COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
UTOPIA OU ESPERTEZA
Nobres:
Durante os últimos quarenta anos a
imprensa brasileira foi um dos pilares fundamentais para o exercício e a
própria existência da democracia no país. Entretanto essa base moral e
verdadeira vem se decompondo rapidamente nos últimos anos por três fatores: seu
comprometimento ideológico com a esquerda, a dependência econômica das verbas
de publicidade de governos, sindicatos e empresas públicas e pela subversão do
conceito de democracia. O empenho ideológico é um fenômeno que vem sendo
construído ao longo das ultimas décadas e prevê a tomada do poder através das
estruturas educacionais e jurídicas elaborada como estratégia do foro de São Paulo
para toda a América Latina, foi colocado em andamento e acelerado nos diversos
governos esquerdistas em todo o continente. A Academia Brasileira, formada e
formadora de professores em todos os níveis e em todas as áreas, tornou o
pensamento socialista hegemônico. a própria essência da universidade hoje se
encontra subvertida e o outrora ambiente livre para discussões passou a ser uma
ditadura de pensamento e o resultado direto disso é que toda a formação do
jornalismo brasileiro possui o viés socialista e uma novilíngua habita as
redações, na mídia através do rádio atingindo as rádios comunitárias um novo
implemento para se aliada as esquerdas que o povão irracional “papagaia” este
desleixe. Atentados terroristas são classificados como naturais o próprio senso
da justiça é subvertido quando o “criminoso” passa a ser chamado de “jovem” ou
“suspeito”. Isto é que vemos no nosso dia a dia. Suspeito, povo especialmente
das favelas do inferno carioca que é regra, ao se atentar a verdadeira guerra,
onde o combate aos bandidos e se tornam vítimas fatais, os entrevistados dizem
que são inocentes sem passagem pela polícia, sem contas a pagar e indiciados na
justiça, são verdadeiros santos. Neste aspecto entra todo tipo das milícias em
comum com o crime organizado em comum com autoridades. Tudo sobe com este compromisso ideológico se traduz no apoio
a partidos específicos, no nosso caso, PT, PSOL, PCdoB e seus aliados temporais.
Onde está a indignação dos meios de comunicação e da esquerda em geral? Esse
relacionamento ideológico promíscuo é a raiz da produção do que o presidente
americano Donald Trump apelidou de “fake
news” que, diga-se de passagem, a frase de esquilo (525 A.C - 456 A. C.)
“na guerra, a verdade é a primeira vítima” não é nova e a mentira fez e faz
parte do mundo real. a guerra do século XXI, por enquanto, não é realizada com
armas de forma generalizada, mas estamos vivendo uma guerra de ideias, de
conquista do poder e de posições. O jogo da mentira tomou na mídia e uma
espécie de “vale-tudo” está em curso. quando lemos algo, temos que relacionar
vários veículos, checar as fontes e pesquisar, para depois poder estabelecer
algum juízo minimamente razoável. é claro que grande parte das pessoas compra o
que lhes dizem e agem como papagaios digitais, repartindo as “fake news” como se verdade
fossem. a produção da mentira não é, infelizmente, exclusividade da esquerda. Outro
ponto importante que demonstra a decomposição da solidez da imprensa é a enorme
transformação que a tecnologia produziu nos últimos anos e que segue em curso e
até pouco tempo a origem da notícia era o veículo de mídia que informava o
mundo dos acontecimentos e eventualmente se posicionava. No cotidiano, a mídia
é produzida, divulgada, confirmada ou desmentida pelo público. No entanto o
jornalista está completamente perdido neste universo e frequentemente, quando
se posicionam, o fazem como se ainda estivessem naquele mundo anterior,
deixando claro seu fracasso, sua arrogância, sua falta de compreensão e de
atualização. o que se vê é uma massa de jornalistas que, para manterem seus
empregos, informam e comentam sobre desastres ecológicos, crises financeiras,
eleições e a moda em paris da mesma forma. Provavelmente seu campo de
conhecimento é o futebol (recuso-me a dizer esporte, porque no Brasil o
jornalismo esportivo só fala de futebol) e eles se arvoram a ter de falar sobre
o que não entende ou o que não gosta. Consequentemente, temos análises e
comentários rasos, com alto grau de desconhecimento e onde eles comentários
baseados em seu ideário básico, frequentemente equivocado e ultrapassado quando
não se utiliza “especialistas”, termo genérico para alguém chamado às pressas
para dar uma opinião sobre algo que entende superficialmente, momento em que
este “especialista” terá seus 15 minutos de fama. Neste aspecto a internet e o
universo virtual são o novo mundo, muito real para dar sustentação financeira
da mídia, proveniente dos anúncios publicitários, diminuiu radicalmente. Por
esta razão no Brasil, só o governo federal investiu, entre 2010 e 2017, a
quantia de r$15,2 bilhões, uma média de r$ 1,9 bilhões por ano, sendo que entre
2010 e 2015 esta média era de r$ 2,04 bilhões, tendo a frente rede globo,
campeã em verbas, recebeu entre 2000 e 2016 cerca de r$ 10,2 bilhões e ainda
não estão contabilizados nesta conta os governos estaduais, as prefeituras e as
estatais estaduais, todas em crise, nem os sindicatos de empregados e
patronais, o sistema s e outros monstrengos paraestatais que vão diminuir de
tamanho ou desaparecer. Vocês têm nos portais da transparência terão os
elementos para conferir. Está evidenciado o esforço que a rede globo faz para
desestabilizar o governo Bolsonaro, uma vez que a fonte, com certeza, vai
diminuir radicalmente e o pobre às vezes desinformados e mau intencionados,
partidário da bandidagem, “os manés vão com os espertos” se aliam e desse lado
as verbas em queda generosamente despejadas fará que um mundo em transformação
estão fazendo com que a mídia tradicional tenha que ou mudar, ou diminuir de
tamanho, ou desaparecer. Nos conclusos, o resultado da soma de uma formação pobre
e ideologicamente incorreta e um futuro econômico incerto colocaram os veículos
num canto perigoso do ringue. “as piores batalhas em uma guerra são as últimas,
quando o inimigo nada mais tem a perder”. No jornalismo tradicional e pedinte, alguns
ainda sobreviventes, principalmente no interior nordestino, respiram com
dificuldade e não sabe disso, não está sabendo se reinventar e não consegue
enxergar um novo horizonte, em que pese alguns jornalistas já entendam a realidade
em torno de si. Alguns veículos tentam mudar o contexto do próprio país,
procurando manter a nação e os brasileiros em um obscurantismo messiânico, em
uma pocilga ética e em um mundo sem esperanças para que possam reinar
absolutos, pautando a sociedade e impondo sua agenda, fazendo e desfazendo reis
e rainhas, mas, o mundo mudou e o Brasil se deu conta disso o momento está para
realizarmos uma completa mudança de conceitos e de rumos, temos um país
relativamente desenvolvido e uma grande economia, mas um nível educacional
pífio, corrupção desenfreada e valores éticos e morais invertidos e deturpados.
Continuo escrevendo, clamando e dizendo e por hoje, sem mais.
Antônio
Scarcela Jorge.
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