COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
JAMAIS SEREMOS UM PAÍS SÉRIO
Nobres:
“O Brasil não é um pais sério”, a
frase bem conhecida e atribuída a Charles de Gaulle que vem se “eternizando”
pelo modo em que o político brasileiro “se instalou”. O nosso País está
passando por uma das mais graves crises de sua história. Temos um déficit
fiscal de R$ 140 bilhões, um modelo previdenciário inviável a médio prazo, um
sistema político falido, uma educação de péssima qualidade. Cerca de 140
pessoas morrem por dia em hospitais e postos de saúde públicos, a maioria por
falta de atendimento. Uma infraestrutura (transportes, energia, recursos
hídricos) deficiente, que encarece a produção de bens, 27 milhões de
desocupados, uma insegurança jurídica que inibe investimentos, mais de 63.000
brasileiros foram assassinados como reza as estatísticas em referencia em 2017.
Não sabemos quando suportaremos esse estado de calamidade pública. Em menos de
dois meses, teremos eleições para cargos do executivo (presidente e
governadores) e para o legislativo (senadores, deputados federais e deputados
estaduais). Grande parte da população anseia por mudanças e transformações
urgentes. Já não aguentamos mais a corrupção endêmica, o desperdício de
dinheiro público, os privilégios dos agentes públicos. Recentemente a
presidente do STF, declarou que: “O cidadão deve estar cansado de todos nós”,
referindo-se aos ocupantes das nossas instituições republicanas. Trágica e verdadeira
constatação. Mas o próprio Poder Judiciário aprovou um aumento de 16% no
salário da magistratura, alegando que estão na penúria! Comparando: o salário
médio mensal da classe trabalhadora gira em torno de R$ 2.200,00 enquanto
“apenas” o auxílio moradia dos juízes é de R$ 4.700,00. Somos obrigados a
“aceitar” quando privilégios com dinheiro público. Vexames continuam
acontecendo diariamente. O líder nas pesquisas de intenção de voto para
presidente foi julgado, condenado e está preso. No entanto, seu partido
claramente zomba da lei. Sabedor que o sistema jurídico tem recursos e procura
enganar o eleitor, usando de todas as artimanhas para postergar ao máximo a
decisão do TSE, a respeito da elegibilidade do “candidato” presidiário. Uma
situação no mínimo constrangedora para o nosso processo eleitoral. Temos
fincado na esperança em vê o País mudar em sentido ético.
Antônio Scarcela Jorge.
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