COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
DEBATE
MONTADO
Nobres:
Como estava previsto, aconteceu
na quinta-feira passada, transformou-se no ‘enredo’ o primeiro debate entre
oito dos 13 candidatos à Presidência da República não contemplou uma discussão
séria e profunda sobre os graves problemas do Brasil. A crise econômica,
iniciada em 2014, impôs retrocessos sociais. O país terá o quinto ano consecutivo
de rombo nas contas públicas e deverá fechar 2019 com deficit de R$ 139
bilhões. Treze milhões de brasileiros estão desempregados e quase iguais número
experimenta o subemprego. Ou seja, 26 milhões não têm o suficiente para
sobreviver. Mais de 15 milhões de pessoas formam um exército de miseráveis. Os
recursos destinados ao custeio e investimentos do governo federal, previstos
para 2019, somam R$ 98 bilhões, dos quais R$ 42 bilhões estão comprometidos com
aumento de salários. Como tirar o país desse atoleiro? O debate que deveria
apresentar à opinião pública resposta a essa indagação e a outras que mexem com
a vida dos brasileiros ficou preso entre troca de acusações, críticas e
discursos vagos entre os postulantes ao comando da nação. O nível foi muito baixo
e os presidenciáveis foram incapazes de apresentar propostas e projetos para a
reconstrução do país. Nada foi dito que pudesse orientar a maioria dos
eleitores indecisos sobre quem deverá assumir o mais alto posto da República. A
maioria tem muitas promessas que estão longe de ser factíveis ou de representar
uma solução para o Brasil se reencontrar com o crescimento econômico, com o
desenvolvimento social e a eliminação das gritantes desigualdades. As políticas
públicas de saúde, educação e segurança nem de longe atendem às necessidades da
sociedade. A maioria da população está abandonada à própria sorte ao precisar
de atendimento médico hospitalar. São recorrentes na crônica do cotidiano as
tragédias de pessoas que morrem à espera de assistência médica nos hospitais
públicos. No campo da educação, o país enfrenta retrocessos na formação de
crianças e jovens. Os investimentos em pesquisas são cada vez mais escassos. As
ações de segurança fracassaram. Em 2017, ocorreram 63.880 homicídios, aumento
de 2,9% em relação a 2016. Por dia, a violência mata 175 pessoas de forma
intencional. O sistema prisional está superlotado, com 729.463 encarcerados, ou
seja, em média, dois presos por vaga. Os crimes por ódio e por gênero crescem
ano após ano. Mais de 4.500 mulheres foram assassinadas em 2017, um crescimento
de 6,1% em relação ao ano anterior. A maioria dos presidenciáveis evita tocar
em temas desagradáveis como a reforma da Previdência se tiver objetivo de
privilegiar os corruptos que vivem um paraíso constante. Apesar de todos os
estudos apontarem para a necessidade de uma profunda revisão dos benefícios a
fim de evitar um colapso no futuro, eles se esquivam da discussão. O atual
sistema tributário é considerado extremamente injusto. Hoje, quem menos tem é
quem mais paga. Lucros e dividendos estão blindados, enquanto o consumo é
supertributado. Mas qualquer medida que desfavoreça aos mais aquinhoados é
assunto para outro momento, não às vésperas do pleito de outubro. No próximo
dia 16, os candidatos colocarão a campanha na rua. Virão os comícios e debates
se seguirão. Espera-se que cada um deles tenha o que efetivamente falar aos
eleitores, cansados de seguidas frustrações ante as promessas que não se
cumprem e como é natural no país onde impera a corrupção é mais um cenário
Tiririca, onde este palhaço é vivo e sempre engana a nação nordestina onde a
concentração dos eleitores da capital paulista o elege encarregado dos
intelectuais lulistas interesseiros e aptos e partícipes da ladroagem em sua
maioria. Após os inúmeros escândalos de corrupção, que não param de vir à tona,
mostrando como o dinheiro da pesada carga tributária beneficia os demais inescrupulosos,
a sociedade exige que os governantes sejam pelo menos honestos e respondam às
necessidades essenciais dos cidadãos a partir de janeiro de 2019. É questão da
cultura corrupta que eterniza o país.
Antônio Scarcela Jorge.
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