quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA 23 DE DEZEMBRO DE 2020

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
HISTÓRIA PERMANENTE
 DO
FOLCLORE DA POLÍTICA

Nobres:
Consultando os livros da história da política brasileira elevo este comentário uma das referências  na criação de personagens que entraram para a história do país e ficaram para sempre na memória coletiva da população. Alguns desses personagens jamais serão esquecidos e algumas situações que vivenciaram também. O cenário principal desta história encontrada desde o inicio do regime republicado se enquadra nas personagens populistas de Getúlio Vargas e Tancredo Neves. Repetimos os registros estão em livros ou no folclore político. Digno de registro na década de 1920 ocorreu no Rio de Janeiro, então capital do Brasil (DF) precisamente em 1926. Quando da posse do ministro da Fazenda Getúlio Vargas. Filas enormes para cumprimentá-lo e também para pedir algo. Mas, o último da fila se aproximou e disse que estava ali apenas para lhe desejar felicidades. Getúlio o puxou pelo braço e perguntou: Você não vai me pedir nada? Eu não vim aqui para pedir nada! E saiu apressado. Getúlio ficou emocionado com o gesto daquele homem. E, com os olhos marejados, disse a um assessor que não conseguia esquecer aquela cena. Foi quando o assessor esclareceu tudo: Dr. Getúlio, aquele homem é um maluco e uma das manias dele é ir para a posse de ministros, ficar no último lugar da fila e, na hora do cumprimento, dizer que veio apenas para desejar felicidades ao empossado!  Passada várias décadas em exatos primeiros anos de 60, o deputado Tancredo Neves caminhava pelos corredores da Câmara quando percebeu na direção contrária o também deputado José Maria Alckmin, outra raposa política. Tancredo ficou tenso porque Alckmin o havia convidado pro seu aniversário e ele não teria ido nem dado satisfações. Quando se cruzaram, Tancredo disse em alto e bom som: Alckmin, eu não fui pro seu aniversário, mas lhe mandei um telegrama desejando felicidades!  E Alckmin, que tinha uma astúcia invejável também, não titubeou: E eu já respondi seu telegrama, meu conterrâneo Tancredo! Nunca existiu nenhum dos dois telegramas. No Ceará onde o puxa saco faz a maior história do governismo deste Estado, é lamentável por esta referência, onde a esperteza dos otários que faz os governantes sérios rirem! (Mas, hoje estão governados de igual modo ao eleitor otário). Nos anos um homem entrou aos prantos no gabinete do governador Parsifal Barroso, dizendo que, se o seu pedido fosse atendido, nunca mais votaria contra o governador. Mesmo como um real acontecimento real incontinente transformado em folclore, o governador se lembrava de muito bem dele, era o maior traíra. Na época do Governador Virgílio Távora, um desses milhares de sujeitos, dirigiu-se a VT e pediu: - “governador pelo amor de Deus, meu filho se formou em agronomia e tem uma vaga na Secretaria de Agricultura”. Virgílio puxou um cartão de visitas e escreveu um bilhete indicando ao secretário a colocação do jovem agrônomo. Matreiro que só, o governador tinha um código interno com os secretários. Ao escrever “faça” um favor sem a cedilha, ele queria dizer “faca”, ou seja, corte! Seis meses depois daquela fatídica audiência, o governador foi visitar um município sertanejo e avistou o pai do agrônomo vindo em sua direção, todo contente e sorridente. Virgílio tentou se esquivar, mas não conseguiu. O homem chegou perto de Agamenon e foi logo dizendo:  Governador não tem palavras pra lhe agradecer. O meu filho se deu tão bem na secretaria que já assumiu um cargo de chefia. Governador, o meu menino é tão inteligente que, quando leu o cartão do senhor, percebeu que estava faltando uma cedilha e ele colocou uma cedilha porque um governador não pode escrever errado um bilhete pra ninguém! A história da política é recheada de esperteza principalmente quem navega nos mares da bajulação os fatos que se deu em tempos que a ingenuidade se imperava ao contrário dos atuais substituídos por uma nação corrupta que usa da pandemia para promover a “bíblia Cipriano” das licitações, dispensada como pretexto da pandemia onde os Poderes da República se dimensionaram em fatos deprimentes e corporativistas onde são semelhantes.
Antônio Scarcela Jorge.

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