com idade entre 15 e 29 anos figuram no “grupo nem-nem” - nem
estudam nem trabalham-. O percentual significa quase a quarta parte da
população dessa faixa etária. A realidade captada pela pesquisa não nasceu nos anos recentes. É histórica,
com raízes profundas. Quase metade dos adultos nada menos de 49% não concluiu o
ensino médio. A baixa qualificação constitui barreira para o ingresso no
mercado de trabalho. Quando transposta, dá passagem para ocupações mal
remuneradas e sem condições de promover sua ascensão. Em português claro:
perpetua a pobreza. Comparados com os indicadores dos países que compõem a Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento (OCDE), clube para o qual o Brasil quer ingressar, vê-se o
tamanho do desafio a ser enfrentado. Na média da OCDE, 27% dos cidadãos de 25 a
64 anos deixaram de concluir o ensino médio. E apenas 13,2% dos jovens não
estudam nem trabalham. Diminuir o hiato constitui tarefa difícil. É bem-vindo,
pois, o programa lançado ontem pelo Planalto que prevê a redução de encargos
para estimular as empresas a contratar jovens. A razão é simples: escolaridade não se compra em supermercado. A travessia
implica políticas públicas de atendimento escolar com dois focos, tempo e
qualidade. O ensino médio, abarrotado de disciplinas desconexas e voltado para
o Enem, afugenta os jovens. A reprovação e a evasão se unem para criar o
cenário desalentador retratado pelo IBGE. Longe de abrir as portas, o ensino médio funciona como ponte pela qual se passa
para sair do fundamental e chegar à universidade. Muitos ficam pelo caminho.
Sobretudo os socialmente vulneráveis tornam-se vítimas naturais da violência e
candidatos a engrossar as fileiras do crime organizado. Nenhuma nação principalmente
a que muda o perfil demográfico como a brasileira pode se dar ao luxo de abrir
mão de parcela importante da juventude. Trata-se do pior dos mundos.
Diferentemente da Europa, que envelheceu rica e educada, nós estamos
envelhecendo pobres e carentes de educação. Impõe-se correção de rumos. Entre
os desafios, três sobressaem: a melhora da qualidade do ensino, a aprovação na
idade certa e a retenção do estudante na escola. Qualidade do ensino médio
seria ou ainda será o referencial do ensino técnico com enorme carência onde a
solução foi implantar em quantidade sem a devida qualificação elo em profusão
de universidades inseridas para substabelecer o ensino resvala colidir com o fundamental,
educar no interior familiar para que a geração tenha visão exterior na sala de
aula.
Antônio
Scarcela Jorge.
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