segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2019

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

HARMONIA ENTRE OS PODERES


Nobres:
O modelo evidente está na Constituição “embute” a independência entre os Poderes, e a harmonia entre si e quiçá, elegendo com norte o exercício de cidadania. Para esses pontos se torna contraditório: não pode haver harmonia se se mantiver a imensa desigualdade atual. Não pode haver harmonia onde há desigualdade e privilégio. Na prática não é assim; á dois excessos a evitar: o antigo, de uma verdadeira sujeição dos outros poderes ao Executivo; e o atual, que, para corrigir o abuso anterior, criou o regime de uma praticamente absoluta autonomia, da qual resultaram poderes ricos, o Legislativo e o Judiciário, que definem livremente suas despesas, para o Executivo pagar. Não é razoável que o Judiciário e o Legislativo possam se dar os aumentos que quiserem, os quais a receita comum do governo, deste modo, o Executivo tem de suportar. Nem é razoável que aleguem fazer isso porque contam com dotação orçamentária suficiente, isso apenas mostra que essa dotação folgada está errada. Enquanto o Legislativo e o Judiciário vivem nababescamente, o Executivo sobrevive em estado de penúria. Como ajustar isso sem voltar à dependência anterior? Enquanto essa magna questão não se define, bem que algumas medidas concretas específicas poderiam ser tomadas. Uma, definir que os aumentos anuais dos servidores aumentos cuja razão de ser é recuperar o poder aquisitivo da remuneração têm de ser iguais para todos os Poderes. Não somente iguais para os ativos e inativos, nem só para civis e militares, mas também para o Judiciário, o Legislativo e o Executivo. Porque a inflação é a mesma para todos. Mais uma, definir que as regras de aposentadoria sejam iguais para os três poderes. Por que o Legislativo e o Judiciário não poderiam ter regras próprias. Tempo de trabalho é tempo de trabalho; tempo de contribuição é tempo de contribuição. As distinções que houver devem ter outra razão, mais objetivas, mais gerais, mais iguais para todos: para beneficiar trabalhos em condições de risco, e jamais distinções em função do Poder a que o servidor tem vínculo. Decidir explicitamente que esses auxílios que ficam inventando! Auxílio-moradia, saúde, vestuário, e ainda mais uma invenção neste momento um indecente auxílio-mudança, daqui a pouco auxílio-não reeleição, para “ajudar” os que não forem reeleitos. Alias existe indiretamente ligada a certas vitaliciedades  absolutamente não têm caráter indenizatório, são elementos da remuneração, são itens a que a remuneração normal deve atender, conforme está explícito no ART. 7º da Constituição. Por que esses itens integram a finalidade do salário mínimo do pequeno trabalhador brasileiro, mas, no caso dos grandes privilegiados do Estado, da casta que se apossou do País, devem ser considerados à parte, como “indenização”. Ainda: reduzir no máximo, um terço o atual número de assessores e cargos comissionados de que desfrutam os membros do Legislativo e do Judiciário. Para que tantos? Se o Executivo está cortando esses cargos, por que os outros poderes não podem reduzi-los também?  O Legislativo e o Judiciário não podem continuar sendo casta de privilegiados.
Antônio Scarcela Jorge.

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