sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA 14 DE FEVEREIRO DE 2020


COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
LIBERDADE E OU LIBERTINAGEM

Nobres:
Entender que a liberdade de expressão é evidentemente formidável e imensa conquista civilizacional é a liberdade de pensamento, de investigação, de transmissão do pensamento, de comunicação. É um mundo obviamente melhor e mais humano este em que cada um pode procurar a verdade por conta própria. Não significa isso, porém, que a liberdade de expressão seja valor absolutamente supremo e não admita nenhuma modulação, nenhuma contraposição, nenhum condicionamento e de e fato, valor algum é absoluto (nem a vida) e se impõe em qualquer situação, sem atenuações, sem a  consideração de qualquer circunstância (basta pensar na legítima defesa). Nem serve ela, outro exemplo, para acobertar ofensas à honra e à imagem das pessoas. Entre esses valores em jogo e de um lado o direito fundamental à liberdade de expressão, e de outro, os direitos não menos fundamentais à integridade moral e à igualdade o Direito, por mais que  tenha a liberdade de expressão como conquista exponencial da dignidade humana, Se a honra pessoal é assim protegida, como não o seria também a honra de cada religião, os símbolos sagrados, os valores máximos de cada crença? Por que imaginar que a liberdade de expressão é máxima suficiente. Liberdade de pensamento e de crítica é uma coisa, e deve sempre ser assegurada e protegida, ao contrário, a civilização deve reconhecer que essas duas são realidades muito distintas e incomunicáveis. Neste aspecto é que o Brasil se formalizou a anarquia promovida por todas as fontes de poderes institucionais: Parte do executivo que se abriga em função do governismo oportunista próspero da cultura deste povo que permanece por geração a geração: O Congresso Nacional e a outra, o STF composto pela maioria se comungam a todo corporativismo inédito jamais visto em outras nações civilizatórias do mundo e de forma direcional ao despacho sumamente (mas não surpreendentemente) medíocre, o Ministro Toffoli argumentou que não seria a canalhice de um filme que iria abalar a fé cristã secular sempre baseado ser um país laico, mas no Brasil disfarçado, mas não é: todo mundo sabe do cidadão rude ao intelectual. Neste caso nada abalará a fé cristã secular nem mesmo o catolicismo que trocou a politicagem rasteira como fonte de seus desejos. Com referência a tal Porta dos Fundos não conseguirá o que nem as portas do inferno conseguirão. Sobre a Pedra da Igreja de Cristo, as portas do inferno (quanto mais às portas dos fundos.)  não prevalecerão. O que não significa que essas ofensas vis possam ser toleradas, contudo, qualquer ideia de civilização as repugna e principalmente qualquer ideia de respeito aos outros as condena. Qualquer boa ideia do que deva ser o Direito rejeita essas deformações de uma liberdade de expressão tornada (somente para alguns casos) dogma incontrastável.
Antônio Scarcela Jorge.


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