quarta-feira, 10 de novembro de 2021

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE, QUARTA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2021 (POSTADO ÀS 9h10m)

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
EMENDAS CRÍTICAS
 
Nobres:
Se, como é costume dizer, há males que vêm para bem, talvez possamos esperar que a degradação das emendas parlamentares desperte ampla discussão, e que, no futuro, possam escapar do deprimente papel de moeda de troca de favores e interesses, como se viu agora com a votação, na Câmara dos Deputados, da PEC dos precatórios. Dentro dessa anarquia não é só na causa entre governos, é aqui e alhures, tem pessoa após disputar um cargo eletivo e graças a Deus não logrou êxito; em contrapartida entrou nas minúncias viciosaas e aprendeu. Daí ingressou no círculo vicioso, por uma série de escândalos que na realidade na legislação é legal, e veio o costume de não fazer nada, como “fazia”. Em contrapartida tomava dos seus colegas, cobrou pelos honorários advocatícios em torno de 40% como sem ética e foi devidamente comprovado e estão inseridas não só diante de uma clientela imagine o pior, causa sentenciada até pelo STJ. Quanta ironia quando se volta quem mais lhe ajudou até expondo a vida por ele ocorrendo no final dos anos 80. Neste aspecto desencadeia uma série de fatores seletivos a uma só causa escandalosa, mas infelizmente é legal, um aval para fomentar o alto poder corrupto desta nação. A legislação eleitoral nos traz o principal cenário que empreende a “manjada” resolução que tem força de lei. Diante desse emaranhado de contradições que os abusos chegaram ao ponto de recomendar um basta na liberalidade com que se acertam conveniências. Esse recente episódio mostra que escorregou pelo ralo o que restava de recato nas relações entre os poderes da República ambos prevaricando no balcão de venda e compra de votos em comissões e plenário. Há pouco, nesse processo de acerto de contas e interesses, engordar os planos dos simpatizantes, sempre insaciáveis e coincidentes com objetivos políticos e politiqueiros. Somadas essa e outras benesses, foram gastos R$ 3 bilhões, num ajuste de deve-haver que se operou com impressionante rapidez. É de desanimar. No caso da PEC dos precatórios ficaram, antes de tudo, evidências de que as emendas confirmaram seu destino de mercadoria de armazém, de onde saltam das prateleiras para garantir apoio quando este manifesta interesse na compra. Outro aspecto a merecer corajosa abordagem nesse cenário é que são sempre vagas ou imprecisas as informações sobre o destino que os deputados traçam para um dinheiro que, chegando a eles, sempre sai do bolso já sofrido da população. São muitos os sinais de que a liberação das emendas tem tudo a ver com o ano eleitoral que se avinha.
Antônio Scarcela Jorge.

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