COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
O BRASILEIRO PREVIAMENTE DERROTADO
Nobres:
As ações dos corruptos levaram o
alto poder de manipular aquilo que formalmente chamamos de partidos políticos
que na prática é o verdadeiro aval dos safados em muito nefastos parlamentares
que empesta o cenário político do Estado brasileiro ao exercitar o atalho
desolador e usurpador do erário, em minúcias acionando o caixa 2, fundo
partidário que retalha a “herança de um país que retrocede as capitanias
hereditárias” com gravidade, distribuir o farto dinheiro que está no poder de
mando destes canalhas. Reportamos sobre as campanhas eleitorais deste ano que
ainda nem começaram. O quadro eleitoral está tão indefinido que está muito
difícil apontar os vencedores. Contudo, já está bem claro quem serão os
derrotados nessas eleições. O povo brasileiro é quem vai perder e antes mesmo
de iniciarem as campanhas. Lamentavelmente até mesmo nossa autoestima sairá
baixa, numa eleição em que precisávamos gerar entusiasmo com o futuro para
fomentar as perspectivas econômicas e sociais do país. Nos últimos quatro anos,
o povo brasileiro mostrou uma imensa vontade de mudar o funcionamento de nossas
instituições. Rejeitou a corrupção e a ineficiência do Estado, mas fez tudo
isso sem maturidade política. Ao mesmo tempo que condenava esses problemas
incrustados nos nossos governos e instituições, rejeitou propostas óbvias para
reduzi-los, como redução do tamanho do Estado, apoio ao fim da estabilidade do
funcionalismo público, e reduzir os gastos dos governos e privilégios dos
funcionários públicos de alto escalão. Ou seja, não houve formação de consenso
ou algo próximo em torno de uma agenda óbvia com o objetivo de diminuir a
corrupção e a ineficiência dos governos, tão combatidas ao longo desses anos. Os
velhos canais de benefícios do Estado continuaram a ser usufruídos por aqueles
com acesso a eles. Apesar disso, a maioria da população excluída dos
privilégios não conseguiu se unir contra a existência e abuso dessas benesses.
Não houve a pressão necessária aos congressistas e a população preferiu se dividir
entre os contra ou a favor de políticos específicos, alguns deles até
reconhecidos promotores das distorções rejeitadas. Ou seja, o esforço de
repulsa foi consumido de forma desorganizada, sem ter sido organizado por
qualquer liderança que pudesse transformar as aspirações em propostas concretas
com bom suporte da população. O Brasil continua dividido, apesar de alguns
consensos básicos quanto aos maiores problemas. Os políticos tradicionais
continuaram a exibir as mesmas práticas e a se comportarem da mesma forma.
Sequer se vê perspectivas de redução dos custos das campanhas. As formas de
organização e formação de palanques continuam as mesmas. Os interesses são
direcionados apenas para a manutenção do poder e elevação das perspectivas de
vitórias nas urnas, desprezando-se completamente ideologias e conteúdos
programáticos. As formas de conquistar as preferências dos eleitores também
permanecem as mesmas. Promessas de benefícios individuais, invenção de mentiras
e oportunismos associando-se a políticas bem-sucedidas das quais não se tem de
fato autoria. Inventar notícias falsas sobre os adversários também continua uma
praxe largamente utilizada. Apenas os meios de divulgação desses instrumentos
alteraram-se um pouco, recorrendo-se em maior proporção à internet. Nenhum dos
candidatos a presidente com perspectivas de vitória traz na prática, realmente,
propostas claras de mudanças que reduzam os problemas apontados de forma
contundente. A redução do tamanho do Estado diminui a corrupção e a
ineficiência dos governos. Mas os candidatos com maiores perspectivas de vitória
evitam apresentar propostas para o debate público. Além disso, qualquer um que
venha a ganhar as eleições para o executivo vai ter que recorrer ao apoio de
elementos inescrupulosos para governar. Ou seja, quem sair vitorioso das urnas
não só vai evitar reduzir as possibilidades de corrupção, diminuindo o poder
econômico do Estado, como também vai trazer os principais agentes dela para
dentro do governo. Os Partidos não respeitam decisões claras imbuídas na
Constituição e na Lei Eleitoral, onde o anarquismo do PT é evidente forçar e
enganar o povão através de segmentos de bandoleiros do petismo, colocando em
convenção um bandido, contraditoriamente endeusado por este segmento, promovendo pesquisas falsas
onde o condenado que não fez nada, apenas “dilacerou o país” ou “dá uma lavagem em todas as vinte e sete
unidades da federação. Ou seja, o povo brasileiro é o verdadeiro perdedor
nessas próximas eleições. Tudo muda, ou pior nada vai mudar, há não ser que
mude a consciência do povo.
Antônio Scarcela Jorge.
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