domingo, 19 de setembro de 2021

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 19 DE SETEMBRO DE 2021

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
LEMBRANÇAS DO PASSADO
 
Nobres:
A reminiscência se flutua pelo nosso pensamento e peço permissão para instar no lado crítico e vocacional que me situo. Escolhemos no segmento do ensino educacional e me deparo de princípio, com a escola que não era só de responsabilidade e seria objetivo compartilhado de nossos pais o principal evento da nossa vida.  Dentre este meio era a maior gloria da minha época, aliaz, não tão distante do pretérito; decorreu nos anos sessenta do século passado. Vou nomeá-lo: O recém-criado Colégio Estadual de Nova-Russas, ainda sem denominação onde continuou com o curso ginasial. O ginásio era um mundo novo que se abria aos nossos olhos, reunindo alunos oriundos normalmente de escola limitada a um salão, como era o meu caso, e de poucos grupos. O ginásio ficava maior ainda, adicionado o fato de ser o único e último, porque, depois do curso ginasial, não existia outro, reiteramos. O científico se situava em Fortaleza e nas principais cidades do Estado em destaque, Sobral por ser um centro cultural e educacional próprio desde sua origem inspirada pela religiosidade consolidada pelo bispo diocesano Dom José Tupinambá da Frota e Juazeiro do Norte/Crato pelo misticismo do Padre Cícero Romão Batista onde afluíram romarias nestas duas cidades irmãs. No tocante a retomada que objetiva esse comentário decorrido nos anos sessenta, me impressionava, então, colocado em um palco infinitamente maior do que o da escola primária. Contudo, apesar dos espaçados quarteirões, das imaginárias grandes salas, e uma só janela aberta que me fazia “sufocar”, no entanto sobressaiam dois tipos de flores, digo, de professoras em sua maioria. Naquela época inspirava o sentimento preconceituoso do machismo a todas as esferas da vida. Os homens  raramente em minoria nem ilustres e nem saudoso, de cara fechada, o receio de provocá-los para não distribuírem coices, fazendo-se respeitar pelo receio em até de lhes dirigir a palavra. Era aqui e alhures. Os nossos pais aqueles que tinham o poder aquisitivo a dos mais modestos tinham a ânsia de educar seus filhos pela necessidade de implantar escolas no meio rural especificamente com esforços deslocavam a sua prole para a cidade. Nisso o ginásio foi o ponto inicial, como se funcionasse como um preparatório para o futuro, saindo daqui foi servindo para nos alertar (o aluno) que, adiante, também se toparia com professores sem noção alguma de didática, e de outros, que escondidos na careta que encobria o rosto, evitavam o diálogo com o discente,  que, desta forma, não se sentia encorajado a tirar suas dúvidas ali, na sala de aula. Depois escalamos outros graus até a formação acadêmica, e estimamos o mesmo desempenho desde que iniciamos é por igual ao traçamos o perfil de nossos docentes, encontramos a débil exposição de alguns, a focar um detalhe no ponto, sem traçar para o aluno no cenário no qual a matéria se situava, enquanto outros se esmeravam nos esquemas, tentativa correta de fazer com que o discípulo tivesse do ponto a visão devida. Não é porque traçamos como perfil dos professores que sempre são vitimados do sistema, é real, concordo, mas estamos o lado da moeda como natural a existência de polarização como se presencia a moda, mesmo sendo realisticamente pretérita. “Velhos tempos, porém são os mesmos dias”
Antônio Scarcela Jorge.

Um comentário:

  1. Nos tempos idos, nosso tempo, os conhecimentos didáticos eram escassos, porém compensado com a seriedade de atuação,uito melhor dos tipos de Paulo Freire, no desmanche da Educação Brasileira.

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