COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
O DIA QUE A TERRA PAROU
Nobres:
Numa antevisão do transloucado
Raul Seixas (in memoriam) para que após décadas fosse consolidado em ritmo
musical como “o anuncio das trombetas dos anjos” Sou firmemente cristão
católico, mas abdico a hipocrisia reinante por certos elementos que não tem
convicção e fazem da vocação sacerdotal uma profissão como outra qualquer. Essa há muito nos
deixou de sensibilizar. Questionamentos diversos e evasivos evidentemente procedem.
Quanto às profecias de Raul, (existem espertos que se dizem profetas e existem
em todo lugar), agora quando tudo parou, a serenidade chegou. Pude ver as
borboletas amarelas planando e voam na mesma direção, como cardume e movem-se
vigilantes, variam a altitude, fazem manobras de curvas, de acordo com as
animações da líder, tudo ao sabor das correntes de ventos e a propulsão de suas
asas e vence com suavidade a força de resistência ao avanço, resultante da ação
do meio. Trafegam com pássaros que igualmente melhor desfrutam da paisagem ante
a ausência quase total de humanos, veículos e zoada nas ruas e pouca sobre a
ação “dos burros” e valentes que não nos impõe medo nenhum e sim
aborrecimentos. É um trajeto corriqueiro desses incautos a vista de alguns
políticos insanos que pensam viver sobra a sobra do poder em toda eternidade. As
borboletas amarelas não pousam, apenas passam. A visibilidade horizontal delas
parece ser grande, maior do que a nossa, pois se alinham em direção a um alvo
que daqui não conseguimos ver. Não há desvio de curso onde suas proas tomam um
curso muito provavelmente selecionado com antecedência. Quanto à humanidade, de
onde vem e para onde vai? Muitas teorias já foram concebidas. Tentam explicar
como surgiu o mundo, e até o universo. Passam da conta ao se autorizarem dizer
como tudo será no futuro e, ademais, como tudo irá acabar e, mas só não se
lembra de pensar que tudo pode findar amanhã. Este momento em que o mundo está
parado serve para lembrar como ele pode acabar rápido. O que pode acontecer
amanhã. A pandemia serviu para nos mostrar que vivemos em pandemônio. O mundo
não se entende mais. A humanidade se perdeu no caminho da ida e esqueceu o
caminho da volta.
Antônio
Scarcela Jorge.
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