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RIO
RIO
Scarcela
Jorge
O
PREDOMÍ
NIO DA MEDIOCRI
DADE
NIO DA MEDIOCRI
DADE
Nobres:
O mundo de hoje parece o reino incontestado das mediocridades é indiscreto
haver gerações em que avultam grandes homens na política, nos governos (para o
bem e para o mal), na literatura e na filosofia, na criação e no pensamento; e
outras há em que o que abunda são as mediocridades. Geração de grandes homens
foi, por exemplo, aquela do miolo do século XX. Mas hoje “criou-se” uma geração
de mediocridades espantosas. Tanto no plano mundial quanto no nacional e por
“efeito dominó” também no setor. Naquelas décadas centrais do século XX se pode
dizer que foi uma geração de ouro. Claro que sempre existem, ainda hoje, alguns
bons valores, mas são raros, talvez raríssimos. O comum, atualmente, é a indigência,
a mediania, a penúria intelectual e moral, a ausência de gênio e de grandeza.
São meramente bonzinhos, dá para ler ou para ouvir, mas sem nenhum gosto,
nenhuma entusiasmo, aquela vibração que o talento verdadeiro suscita. Intelectuais
francamente de quinta categoria são transformados em ícones da educação e da “cultura
universais” Meros reis das obviedades, do consabido, das platitudes. Sem
originalidade alguma. Sem pensamento próprio. Sem penetração e sem
profundidade. Mestres das banalidades. Não há maiores estadistas, pensadores
instigantes. Nem por serem medíocres são menos incensados, até se poderia dizer
o contrário: quanto mais medíocres, mais incensados. Em muitos casos, porque
sabem, como ninguém, cultivar a arte da bajulação, da autopromoção, do elogio
mútuo, do afago inebriante e embriagador se faz um grande negocio no ímpeto da
imaginação, como sabem que o outro gosta da adulação, adulam, para também serem
adulados. Citam, para serem citados. Lisonjeiam, esperando retribuição. E ela
vem. O mundo se basta a si mesmo. Coisa parecida é essa.
Antônio Scarcela Jorge.
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