sexta-feira, 24 de abril de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA 24 DE ABRIL DE 2020


COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
POLITICAGEM QUANTO AO ÍBIS

Nobres:
De início questionamos o simbolismo que coincide o atual estado lastimoso vivenciado pela esperteza e pelo mau caráter dos políticos que estão no poder. Tinha que ser num momento de pandemia que assola o mundo revelar o estado comum que certos elementos de índole duvidosa incluindo a desacreditado pela sociedade cidadã, o STF, que só neste País é inédito pelas ações de interesses  seria abençoado por Deus! O País no ineditismo estamos a comparar quanto ao time pernambucano do Íbis, todo tempo fazem uma questão irracional diante de um quadro de perdedores. Mesmo assim o “quanto pior, melhor” sempre fez parte da vida política nacional. Trata-se daquela torcida, ora reservada, ora efusiva, para que tudo dê errado. Fracassado o plano, um lado, naturalmente, sempre perde sistematicamente aquele que o elaborou e executou. O outro, que desejava contemplar um malogro, comemora. Porque vislumbra algum tipo de ganho. Imediato ou futuro. Claro que esse texto tem a ver com o cenário político atual. Mas não se pretende aqui defender governos, que normalmente conduzem planos que mexem com a nossa vida. À luz da racionalidade e do conhecimento e, portanto do achismos ideológicos que se propagam em redes sociais, na essência de democracia, onde essa gente não se acostumou, mas os governos precisam ser sistematicamente criticados. Criticar, porém, não é torcer para que tudo dê errado, sobretudo num momento como este, em que erros provocam mortes. Numa análise rápida, tendo em conta o que se debate atualmente em meio à pandemia da Covid-19, vivemos o seguinte cenário. Se prevalecer a visão do governo federal, é preciso urgentemente reativar a economia para que empregos e renda voltem a ser criados. Primeiro contraponto: retomar a produção agora significa religar fábricas, abrir o comércio de conformidade com as regras naturais dessa pandemia, a consciência do povo é relevante obedecendo ao seu afastamento para não incidir e contrariar os cientistas. A desobediência é o agravamento da epidemia em sua maioria dos casos morte na certa. Por outro lado a julgar pela visão dos governadores, é preciso manter o isolamento social nem que seja em prejuízo da economia. A ideia primeira é salvar as vidas, o bem maior, e só depois recuperar a economia. Segundo contraponto: se empresas quebram, não há empregos nem renda. Até o mercado informal fica comprometido. Projeta-se, portanto, uma espécie de terra arrasada, uma situação especialmente perversa para os mais pobres, que não têm reservas nem ativos a serem desmobilizados. E, por complexo e cheio de nuances, o cenário atual demanda no mínimo responsabilidade. Se os entes federativos não podem se unir, que pelo menos se respeite. É inadmissível ver politicagem num momento como este. Vaidades pessoais, briga entre Poderes, disputa por holofotes, ataques, chantagens, cálculos eleitorais para 2020, 2022. É o que vemos nos pequeninos municípios interioranos que sobrevivem sob a custódia de políticos oligárquicos, a receita formal para sequenciar no poder. Estamos diante de variáveis que já são condenáveis num panorama de normalidade. Pior ainda ficam por estes dia, quando vivemos uma realidade  inédita, incerta e, sobretudo, cruel. São comportamentos inteiramente abjetos, indignos, desumanos. Foi um político alemão que de grosso modo se expressou: aquele leve prazer que sentimos quando do infortúnio de alguém que não gostamos muito. Mas, não. Estão infectadas pela desumanidade porque servem, em alguns casos, ao propósito político de prejudicar este ou aquele grupo. Não há piedade ou empatia. Há, sim, o prazer de compartilhar algo que confirma uma tese contrária à tese do inimigo. Em outro grupo, homens e mulheres humildes choram porque perderam o pão de cada dia em razão das ruas desertas. Não duvidamos que sejam verdadeiras. Devem ser. O que não dá para aceitar é essa avidez doentia que reproduz em nosso círculo de convivência o desapreço pela vida que infelizmente verificamos na postura de muitos políticos. Alguns povos costumam se unir na iminência de um conflito, de uma desgraça. Nós, ao contrário, estamos nos distanciando cada vez mais. E o motivo, que fique bem aberto, não é a quarentena e tudo sabe que é outra coisa.
Antônio Scarcela Jorge.

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