terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA 18 DE FEVEREIRO DE 2020 (NOVA POSTAGEM ÀS 16:10 H.)

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
ECONOMIA E NOSTALGIA

Nobres:
Tem gente que pensa que falar de trens de passageiros é lembrar um tempo que não volta mais, a necessidade de voltarmos aos trens algumas malhas foram criminosamente “arrancadas dos trilhos da ferrovia” como a malha Camocim/Sobral, centro sul do Estado e Cariri entre outras. No momento apenas vê-se falar na reinstalação das malhas ferroviárias, entretanto ainda trafega em demanda de Fortaleza/São Luiz do Maranhão/Fortaleza sob o comando da “Transnordestina Logística” conduzindo imensos vagões “produtos variados” sendo incontestável para a economia da região nordestina. Vez em quando até se falava que resolvia parte dos problemas de comunicação entre nossos estados nordestinos, lustrava  questões de ordem econômica. Os trens de passageiros administrados pela RVC/REFESA nos anos 50/60; A ferrovia era uma viagem segura, sem crises de petróleo nem aumento exagerado de combustível sem greve de caminhoneiros e sem acidentes graves. Nos anos cinquenta “sabíamos de cor” todas as estações no percurso - Nova-Russas/Fortaleza-, “em que na nossa inocência de menino, foi a minha primeira mestra de paisagem”. Estações de passageiros e cargas e se chamavam de Engenheiro João Tomé; cidade de Ipueiras; Abílio Martins; Cidade de Ipu; uma cobertura completa que “embelezava a nossa imaginação” Pires Ferreira, Amanaiara; cidade de Reriutaba; Cidade de Cariré; Distrito de Jaibaras e a cidade de Sobral, cuja estação era a maior da região consequência  do máximo centro urbano e demográfico, cultural, educacional, saúde e religioso da então zona norte do Estado do Ceará, antes do seu redimensionamento territorial do Estado. Neste ramal que marca a nossa vida de criança se estendeu à Fortaleza tão não evidenciado a outras estações finalizadas na Estação central Dr. João Felipe na região centro de Fortaleza em que viajamos por centena e foi foco principal de transporte de trens de passageiro até o final dos anos setenta. Extinguir malhas ferroviárias em especial no nordeste, sempre rendido às oligarquias políticas centralizadas ainda como sendo “capitanias hereditárias” torna-se contraditório e “abençoado” pelo primitivismo desta gente em sua maioria que habita por aqui. É a força do atraso em relação ao maior centro da cultura do mundo; o continente europeu está ligado por trens. Além do resgate a economia também resgata ao saudosismo.
Antônio Scarcela Jorge.

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