sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2019

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
A FACE REAL

Nobres:
Segundo contraditoriamente aquilo que proclamou um aliado do petismo, para os “babacas” a eleição de Bolsonaro foi à vitória da “casa grande”, da elite, dos ricos, contra o povão? Pensem assim os que não querem enxergar a realidade e ficam nas suas torres de marfim, acadêmicas e não acadêmicas, devaneando em  torno das próprias ilusões. Ela foi, isto sim, a vitória do brasileiro comum, honesto, pobre, pagador regular de impostos, trabalhador e honrado, inconformado com a canalhice geral da política, e que um dia apostou no PT pensando que ele seria o partido da renovação que pregava, mas depois se decepcionou descobrindo que se tratava (salvo exceções, é claro) de uma quadrilha de ladrões da pior categoria. Esse brasileiro comum passou vinte e quatro anos abafados, mas se expressou agora. Aquilo que a música famosa pedia, “Brasil, mostra tua cara”, estará acontecendo agora, embora num sentido provavelmente diverso do desejado pelo autor. O Brasil está mostrando sua cara: não mais admite conviver com a corrupção; não aceita a impunidade dos grandes; não aguenta mais as mordomias excessivas das elites, do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público; não aceita o comunismo (“a bandeira brasileira jamais será vermelha”); não tolera totalitarismos (e tolera ainda menos o totalitarismo de esquerda do que o de direita); não admite financiar regimes totalitários como o da Venezuela ou de Cuba; respeita a diversidade e as opções alheias, mas não admite a pregação sistemática da “desconstrução da heterossexualidade”, para impingir às crianças falsas opções e comportamentos antinaturais; não concorda em que os valores morais, a começar pelos da família, sejam destruídos e minados. 2018 de fato, nasceram nos protestos de 2013 contra a má política, contra os políticos que não representavam o sentimento nacional e só faziam legislar em causa própria. Mas, se assim foi, como então se explicaria 2014, - como dizia um vereador “analfabeto da região no ímpeto da sua inteligência proclamou: - eu não entendo, porém, compreendo! - quando o povo votou nos candidatos habituais e até reelegeu a presidente meio maluca? Simples de explicar: não tendo entendido 2013, os partidos impuseram ao eleitor os candidatos da velha política, e o povo, sem alternativa, teve de escolher naquela forma. Foi preciso que aparecesse um candidato de fora do sistema embora já vivesse na política há uns 20 anos, mas sempre meio à margem, afastado das grandes lideranças e dos acordos viciados, candidato que tinha o destemor de proclamar, solitariamente, aquilo que (ninguém percebia então) era o sentimento escondido do Brasil profundo. E por isso, porque soube captar e exprimir à distinta “maioria silenciosa”, ele, quase sem partido, sem tempo de TV, sem fundo partidário, sem coligações, sem a mídia, conseguiu ganhar. Desde a eleição de FHC, a política brasileira vem sendo dominada por partidos e programas que não exprimem o sentimento nacional (afinal, PSDB e PT são farinha do mesmo saco) e a eles o povo só se conformava por não ter alternativa, mas resmungava sempre. Direitos somente para os criminosos e bandidos, nunca para as vítimas? Financiamentos (pagos pelos impostos de todos nós) para invasões de terra? Protestos que podem até ser justos, mas com o ímpeto de incendiar como aconteceu com o MST, do homicida José Rainha, uma célula terrorista que sempre teve ação no país quando do governo bandoleiro de Lula, que depois por várias vezes promoviam a quebra do patrimônio público como costumeiramente invadiam o Congresso Nacional e nem se quer passavam po0r delegacias cujos titulares eram lulistas defensáveis sempre foi a razão desses canalhas. Com essas ações a modo da anarquia desrespeitavam os direitos de todos, paralisando a cidade inteira? Defesa somente das minorias que devem ser protegidas, sim, mas não a ponto de desprezar as maiorias. Pensamento único nas escolas, impondo a mesma visão (deformada) dos fatos e dos valores onde o superado regime castrista com a junção da Venezuela se ditavam as normas. Superada em parte por ações estratégicas e paulatinas em desfavor desta gente, com a desmontagem pelo povo que rejeitou a aparente democracia dos direitos e mais direitos para os bandidos, o continente agora começa a respirar com alivio com a derrocada desta gente. Em termos do Brasil real, que, afinal, está mostrando a sua cara. Obviamente, renasceu a esperança.
Antônio Scarcela Jorge.

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