COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
UM
IMENSO ESPAÇO PARA OS FAKES
Nobres:
É evidente o comportamento parcial dos setores da
imprensa e de comunicação cuja alienação vai ao encontro das pessoas
basicamente “rudes” que estão ocupando esse espaço sem ter no mínimo de noção.
Este acesso é encontrado por pessoas “espertas” e se utilizam deste meio para
proveito próprio tanto em suas empresas e no campo da política. No jornalismo,
cabe à fonte o papel de porta-voz de um determinado fato, fonte não é meio.
Elas podem usar as redes sociais, situação cada vez mais comum, para anunciarem
informação. Mas a fonte não é a rede social, a não ser, claro que seja uma
comunicação institucional de algumas delas que até utilizam “remédios
manipulados como fonte de publicidade para cura de seus males”. Pessoas de
bom-senso veem que é charlatanismo. Há também o paralelo das intenções para
exploração neste campo capitalizando a renda e reforçando os interesses em
comum. Como vemos a rede social é meio e não há garantia da fonte, da
veracidade da informação só porque ela está na rede. Só porque foi disseminada
e muito em contrário. Assim como não há fonte desinteressada, não há mensagem
desinteressada, sobretudo quando ela é propositalmente construída objetivando para
ser falsa. É desinformação quem repassou a suposta notícia pode querer ser
reconhecido como alguém sempre bem informado, repassar uma informação
importante e até ter suposta liderança. Não há inocência na propagação de fake
news. Muito pelo contrário, existem pessoas, grupos e empresas que
intencionalmente produzem conteúdo e alimenta essa rede marcada pela não
verdade. Enquanto as redes sociais forem usadas como fonte, a informação com
credibilidade que marca uma informação confiável, ética e com responsabilidade
social terá muita dificuldade em existir. Se a fonte for o próprio meio, sem a exigência
de comprovação e veracidade, as noticias, para muitos, bastam ser espalhadas. É
importante também perceber que, por mais que seja difícil para muitos que só
acreditam em quem acredita em suas crenças, o mundo no virtual e no real é
marcado pelo direito ao contraditório.
Antônio Scarcela Jorge.
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