quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA 16 DE DEZEMBRO DE 2020

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
TEMPOS
DE VIOLÊNCIA SE INSERE
A LINGUAGEM
 
Nobres:
Consideramos de forma pessoal para se instar o senso crítico que estimo em certas ocasiões naturalmente não anega certas asneiras que ouço para repassar a imprensa nacional por desse afamado noticiarista que se diz intectual principalmente os ideólogos das esquerdas que se proclamam como os melhores do mundo. Para enfatizar talvez por consequência de uma pandemia, a ocorrência parece irrelevante. Mas há uma circunstância que relativiza essa aparente irrelevância. Neste ensejo me reporto é a língua é o conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade. É o idioma (Dicionário Aurélio). No caso específico a ser tratada, a língua portuguesa. Vou aos livros para discorrer, segundo Olavo Bilac (1865 a 1918) a tratou como “Última flor do Lácio, inculta e bela”.  E completou dizendo: “És, a um tempo, esplendor, e sepultura”. Isso por ser ela  a derradeira língua neolatina, falada pelos soldados da região italiana do Lácio. Com a sua beleza, quanto mais fosse sendo falada, mais o latim iria morrer. E Caetano Veloso, em canção, disse: “Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões”. E adiante, acrescenta: “Minha pátria é minha língua”. “Minha pátria é a língua portuguesa”. E nesse embalo de autores expressando amor ao seu idioma, sintetizo, lembrando Mário Vargas, ao afirmar ter sido a língua a maior contribuição da Espanha à América Latina. Nenhuma outra se igualaria, sentenciou. Pois bem, em contraste a tudo isso, dias atrás ocorreu um vilipêndio à língua de Luís de Camões (1524 a 1580). Reporto-me para o jornalismo brasileiro sempre gozou de prestígio, principalmente a imprensa escrita. Lembro-me de quando comecei a atuar nos jornais do nosso Estado nos meio dos anos setenta (Tribuna do Ceará e o Povo) como correspondente da editoria do interior constantemente ia à redação da Tribuna do Ceará ver as máquinas de escrever em sinfonia. Nas oficinas o chumbo era derretido para dar forma aos clichês. No inicio da tarde, o jornal estava nas ruas, mas ninguém podia imaginar quanto trabalho. Apesar dos grandes nomes do jornalismo e de textos impecáveis e cuidadosos, havia uma figura fundamental: o copidesque, alguém de muito talento que caprichava para o jornal sair sem erros linguísticos. Daí vem à fama. Nas escolas mandavam ler os jornais para aprender a escrever. Vejo cada aberração, “Se não cuidam do povo que fala a língua (as pessoas estão morrendo aos milhares diariamente, disse), e completou, como é que vão cuidar da língua que esse povo fala?” por vocação muito depois estendi por formação acadêmica e procurei cada vez me aperfeiçoar nas questões vernáculas. Em certa ocasião encontrei-me uma destas: o exemplo desconcertante. Dias atrás ocorreu um vilipêndio à língua de Luís de Camões (1524 a 1580). Uma empresa multinacional de telecomunicação, de logotipo famoso, estava no ar falando das vacinas contra a Covid-19. Como de costume, as televisões colocam no rodapé no monitor ou aparelho o assunto que está sendo tratado na reportagem ou entrevista, a fim de que qualquer pessoa tome conhecimento do tema em debate assim que entrar em sintonia. A manchete em destaque dizia que uma determinada vacina teria alta “eficácia” como a maioria das redes sociais pratica a falsa notícia, inclusive os Poderes da República onde a pratica é tudo igual onde direita, centro e esquerda, tudo é safado onde se fazem de vítimas todo governo não se sabe que é verdade ou mentira. Agarrado nas questões um grande amigo, (aliás; coisa rara de se encontrar) sempre “cuidadoso na correção linguística” através do Facebook que interajo semanalmente, me narrou esse fato. Perguntou se eu tinha visto. Eu disse que não. Ele me enviou o print da foto que tirou do monitor. Estava revoltado. “Isso é um absurdo e uma falta de respeito com o país e seu povo”. De logo adiantou que os “memes” estavam tomando conta da internet. Passei a acompanhar. Um deles dizia que a emissora estava SERTÍSSIMA, à semelhança do pronunciamento de um ex- secretário do governador na área que de certa feita divulgou nas ditas redes sociais que estava IMPRECIONADO com alguma coisa. “verdade ou mentira essa incorreção”. Não sei, não acredito na utopia brasileira. Digamos transcender a visão utópica para a realidade? Certos “conceitos” se apelam na esperança de que seja tudo mudado. A referência é comum na límpida verdade. Se o acaso comum o Secretário para ser nomeado pelo governador um intransigente que faz a vez os ditames de um grupo politico oligárquico sempre irmanado pelo povão “massa de manobra” cuja aptidão para o cargo é o manjado QI (de quem indica) perpetra a principal “qualidade” que o corrupto ostenta. Tem mérito “Brasil” no setor, nem se fala é normal, prolifera uma corrente de insensatez que infectou toda nação; é o vírus transcendente generalizado entre os estados e municípios! É uma falácia conjugada. Nada nos estarrece de sobremodo.
Antônio Scarcela Jorge. 

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