quarta-feira, 13 de novembro de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA 13 DE NOVEMBRO DE 2019

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
INDUZE O ELEMENTAR
Nobres:
Existem contrapontos estabelecidos nas metas de comportamento, estilo, convivência, família e educar. Costuma-se dizer que os jovens são o futuro da nação, mas eles não têm consciência do atual estado em se encontram. O marco civilizatório desse importante segmento é largamente comprometido e não há celeridade desse comportamento onde começa pelo lar e vai até o mundo exterior sem responsabilidade ao “alisar” os bancos da escola. O educar é incontestavelmente polo de conscientização dessa geração. Precisam ser ousados e confiantes, eles enfrentam os desafios dos novos tempos porque são contemporâneas das mudanças que se sucedem nas diferentes áreas de comportamento para adquirir a plenitude da consciência e enveredar por caminhos que a escola determina. Neste contexto se pode agregar a este segmento da geração, são aqueles que nem mais estudam. Neste contexto genericamente na forma que o IBGE, uma estatística, (a bíblia realística) em prover dados insofismáveis e daí por que causam profunda preocupação em que nos apresenta uma síntese dos indicadores sociais que 23% dos brasileiros com idade entre 15 e 29 anos figuram no “grupo nem-nem” - nem estudam nem trabalham-. O percentual significa quase a quarta parte da população dessa faixa etária. A realidade captada pela pesquisa não nasceu nos anos recentes. É histórica, com raízes profundas. Quase metade dos adultos nada menos de 49% não concluiu o ensino médio. A baixa qualificação constitui barreira para o ingresso no mercado de trabalho. Quando transposta, dá passagem para ocupações mal remuneradas e sem condições de promover sua ascensão. Em português claro: perpetua a pobreza. Comparados com os indicadores dos países que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), clube para o qual o Brasil quer ingressar, vê-se o tamanho do desafio a ser enfrentado. Na média da OCDE, 27% dos cidadãos de 25 a 64 anos deixaram de concluir o ensino médio. E apenas 13,2% dos jovens não estudam nem trabalham. Diminuir o hiato constitui tarefa difícil. É bem-vindo, pois, o programa lançado ontem pelo Planalto que prevê a redução de encargos para estimular as empresas a contratar jovens. A razão é simples: escolaridade não se compra em supermercado. A travessia implica políticas públicas de atendimento escolar com dois focos, tempo e qualidade. O ensino médio, abarrotado de disciplinas desconexas e voltado para o Enem, afugenta os jovens. A reprovação e a evasão se unem para criar o cenário desalentador retratado pelo IBGE. Longe de abrir as portas, o ensino médio funciona como ponte pela qual se passa para sair do fundamental e chegar à universidade. Muitos ficam pelo caminho. Sobretudo os socialmente vulneráveis tornam-se vítimas naturais da violência e candidatos a engrossar as fileiras do crime organizado. Nenhuma nação principalmente a que muda o perfil demográfico como a brasileira pode se dar ao luxo de abrir mão de parcela importante da juventude. Trata-se do pior dos mundos. Diferentemente da Europa, que envelheceu rica e educada, nós estamos envelhecendo pobres e carentes de educação. Impõe-se correção de rumos. Entre os desafios, três sobressaem: a melhora da qualidade do ensino, a aprovação na idade certa e a retenção do estudante na escola. Qualidade do ensino médio seria ou ainda será o referencial do ensino técnico com enorme carência onde a solução foi implantar em quantidade sem a devida qualificação elo em profusão de universidades inseridas para substabelecer o ensino resvala colidir com o fundamental, educar no interior familiar para que a geração tenha visão exterior na sala de aula.
Antônio Scarcela Jorge.

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