COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
PERÍODO DAS ELEIÇÕES
Nobres:
Por ocasião “da nova safra de
políticos que se candidataram a presidência da República ainda não apresentaram
em seus programas de governo, no momento dos debates programados por várias
emissoras de TV onde estão tendo a oportunidade e certamente não farão dada a exiguidade
do tempo do horário eleitoral que se avizinha. Ao que nos faz transparecer
“estão dando graças a Deus” fugir do tema de maior relevância que seria a
promoção de novas transformações que tanto clama a sociedade brasileira. Desta
linha de entendimentos quase todos os candidatos demonstram um profissionalismo
unânime, são figuras manjadíssimas que procuram se sobreviver. Nesta questão se
omitem do mais grave de todos os problemas, o gigantismo do Estado brasileiro,
que naturalmente posto em prática se tornou o Presidente da nação um refém do
encargo financeiro essencialmente continuísta. Com a inédita fragilidade de o
presidente Michel Temer que sobreponha até agora aos seus antecessores,
continua gastando muito, e gastando mal. Só o derrame do erário enseja infinita
irresponsabilidade onde os corruptos estimulam a ladroeira como fator de honra
e consequentemente desonra para uma sociedade perplexa que tende a incorrer. Desde
do advento da Constituição um grupo de partidos políticos o PMDB e o PT, e as
sublegendas tidos como partidos alugados que pousaram nos governos subiram a “ideologia
da sacanagem” e aperfeiçoaram a corrupção como lema de vida. Esta sistemática
atinge o sistema e a forma de se instar. Neste contexto estamos recorrendo as
estatísticas para não impor dúvidas. De toda a riqueza produzida pelos país,
37,7% (a carga tributária) são gastos pelo governo, que ainda se vê obrigado a
refinanciar os pagamentos de juros de 6% do Produto Interno Bruto (PIB),
elevando paulatinamente a dívida pública, que chega a 77,2% do PIB. As cifras
não mentem: o governo gastou, das despesas primárias, no ano passado, 48% (R$
612 bilhões) com a Previdência Social aposentadorias, pensões e benefícios de
prestação continuada, os denominados BPCs. Outra discrepância são os 22,2% (R$
284 bilhões) drenados para o pagamento do funcionalismo, formando verdadeira
casta de privilegiados entre os trabalhadores brasileiros. Isso enquanto os
aportes na saúde são de apenas 7% e na educação, 3%. A grande vilã para montar
a propaganda do Lulismo e leva ao povo fanático que este “cidadão” se faz um
verdadeiro “superdeus” dominado pelas classes irracionais, pelo
intelectualismo, as máfias internacionais embutidas em várias intuições, como o
pontual do Bolsa Família “O BOLSA VOTO” tem apenas o volume de gastos
que representa 2% das despesas primárias! O quadro desolador, que tem de ser
mudado, é que o governo federal se vê forçado, por lei, a comprometer 93,7% do
orçamento com gastos obrigatórios, que em hipótese alguma podem ser realocados.
Com isso, sobraram irrisórios R$ 46 bilhões (0,69% do PIB) em 2017 para
investimentos. E o principal motivo para a escassez de recursos disponíveis é o
tamanho do Estado. Estudos mostram que 57,9 milhões de brasileiros são mantidos
pelo governo, ou seja, 28% da população. São 10 milhões de servidores ativos e
inativos, 33,8 milhões de aposentados ou beneficiários do INSS e 13,4 milhões
mantidos pela “Bolsa Família”. Entre outros aspectos o futuro presidente da
República terá pela frente grande desafio ao longo de seu mandato: a manutenção
ou a mudança do perfil do Estado brasileiro, tido por muitos como verdadeiro
mastodonte e, por isso mesmo, incapaz de desempenhar, satisfatoriamente, o papel
de provedor das necessidades básicas da população, notadamente nas áreas de
saúde, educação, segurança e transportes, entre tantas outras. A realidade
atual começou a se delinear após a promulgação da Constituição dita Cidadã, em
1988, que imputou ao Estado deveres antes inexistentes e que, ao longo dos
anos, comprometeram sua capacidade em fornecer serviços decentes aos cidadãos.
Além de impedir investimentos em setores como a infraestrutura, contribuindo
ainda mais para o fraco desempenho da economia. Quem paga pelo absurdo do
tamanho do Estado é toda a sociedade brasileira, sobretudo os mais de 13
milhões de desempregados, que dia após dia veem piorar a qualidade dos serviços
públicos. Os problemas se agravam, continuamente, e nada é feito para a solução
deles. As reformas previdenciária, tributária e política continuam no compasso
de espera e quem for eleito presidente terá de encarar essas questões. Não é
possível conviver mais com uma das maiores cargas tributárias do mundo e ainda
mais com um sistema político-eleitoral viciado e caótico. Impossível qualquer
país do mundo se desenvolver de forma sustentável com tamanho fardo para
carregar. Portanto, o tamanho do Estado que alimenta a corrupção é a questão
que se coloca para a sociedade brasileira, sendo grande a responsabilidade do
próximo presidente da República no sentido de sanar tamanha anomalia. Não
estamos querendo implantar o neoliberalismo, que experimentamos uma sistemática
frustrante na economia nos anos 90 que gerou na economia podre e corrupta e iniciou
o ‘apreçamento’ das instituições em quase todos os seus elementos.
Antônio Scarcela Jorge.
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