segunda-feira, 13 de agosto de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2018

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

AINDA PREDOMINA A CULTURA MACHISTA

Nobres:
Neste emaranhado de contradições que esta geração vivencia, onde a violência impera entre outros meios, se faz atenção da sociedade familiar que será desconstruir a cultura do machismo que prioritariamente passa, pela educação de homens e também de mulheres que, muitas vezes, adotam comportamento machista e conservador na criação de filhas e filhos. Assim, ela perpetua um processo que se arrasta há séculos no país e se traduz em tragédias, por uma compreensão absolutamente em relação ao papel feminino na sociedade. As instituições públicas ou privadas aviltam a mulher, quando depreciam sua capacidade laboral, consolidando a ideia de que ela deve estar sempre submissa ao comando masculino. O poder público tem sido negligente diante do aumento das agressões. Faltam delegacias especializadas e agentes com formação compatível para o atendimento às mulheres que buscam com base nas leis protetivas, o amparo do Estado, antes de ser a próxima vítima a sucumbir pelas mãos do ex ou do companheiro violento. Mas não só isso. Faltam também políticas públicas que garantam amparo social, psicológico e outros serviços que permitam à mulher recuperar a vida longe dos agressores. O Judiciário também é leniente com as denúncias. Um exemplo deprimente de registro da magistratura. Em Brasília, um magistrado libertou marido agressor que executou a mulher com 20 facadas. O juiz alegou que “não tinha bola de cristal” para prever a tragédia. Mas boa parte, tanto dos policiais quanto dos juízes, tem comportamento que traduz a forma distorcida e preconceituosa que receberam ao longo da vida, o que contamina a tomada de decisões, segmentos do judiciário é infelizmente mais um protagonista do desgaste e da ausência de caráter individualista que enoja o poder de julgo.  Além disso, o sistema penitenciário brasileiro por culpa de políticos incapazes e rendidos a corrupção que passaram e ainda presentemente passa pelo governo da União, atribuição que lhes é pertinente, não tem capacidade de promover a reinserção dos detentos na vida em sociedade. Pelo contrário. Quem passa pelos presídios sai pior do que entrou. Mudar esse cenário de horror exige políticas preventivas, que reeduquem o indivíduo para o convívio em família. Não há forma de quebrar a cultura do machismo sem muito trabalho e investimento em educação. É o Brasil das lamentações do seu povo.
Antônio Scarcela Jorge.

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