COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
SERENIDADE E TERNURA
Nobres:
Inicialmente temos em ser pessoal para instar na
transmissão em que objetivamente discorremos para prover o entendimento aos
nossos distintos leitores. Neste caso vem-nos a lembrança nos anos sessenta,
quando ainda era menino e passando para adolescência. Vivenciamos o Brasil e o
mundo conviver com mudanças, saindo do pós-guerra e entrando em outra, com o
surgimento da minissaia, movimentos estudantis, e a esperança de que o futuro
seria diferente do que se tinha feito até então. Mudou, sem sombra de dúvidas,
por força da ciência, das novas tecnologias, saímos do telex e estamos na
Internet e do encurtamento das distâncias. Por outro lado, a ganância se agigantou,
o radicalismo e a intolerância se fingiram de mortos e estão de volta
repaginados, intransigentes, rápidos no gatilho e armados com novas armas, e de
negativo a má informação, a contrainformação, a desinformação que “matam mais
que bala de carabina, veneno, estricnina, peixeira de baiano, atropelamento de
automóvel e bala de revólver” a qual em parte, plagiando do samba de Tiro ao
Álvaro, Adoniran Barbosa. A “paz e Love” dos anos 60/70 foram para o ralo.
Conservamos um restinho de esperança de que está escondido e ressurgirá
substituindo paixão no lugar de dinheiro e alma com liberdade na amplidão conforme
as variadas previsões de pessoas simples e famosas. Nos tempos atuais, não
custa sonhar e relembrar, sem choro nem vela, do Jornalista Zózimo Barrozo do
Amaral com a especialidade de colunista social, transformou o humor em política
crítico sistemático que curtiu a vida estabanada, falecendo prematuramente em 1997
em consequência de um câncer no pulmão (era excessivamente fumante) que
continua matando pelo mundo afora, muito mais que esse tal de Covid-19. Neste
aspecto, enquanto todo mundo espera a cura do mal e alguns “contumazes” fingem
que isso tudo é normal. Por esta razão à música se materializa em presciência.
Antônio Scarcela Jorge.
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